Nosso boletim 11 traz os seguintes assuntos: foto da cicatriz incrível da Ana Carrasco da Moto3; Marc Marquez Vs YouTuber: uma CBR 600 é suficiente contra uma ZX-10 RR; Johann Zarco fala do elemento que falta para ele vencer sua primeira corrida; Luca Marini fala dos seus problemas na VR46; Ducati recorda o seu tempo com Rossi e WorldSBK segue para Assen para a batalha do 30º aniversário
O que não te mata, te fortalece
Para começar nosso boletim de hoje quero mostrar essa foto e essa postagem da Piloto Ana Carrasco, unica representante feminina do grid da Moto3. Em 10 de setembro de 2020 ela sofreu uma queda violenta em estoril, que causou a quebra das vértebras D4 e D6. Após o acidente, a campeão da SSP300 retornou imediatamente à Espanha, onde passou por uma cirurgia com a inserção de placas especiais nas costas. Depois de quatro meses, as placas foram retiradas e ela então mostrou essa foto das costas pós operada em seus perfis nas redes sociais, onde os pontos estão bem visíveis. Agora ela postou uma nova foto, mostrando que já está cicatrizado depois de tanto tempo.
É meus amigos, a motovelocidade tem disso…
Perdeu o Boletim anterior? Segue link:
Marc Marquez Vs YouTuber: uma CBR 600 é suficiente contra uma ZX-10 RR
Não, o título não é sensacionalista, os pilotos de MotoGP é que são incríveis. Um Youtuber sortudo conseguiu um vídeo incrível para o seu canal na internet com um pega contra nada mais nada menos que Marc Márquez.
No teste realizado em Alcarras antes de partir para Austin, Marc esteve duelando em pista com Johann Flammann e apesar de uma moto com 90 cv a menos, deu a nós um bom espetáculo.
Esse teste na pista do MM93 antes de Austin falamos aqui no canal, segue link:
Provavelmente o YouTuber Johann Flammann nunca teria imaginado poder postar em seu canal um vídeo em que duela na pista com Marc Marquez, mas a vida é estranha e a sorte sorriu para ele. Na verdade Johann não só conheceu Marc na pista, mas também teve a oportunidade de duelar com o campeão espanhol que se preparava para voltar à sua Honda RC213v no MotoGP. Voltando de problemas de diplopia, Márquez tinha de fato ido a Alcarras para pilotar uma CBR 600 e experimentar como estava seu estado em pista, antes de pegar o avião para Austin e no mesmo dia o YouTuber mencionado acima estava pilotando também sua Kawasaki ZX-10 RR na mesma pista.
Um bom piloto, que sem dúvida está muito familiarizado com a pista e que se viu tentando acompanhar Márquez que naquele momento estava na pista com uma moto empurrando cerca de 90 cv a menos. Obviamente Marc não estava indo ao limite, já que era apenas um treino preparatório para o sinal verde de poder ir para Austin, mas as imagens gravadas e postadas por Flammann são definitivamente uma adrenalina de arrepiar.
A cada reta ele aproveita a potência de sua Ninja para ultrapassar Marc, que responde a cada freada e entrada de curva, dando vida a um verdadeiro duelo de armas que é bastante divertido de assistir. Nota-se claramente a diferença de nível em curvas, de um piloto de MotoGP para um piloto de final de semana. Ficará, sem dúvida, uma bela recordação para Flammann e também para nós fãs. No caso do youtuber ele poderá dizer que tentou resistir a Marc Márquez entre o meio-fio de uma pista!
E claro, deixarei o vídeo aqui para você:
Johann Zarco fala do elemento que falta para ele vencer sua primeira corrida
Johann Zarco já tem um pódio na presente temporada de MotoGP, mas nas quatro primeiras rodadas ainda não foi capaz da tão desejada vitória que lhe tem vindo a escapar ao longo dos anos.
Citado no site motosan.es, o homem da Pramac explicou que não é por falta de velocidade que ainda não conseguiu vencer em 2022, atribuindo-o às sensações a bordo da Desmosedici GP22 que ainda não são as ideais: ‘O nível é muito alto e isto dificulta o ajuste de uma moto. A velocidade está lá, mas até ter a sensação correta no assento é difícil vencer’.
Numa auto-avaliação à fase inicial da temporada, Zarco afirmou: ‘A pontuação que daria a mim era de seis em dez para as primeiras quatro corridas’.
Esta é a sexta temporada dele na categoria, e já chegou varias vezes em segundo. Então faço duas perguntas: quando virá a primeira vitória do Zarco na MotoGP? E essa vitória realmente virá? Aguardaremos…
Luca Marini fala dos seus problemas na VR46
A temporada de Luca Marini na MotoGP não teve um começo ideal, com o melhor resultado sendo o 11.º lugar do GP da Argentina. O piloto da Mooney VR46 Racing Team sente que melhorou desde o Qatar, mas menos do que as outras Ducati, isto apesar de ter sido superado apenas por uma vez pelo colega Marco Bezzecchi.
Citado pelo Corse di Moto, o #10 explicou que no GP das Américas da semana passada até nem se sentiu mal na moto, mas ao conferir os dados constata perdas em reta que não consegue explicar, e para as quais procura uma solução:
– Na minha opinião, a moto melhorou comparando com a primeira corrida, mas as outras Ducati melhoraram ainda mais. No Qatar acho que fizemos algo errado. Em Austin não senti quaisquer problemas. A eletrônica é boa. A potência e a aceleração parecem bem quando estou pilotando sozinho… quando se comparam os dados, no entanto, reparas que perco tempo na reta. Mas não sei porquê. Experimentámos diferentes configurações eletrônicas. Mas não conseguimos encontrar uma solução.
Ducati recorda o seu tempo com Rossi:
Não está sendo o início de temporada esperado para a Ducati. Apesar de ter duas vitórias em quatro corridas, ambas com Enea Bastianini, os pilotos oficiais têm mais problemas. Além disso, o novo dispositivo de ajuste de altura que eles introduziram no início do ano gerou muita polêmica e os colocou no centro do alvo. Seu CEO, Claudio Domenicali, se orgulha desse papel da fábrica Borgo Panigale na vanguarda da inovação, apesar do que isso significa às vezes. Além disso, agora que Valentino Rossi se foi, cabe à Ducati e aos seus pilotos defender o orgulho nacional na MotoGP.
Com a aposentadoria de Valentino Rossi no final da temporada passada, os fãs italianos agora observam e seguem a Ducati de muito perto e, claro, principalmente por Pecco Bagnaia e Enea Bastianini. Fazer jus ao que Rossi significou para o motociclismo na Itália e no resto do mundo é um grande desafio. Mas na Ducati eles aceitam de bom grado. “Sim, embora acredite que o Valentino seja insubstituível, é uma pessoa única que consolidou uma combinação de talento, determinação, resultados e simpatia. Além de uma longevidade incrível. Por outro lado, porém, nossa marca é muito mais do que era há 10 anos. É muito sólido e uma marca com a qual os italianos se identificam, e não estou falando apenas de esporte, mas também de tecnologia. É um pouco como a Ferrari na Fórmula 1”, assegura Domenicalli em entrevista publicada no Motorcycles News.
Il Dottore rodou duas temporadas pela Ducati, em busca do sonho italiano: um piloto italiano vencer o Campeonato do Mundo de MotoGP numa moto italiana. No entanto, o final não foi feliz e os dois anos em que Rossi competiu como piloto da fábrica de Borgo Panigale foram muito difíceis. “A Ducati de hoje é muito diferente da que rodou durante dois anos, acho que teria sido competitiva com a moto de 2021. Não nos arrependemos de ter corrido juntos, estávamos numa altura em que não fomos feitos um para o outro. Foi uma moto que foi muito desenvolvida para Casey Stoner. Ele tinha um desempenho muito alto em suas mãos, mas era muito difícil se acostumar com um piloto acostumado a um comportamento mais equilibrado”. Reflete o CEO de Ducati.
Outro aspecto que pode tornar a Ducati uma moto complicada em termos de adaptação é a constante inovação dos italianos. Desde a chegada de Gigi Dall’Igna, os de Borgo Panigale sempre estiveram um passo à frente do resto das marcas. “Acho que Gigi [Dall’Igna] interpretou a maneira Ducati de correr de uma maneira bonita e totalmente Ducati. Corremos para desenvolver tecnologia. Fomos os primeiros a colocar asas num MotoGP e numa moto de produção. Gostamos de nos colocar na vanguarda do ponto de vista da engenharia e tecnologia para oferecer emoções extraordinárias, tanto pela condução como pela beleza do design ”, afirma Domenicali.
Tanto que se considera que são os italianos que inovam e os demais os copiam. De fato, Pecco Bagnaia mostrou o seu descontentamento após a corrida de abertura no Qatar, onde se sentiu um piloto de testes devido às constantes mudanças na sua moto. “Muitas vezes, ao tentar uma nova solução técnica, ela fica mais lenta. Você precisa de uma fase de adaptação, mas se descartar algo novo imediatamente, pode estar descartando algo bom porque não está acostumado. Antes nos custava mais porque alguns pilotos tinham preconceitos. Em vez disso, é necessária uma vontade de perseverar e experimentar. Hoje existe uma alquimia mágica de pilotos rápidos que confiam nos engenheiros. E os engenheiros ouvem o que lhes é dito. Já se foram os dias em que os pilotos jogavam suas malas contra a parede quando entravam nos boxes”, diz ele.
WorldSBK segue para Assen para a batalha do 30º aniversário
Para fechar nosso boletim, falar do WSBK. Há 30 anos, a Holanda tornou-se o 18º país a receber um Campeonato Mundial de Motociclismo de produção relativamente novo e muito emocionante. Doug Polen e Giancarlo Falappa compartilharam vitórias, a Corrida 1 viu os três primeiros cobertos por menos de um segundo e o caso de amor de Carl Fogarty com um famoso local holandês começou com um pódio. Neste final de semana, 15 dos 24 pilotos do grid de 2022 nem haviam nascido naquela época, mas estarão correndo neste circuito atemporal. É claro que é o TT Circuit Assen, a ‘Catedral da Velocidade’ e talvez para o Campeonato Mundial de Superbike MOTUL FIM 2022, a catedral dos sonhos.
O que será da corrida de 30 anos desde o seu início no calendário saberemos neste final de semana. Na primeira corrida tivemos duas vitórias de Bautista e a Ducatti, e uma do Rea e a Kawasaki. Sobre Assen, saberemos neste final de semana com a Corrida 1 no sábado e a Corrida 2 no domingo, conforme horários que estão no vídeo no início deste boletim e com transmissão das duas corridas aqui no nosso canal.
Confira a classificação do campeonato:
*WSBK