São 58 quilômetros de comprimento, com bibliotecas, florestas tropicais e instalações de fabricação estrutural, tudo apoiado por gravidade artificial.
VEJA ESSE VÍDEO NO NOSSO CANAL DO YOUTUBE “Viagens de Ariel” – Clique na IMAGEM acima ou aqui (AGUARDE CASO O LINK NÃO ESTEJA DISPONÍVEL) (Data da estreia do vídeo no canal: 18/08/2025 as 18:00 horas)
Pensar no futuro da humanidade fora do Planeta Terra é questão de sobrevivência da nossa raça, afinal existem várias ameaças possíveis e prováveis para nós. Algumas podem ocorrer no curto prazo, como nós mesmos nos destruirmos por alguma guerra nuclear ou a destruição dos nossos recursos ou mesmo sermos destruídos por um possível objeto celeste de tamanho suficiente que entre em nossa atmosfera. Outras formas de aniquilação de longo prazo da vida humana já estão em contagem regressiva segundo a ciência, como o nosso sol aumentar de tamanho e nos engolir.
E colocar essa ideia de viver em outro planeta em prática ainda é algo futurista, como a famosa viagem só de ida para Marte idealizada pelo bilionário Elon Musk. Mas essa não é a única nesse sentido. Engenheiros projetaram teoricamente uma nave espacial que poderia levar 2.400 pessoas em uma viagem só de ida até Alfa Centauri, o sistema solar mais próximo do nosso, a “apenas” 4 anos luz de distância. E a escolha por esse local não é por acaso. Alfa Centauri pode abrigar, por enquanto teoricamente, vida lá, principalmente devido à sua proximidade com o nosso sistema solar e à possibilidade de existência de planetas em zonas habitáveis de suas estrelas. A proximidade de 4,37 anos-luz a torna um alvo promissor para a busca de exoplanetas potencialmente habitáveis. Além disso, a descoberta de um planeta na zona habitável de Proxima Centauri, a menor estrela do sistema, e a possibilidade de planetas em torno de Alfa Centauri A e B, aumentam as chances de encontrar um planeta com condições favoráveis à vida. O mais novo Telescópio Espacial James Webb da Nasa, tem ajudado muito na comprovação desses estudos com relação a Alfa Centauri.
E voltando ao nosso projeto que é assunto dessa matéria e a nave em questão, chamada Chrysalis, ela poderia fazer a viagem de 40 trilhões de quilômetros em cerca de 400 anos, afirmam os engenheiros em seu resumo do projeto, o que significa que muitos de seus potenciais passageiros só conheceriam a vida na nave e obviamente, essa vida seria renovada no decorrer dos anos, como acontece na Terra, necessitando um grande planejamento. Os nascimentos, por exemplo, teriam que ser controlados para manter a população ideal em torno de 1.500 pessoas. Isso garantiria recursos suficientes para todos e uma convivência sustentável ao longo das gerações. Para tomar decisões, a sociedade da Chrysalis seria administrada por humanos com o apoio de inteligências artificiais. Segundo os criadores do projeto, essa parceria poderia ajudar a manter a coesão social, garantir a troca de conhecimento entre as gerações e ter uma visão de longo prazo sobre a vida dentro da nave. Vou deixar o link em anexo caso você queira ver o projeto em detalhes.
E claro, se algum dia a Chrysalis for construída, os primeiros tripulantes não embarcariam direto nele, pois necessitariam de adaptação para toda essa realidade. Eles teriam que viver por décadas em isolamento na Antártida, num ambiente simulado que imitaria as condições psicológicas e sociais da viagem interestelar. A ideia é garantir que os primeiros habitantes estejam prontos para viver confinados por toda a vida, e também preparar seus descendentes para fazer o mesmo.
Esse projeto completamente teórico até o momento, até porque muito da tecnologia necessária para a colocação em prática ainda nem existe, como os reatores de fusão nuclear comercial que forneceriam energia para tudo na nave. Mesmo assim, o projeto ganhou o primeiro lugar no Project Hyperion Design Competition, um desafio que exige que equipes projetem naves multigeracionais hipotéticas para viagens interestelares, assunto que já ocupa a mente da humanidade, e da ciência, a muito tempo, pelos motivos já citados, além da própria curiosidade.
A nave, teoricamente, poderia ser construída em 20 a 25 anos e manteria a gravidade interna por meio de rotação constante. A nave, que teria 58 Km de comprimento, seria construída com várias camadas se envolvendo em torno de um núcleo central, como vemos nas conhecidas bonecas russas. Essas camadas incluem espaços comuns, fazendas, jardins, casas, armazéns e outras instalações compartilhadas, cada uma alimentada por reatores de fusão nuclear, tudo muito similar de como é na Terra.
O núcleo no centro do veículo hospedaria os ônibus espaciais que podem levar pessoas para Alfa Centauri, bem como todos os equipamentos de comunicação da Chrysalis. E após os séculos, quando da sua chegada no destino, a sua população poderia iniciar a ocupação humana em seu novo habitat, no que seria certamente o maior avanço da história da humanidade.
Certamente não estaremos aqui para ver, mas podemos imaginar. Uma pena que o ser humano perde muito tempo e gasta muito dinheiro com coisas como guerras, pois se não fosse assim, certamente coisas teóricas como essa poderiam ser realidade bem mais cedo, pois assim, certamente a ciência teria recursos para isso. E você humano do futuro, que está lendo essa matéria da Terra ou de Alfa Centauri, comenta ai como está sendo essa nova vida humana fora do nosso planeta original.
E claro que nem precisaria dizer a quantidade de problemas que teriam que ser enfrentados nessa viagem, como por exemplo a parte psicológica. Pessoas nascendo na nave e sendo obrigadas a essa nova vida por ordem, digamos assim, dos seus antepassados. Será que todos aceitariam essa ideia? Bem como outros problemas que obviamente iriam surgir com o decorrer do tempo. Será que a nave chegaria até lá? A velocidade necessária, depois a tecnologia para desacelerar a nave, tudo coisas que ainda nem existem. Nem dá para pensar muito sobre isso, porque não há ainda, ou melhor, podemos pensar sim, mas não há ainda respostas para tudo isso. É tudo bastante teórico, mas já foi pensado, o projeto já existe e quem sabe um dia ele vire realidade. Comenta aí o que você acha de tudo isso.
IMAGEM: Giacomo Infelise, Veronica Magli, Guido Sbrogio, Nevenka Martinello e Federica Chiara Serpe
FONTE: Livescience
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