Ferrari não vai fazer carros autônomos

A Ferrari não vai fazer carros autônomos. Sabe o motivo? Pois eles não se importam

Além da informação, vou trazer muitas imagens de Ferraris, porque vale sempre a pena. É um carro sensacional.

Então vamos a informação. Afinal, quem vai comprar uma Ferrari sem a intenção de dirigi-la? Pois é. No caso de uma Ferrari, deixar um robô fazer quilometragem nela só é pior do que comprar uma e deixar parada na garagem.

O CEO da Ferrari, Benedetto Vigna, disse a uma multidão reunida para o Future of the Car Summit, realizado em Londres nesta semana, que a empresa não está dando um passo em direção à autonomia.

Enquanto a Ferrari está finalmente se alinhando ao futuro elétrico após anos de resistência total e relutantemente cedeu à mania dos SUVs, com o lançamento do seu SUV Ferrari Purosangue 2023 com 715 cavalos de potência e portas com dobradiças traseiras, Vinga ainda insiste que não será pego de surpresa no jogo de direção autônoma.

A marca da icônica de supercarros quer continuar a projetar carros esportivos onde as pessoas queiram dirigir sozinhas, deixando à tecnologia de direção autônoma com outros, como a Tesla. Mudar isso seria antitético ao espírito da empresa, de acordo com o CEO da Ferrari, Benedetto Vigna:

“Existem quatro tipos de software. Há software de desempenho, há software de conforto, há software de infoentretenimento e há autônomo”, disse Vigna no Future of the Car Summit, organizado pelo Financial Times em Londres na terça-feira, 9 de maio. “O último, não nos importamos”, disse ele.

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Não é a primeira vez que Vigna e ou outros executivos da Ferrari prometem não se tornar autônomos, argumentando que permitir que seus carros dirijam sozinhos acabaria com o propósito de comprar um, já que a maioria dos clientes que compram uma Ferrari não planejam ser conduzidos por aí por alguém ou alguma outra coisa.

E faz sentido. Os carros elétricos certamente estabeleceram sua boa-fé não apenas como máquinas verdes, mas também como automóveis focados em entusiastas, como o EV Porsche Taycan e o híbrido Lamborghini Revuelto.

Lamborghini Revuelto teve dois anos de produção vendida em duas semanas. Que loucura. E certamente há clientes para tudo.

Na verdade, os EVs podem alcançar uma dinâmica de direção incrível graças a uma distribuição de peso e potência mais igualitária. E os SUVs sofisticados também são uma máquina de fazer dinheiro muito deliciosa para resistir por muito tempo.

E voltando aos veículos autônomos, atualmente eles ainda não existem no mercado e podem nunca existir. Embora existam alguns veículos que oferecem sistemas avançados de assistência ao motorista de nível 3 chegando aos EUA este ano, eles só estão disponíveis em estados ensolarados como Arizona e Novo México, onde o clima se presta a funções de direção autônoma. São Francisco está constantemente lidando com táxis autônomos obstruindo as ruas da cidade e, após 10 anos e US$ 100 bilhões em desenvolvimento, os carros autônomos ainda lutam para virar à esquerda.

Portanto, em vez de contrariar a tendência da indústria, a Ferrari está na verdade liderando o grupo em não construir veículos autônomos. É outra jogada brilhante de uma empresa que parece incapaz de parar de ganhar dinheiro.

Será que vai funcionar? Pode ser que sim, afinal a Ferrari não para de ganhar dinheiro. Mas se, ou quando, os autônomos derem dinheiro, talvez a Ferrari pule para lá.

FONTE:

*Jalopnik

Enquanto isso…

Lucro da Ferrari salta 24% com demanda empurrando lista de espera para 2025

Ferrari disse neste mês que seu lucro no primeiro trimestre saltou 24%, para 297 milhões de euros (US$ 328,8 milhões), com um aumento de 10% nas remessas, já que a enorme demanda por seus modelos mais recentes gerou um aumento na lucratividade.

“Nossa carteira de pedidos já se estende até 2025”, disse o CEO Benedetto Vigna em comunicado.

A receita e o lucro da Ferrari superaram solidamente as estimativas de Wall Street, e a empresa manteve sua orientação otimista para o ano inteiro. As ações fecharam pouco mais de 5% após o relatório.

Vamos aos números:

Lucro por ação: 1,63 euros, contra 1,48 euros esperados.
Receita: 1,43 bilhão de euros, contra 1,39 bilhão de euros esperados.

A receita aumentou 20% ano a ano, para 1,43 bilhão de euros, de 1,19 bilhão de euros no primeiro trimestre de 2022.

Isso se deveu em grande parte a um mix mais rico de modelos vendidos e a um aumento nas “personalizações”, o termo da empresa para suas longas listas de opções que podem adicionar centenas de milhares de dólares ao preço de uma Ferrari nova. A Ferrari tem incentivado mais clientes a aproveitar as opções estendidas disponíveis como parte de um esforço mais amplo para aumentar suas margens de lucro.

Esses esforços estão valendo a pena: a margem de lucro EBIT (lucro antes de juros e impostos) da Ferrari, um número amplamente observado, aumentou um ponto percentual para 26,9%, de 25,9% há um ano.

A Ferrari vendeu 3.567 veículos no trimestre, um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Ele disse que o aumento nas remessas foi impulsionado pela alta demanda por seu conversível Portofino M, o carro esportivo híbrido 296 GTB e o 812 Competizione, uma versão limitada ainda mais rápida de seu carro-chefe de doze cilindros, o 812 Superfast.

A Ferrari disse que começou a aumentar a produção de seu mais recente modelo Icona de sete dígitos, o Daytona SP3, no primeiro trimestre. Ela planeja fabricar apenas 599 unidades do Daytona SP3, cujo preço inicial é de pouco mais de US$ 2,2 milhões. Todas as 599 unidades já estão vendidas.

Apesar do trimestre melhor do que o esperado, a Ferrari manteve sua orientação anterior para o ano inteiro. Ainda espera uma receita de cerca de 5,7 bilhões de euros em 2023, com lucro por ação ajustado entre 6 euros e 6,20 euros. Ela também espera um aumento na margem EBIT do ano inteiro, para cerca de 26%, impulsionada pelo Daytona SP3 e pelo Purosangue.

Certamente uma empresa assim pode se dar ao luxo de remar contra a maré. O que você acha? Deixe seu comentário.

FONTE:

*CNBC