Em vias de extinção, Tuvalu considera criar um clone no metaverso

Morar em um verdadeiro paraíso certamente é muito bom, mas neste caso, está se tornando um pesadelo. À medida que a emergência climática ameaça a sua existência, a pequena nação do Pacífico não está apenas tentando recuperar terras físicas, mas também quer criar uma versão virtual para sobreviver no futuro. O país tem cerca de 12 mil habitantes.

Para se ter uma ideia, o ponto mais alto por lá, está a 5 metros do nível do mar. A moradora Lily Teafa fala que percebem as mudanças a todo momento: “Sempre que vamos fazer um piquenique, principalmente nos extremos norte e sul desta bela ilha, notamos sempre que um pedaço de terra foi levado pelo mar.”

Espera-se que Tuvalu seja um dos primeiros países do mundo a ser completamente perdido pelas alterações climáticas. As três ilhas de coral e seis atóis que compõem o país têm uma massa total de terra inferior a 26 km2. Ao ritmo atual de subida do nível do mar, algumas estimativas sugerem que metade da área terrestre da capital será inundada pelas águas das marés dentro de três décadas. Até 2100, 95% da terra será inundada por marés reais periódicas, tornando-a essencialmente inabitável.

A questão da sobrevivência é urgente. A moradora diz que, especialmente para os jovens, o medo é a emoção predominante. “É a pior sensação de todas; pior do que ter medo de altura, medo do escuro. Agora temos medo do futuro.” Face a esta realidade, estão em curso trabalhos em Tuvalu para recuperar terras, juntamente com tentativas de preservar a sua cultura e história online, em planos inovadores que poderão ver Tuvalu tornar-se a primeira nação totalmente digitalizada existente no metaverso.