Furacão Milton deixa rastro de destruição na Flórida com pelo menos 16 mortos e milhões sem energia elétrica

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Vou trazer as informações aqui, juntamente com imagens, algumas que lembram a tragédia recente do RS.

Veja em vídeo:

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O furacão Milton atingiu a costa perto de Siesta Key, na Flórida EUA, na quarta-feira à noite como uma tempestade de categoria 3. Pelo menos 16 pessoas morreram na tempestade, confirmaram autoridades. Milton atravessou a península da Flórida na quinta-feira e sobrevoou o Oceano Atlântico. Mais de 2,6 milhões de clientes ficaram sem energia na Flórida na quinta-feira, de acordo com o rastreador de serviços públicos Find Energy.

Moradores que fugiram da costa oeste da Flórida antes do furacão Milton começaram sua jornada para casa na quinta-feira. Os evacuados enfrentaram tráfego pesado e incerteza sobre as condições em que encontrariam suas casas enquanto avançavam lentamente pelas rodovias da Flórida. Os congestionamentos na I-75 sentido oeste se estendiam por quilômetros, e Amanda Cielenski e suas quatro filhas de Punta Gorda estavam ansiosas para voltar para casa: “É estressante. Não sabemos como as estradas ficaram, ou em que condições nossa casa estará. Levamos cerca de seis horas para chegar aqui, e vai ser complicado voltar.

Há mais de 1.000 funcionários da Cruz Vermelha Americana no local, na Flórida, respondendo às consequências dos furacões Milton e Helene, disse a organização na quinta-feira: “Isso vai ser difícil para muitas, muitas famílias na Flórida“, disse a porta-voz nacional Nicole Maul no “CBS Mornings”. Ela disse que a Cruz Vermelha ficaria no estado por meses após as devastadoras tempestades consecutivas: “Não vamos deixar essas pessoas trilharem esse caminho de recuperação sozinhas“, disse Maul.

Um fato inusitado aconteceu com um pescador. A Guarda Costeira dos EUA resgatou um homem a cerca de 48 quilômetros da Costa do Golfo da Flórida na tarde de quinta-feira agarrado a refrigerador, depois que ele sobreviveu a ventos com força de furacão e mar agitado durante a noite. O homem, capitão de um barco de pesca, ficou preso na quarta-feira enquanto tentava fazer reparos no navio após ele quebrar no início da semana, de acordo com a Guarda Costeira. “Este homem sobreviveu a um cenário de pesadelo até para o marinheiro mais experiente“, disse a Tenente-Comandante Dana Grady, chefe do centro de comando do Setor de São Petersburgo.

A tempestade causada pelo furacão Milton atingiu o pico de 1,5 a 3 metros acima do nível do solo, de Siesta Key a Fort Myers Beach, Flórida, de acordo com uma análise preliminar do Centro Nacional de Furacões. Embora o centro tenha notado que uma análise mais detalhada seria feita em breve, previsões anteriores alertavam que o aumento poderia chegar a 4,5 metros na área da Baía de Tampa.

Milton se tornou um ciclone pós-tropical na quinta-feira, enquanto viajava mais para o Oceano Atlântico, em um caminho que deve fazê-lo passar ao norte das Bahamas na tarde de quinta-feira. A tempestade está enfraquecendo gradualmente e, às 14h, teve ventos máximos sustentados de 120 KM/H, um pouco acima do limite de 119 K/H para ser considerada com força de furacão, de acordo com o National Hurricane Center. Ela continua a alimentar condições de tempestade tropical e tempestades ao longo de partes da costa sudeste dos EUA. Ventos com força de furacão se estenderam até 70 milhas do centro de Milton, e ventos com força de tempestade tropical se estenderam até 310 milhas do centro, disseram os meteorologistas.

O presidente Biden pediu aos moradores da Flórida que esperem para ouvir os líderes locais antes de enfrentar as consequências do furacão Milton: “Ainda há condições muito perigosas no estado, e as pessoas devem esperar que seus líderes dêem sinal verde antes de sair. Sabemos por furacões anteriores que muitas vezes mais vidas são perdidas nos dias seguintes à tempestade do que durante a tempestade em si.

Existem 5 fatores que explicam os motivos que o levam a ser um furacão tão perigoso:

1. As águas quentes do Golfo: Ao contrário de outros furacões que surgiram na região equatorial do Atlântico ou do Caribe, o Milton se formou no Golfo do México, onde foram registradas temperaturas da superfície da água mais altas do que o normal; 2. Intensificação rápida: O Milton foi formado com categoria 1 na tarde do dia 5 de outubro, quando seus ventos ultrapassaram 119 km/h. Mas em pouco menos de 24 horas se intensificou para a categoria 5, registrando ventos máximos sustentados de 285 km/h; 3. A perigosa tempestade que se antecipa: Os próprios ventos e chuvas fortes têm o potencial de ser muito destrutivos onde quer que um furacão atinja a costa. Na verdade, os especialistas consideram que as inundações criadas por estes ciclones são mais destrutivas do que os próprios ventos; 4. O seu enorme tamanho: O Milton atingiu uma importante faixa costeira do oeste da Flórida, mas suas faixas de nuvens e ventos também tinham probabilidade de cobrir uma grande área do estado, à medida que seu tamanho aumenta conforme se move pelo Golfo do México; 5. Seu impacto depois do Helene: O noroeste da Flórida ainda estava se recuperando do impacto do furacão Helene, que deixou mais de 200 mortos no nordeste dos Estados Unidos. Nas áreas da Flórida impactadas pelo Helene, ainda existiam centenas de edifícios destruídos cujos destroços se tornam objetos perigosos se forem levados pelos ventos do Milton.

FOTO Bloomberg/Getty Images: Um guindaste caiu sobre um prédio em St. Petersburg, Flórida, enquanto o furacão Milton devastava o estado.

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