A computação em #NUVEM está ajudando #EMPRESAS menores e mais novas a #COMPETIR

A nuvem está cada vez mais carregada…E não estamos falando de chuva, mas, sim, de dados.

A tecnologia digital é uma força democratizante, permitindo que empresas menores e mais novas concorram com as gigantes? Ou oferece uma vantagem ainda maior aos titulares? Essa questão tem recebido muita atenção ultimamente, em resposta aos dados que mostram que a taxa de criação de novos negócios nos Estados Unidos diminuiu e que, na maioria dos setores, as maiores empresas têm participação de mercado maior do que há uma década.

Apesar dessas tendências, nossa pesquisa sugere que a tecnologia pode, de fato, oferecer uma vantagem para pequenas e novas empresas. Em uma pesquisa recente, estudamos a adoção da computação em nuvem nas empresas dos Estados Unidos. A computação em nuvem é um paradigma de TI baseado no acesso remoto a um pool compartilhado de recursos de computação. Colocar os dados “na nuvem” significa essencialmente pagar a outra pessoa para gerenciá-los e, em seguida, conectar-se aos servidores deles pela Internet para acessar seus dados quando você precisar. Pense em uma sala cheia de supercomputadores que você pode usar via internet, sem precisar você, comprar um novo super computador quando o seu estiver cheio. Isso também significa que você não precisa analisar esses dados em suas próprias máquinas, mas pode “alugá-los” sob demanda. A popularidade da computação em nuvem explodiu durante a última meia década. Ao cortar os custos fixos de computação, evitando a necessidade de contratar equipe de TI, servidores e hardware, até mesmo a menor empresa pode atender a grandes e inesperadas necessidades de computação.

Por exemplo, a KenSci é uma pequena empresa de análise de saúde com sede em Seattle, nos EUA, que usa técnicas de aprendizado de máquina para analisar centenas de variáveis sobre as condições dos pacientes para fornecer previsões em tempo real sobre mortalidade, reinternações e outros riscos relacionados à saúde. Baseando-se na nuvem, a KenSci conseguiu escalar rapidamente e oferecer seus serviços em todo o mundo, sem construir uma infra-estrutura de TI considerável de antemão. A agilidade computacional da computação em nuvem tem desempenhado um papel também na manufatura, fomentando a criação de novos produtos “inteligentes”. A Pivothead é uma empresa com 25 funcionários que produz tecnologias vestíveis para ajudar cegos e deficientes visuais. As informações coletadas pelos sensores vestíveis são enviadas para a nuvem, processadas por meio de algoritmos de aprendizado de máquina e transformadas em fala ou texto.

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A político brasileira Dilma disse uma vez que não sabia o que era nuvem, mas você que não sabia, agora sabe.

Essas anedotas sugerem que a computação em nuvem “democratizou a computação” ao trazê-la para as massas de empresas. Nossa pesquisa confirma essa intuição usando um enorme novo conjunto de dados de mais de 1 milhão de empresas americanas desde a década de 1980. Especificamente, encontramos três resultados principais. Primeiro, a computação em nuvem teve um crescimento maciço. Menos de 0,5% das empresas o adotaram em 2010, enquanto 7% o adotaram em 2016, o que representa uma taxa de crescimento anualizada de quase 50%. Em segundo lugar, a adoção da computação em nuvem ocorreu nos Estados Unidos, não apenas em uma região, embora com adoção mais intensa e mais precoce em áreas urbanas e educadas. Mas em terceiro lugar, e mais impressionante, a computação em nuvem, ao contrário de outras tecnologias como PCs e comércio eletrônico, foi adotada primeiro por empresas menores e mais jovens.

Os três maiores players do setor são Amazon (AWS), Google Cloud e Microsoft Azure. A computação em nuvem veio para ficar.

O conjunto de dados para nossa análise vem do call center da Aberdeen Information, que faz ligações anuais para milhões de empresas nos Estados Unidos desde a década de 1980. Eles registram minuciosamente o hardware e o software usados por milhões de empresas por ano desde 1981. Esse conjunto de dados é frequentemente usado por pesquisadores acadêmicos por causa de sua ampla cobertura e qualidade dos dados. As pesquisas não são perfeitas, é claro, e uma desvantagem desses dados é que os entrevistados podem decidir o que consideram computação em nuvem. (Embora muitos serviços de Internet atualmente envolvam acessar seus dados de outra empresa pela Internet, para os fins desta pesquisa, esperamos que as empresas estejam respondendo a um caso de uso mais restrito: o uso de serviços específicos de hospedagem em nuvem corporativa, como AWS, Microsoft Azure, Google Cloud Platform, IBM Cloud, Oracle ou Alibaba.) Neste documento, usamos os registros de mais de 150.000 empresas dos EUA com informações sobre a adoção da computação em nuvem.

A adoção da tecnologia de nuvem em todos os setores nos EUA

O gráfico abaixo mostra a ascensão da computação em nuvem desde 2010, o primeiro ano em que o banco de dados começou a registrar isso. Vemos as taxas de adoção da nuvem aumentando de 0,3% em 2010 para 7% em 2016, mais do que dobrando a cada dois anos. Além disso, esse aumento ocorreu em todos os grandes grupos da indústria que estudamos, destacando como o aumento da computação em nuvem abrangeu a economia dos Estados Unidos.

Nossa pesquisa também mostra a distribuição geográfica da computação em nuvem, mostrando uma ampla adoção nos condados dos EUA. Esta não é apenas uma tecnologia usada por startups modernas em Nova York e São Francisco, ela está sendo adotada em todo o país. Todos os condados dos EUA sobre os quais temos dados viram um aumento na computação em nuvem desde 2010.

Pequeno, jovem e nublado

Nosso próximo gráfico é o mais importante. Isso mostra que as empresas muito menores têm as taxas de adoção mais altas. Empresas com menos de 25 funcionários têm taxas de adoção de 10% a 15% em média, enquanto empresas de médio porte têm taxas de adoção mais baixas. De fato, as taxas de adoção são mais baixas em empresas com cerca de 100 funcionários, talvez porque elas tenham escala suficiente para adotar sistemas de computação internos, mas não escala suficiente para poder arcar com esses sistemas internos e serviços em nuvem. As maiores empresas – aquelas com 500 funcionários ou mais – novamente observam taxas crescentes de adoção, normalmente com 5% a 10% das empresas adotando a computação em nuvem.

Esse “tick” da nuvem também se mostra surpreendentemente robusto. Vemos isso em todos os setores, tipos de empresas e anos em nossos dados. As pequenas empresas realmente parecem ser as pioneiras na adoção da computação em nuvem.

Por outro lado, comparamos a adoção da computação em nuvem com as taxas de adoção de duas outras tecnologias: computadores pessoais (PCs) e comércio eletrônico. Estes mostram o padrão mais clássico de maior adoção por grandes empresas. A nuvem realmente se destaca por ser particularmente atraente para as empresas menores.

Mas não são apenas as pequenas empresas que impulsionam a adoção da computação em nuvem. As empresas jovens estão adotando a computação em nuvem mais rapidamente do que as mais antigas. Assim, as empresas mais ágeis, jovens e empreendedoras são as pioneiras na adoção. Mais uma vez, não vimos isso com outras tecnologias, empresas mais antigas tendiam a ser as primeiras a adotar PCs e comércio eletrônico.

Tudo isso sugere que a computação em nuvem é uma tecnologia incomum que atrai empresas menores e mais jovens. Acreditamos que sua capacidade de fornecer computação de alta potência sem os custos indiretos associados ao fornecimento interno de software e hardware levou a isso. Nesse sentido, a computação em nuvem espalhou a computação para as massas, democratizando a computação.

O acesso flexível a recursos de computação permite que pequenas empresas cresçam (ou reduzam) rapidamente e experimentem novos produtos e recursos. Essa agilidade operacional pode ser particularmente valiosa ao enfrentar uma demanda incerta ou um ambiente competitivo em rápida evolução. Evidências recentes de Kristina McElheran e Wang Jin mostram que a capacidade de “alugar” recursos de TI também ajudou empresas jovens a sobreviver e aumentar a produtividade.

Essas são descobertas encorajadoras, especialmente à luz do declínio no dinamismo dos negócios e na taxa de criação de novas startups documentadas por John Haltiwanger e seus colegas. Embora não tenhamos dados sobre como a computação em nuvem afeta o desempenho da empresa, não é difícil imaginar que a redução dos custos de computação melhoraria substancialmente as chances das empresas menores e mais jovens. Apesar das estatísticas sugerirem um declínio no dinamismo dos EUA, sabe-se que a tecnologia perturba os titulares quando eles menos esperam. A computação em nuvem pode vir a ser uma dessas forças disruptivas.

*Hbr