A Honda quebrou uma longa tradição de construir a grande maioria dos seus principais componentes de MotoGP internamente e já houve testes em Misano; e a principal novidade deverá acontecer em Aragão
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A BMW faz isso no Campeonato Mundial de Superbike desde junho de 2022. Agora, a Honda Corporation também está fazendo. Os japoneses compram braços oscilantes das rodas traseiras de alumínio para o MotoGP da fabricante alemã Kalex Engineering, mestres de construção de chassis de Moto2.
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Isto está de acordo com um relatório da publicação alemã Speedweek, sugerindo que o novo componente de alumínio seria testado pela primeira vez nos testes de Misano.
Seria não, foi testado. O braço oscilante Kalex que o piloto de teste HRC Stefan Bradl experimentou no Dia 1 voltou no Dia 2 e desta vez, foi visto numa das motos de Marc Márquez. O #93 tinha três exemplos diferentes da RC213V à sua disposição, sendo estes um par de versões 2022 e mais um modelo 2023, e a Honda testou três entradas de ar diferentes na sua frota de motos. Bradl também testou um escape diferente, e até fez alguns testes de corrida com a moto de 2021. Na folha de tempos, Marc Márquez foi o melhor das Hondas.
PERDEU OS TESTES?
A fábrica japonesa foi a primeira na MotoGP a mudar do uso tradicional de alumínio para fibra de carbono como componente principal, em busca de mais rigidez e melhor vida útil do pneu traseiro. No entanto, com o atual piloto da Repsol Honda, Pol Espargaró reclamando bastante disso, em particular na busca pela aderência traseira desde que ingressou na equipe no início de 2021, parece que a equipe decidiu agora seguir outra direção e retornar à tradição.
Para isso, foi dado o passo altamente incomum de recrutar um contratado externo na forma da empresa de engenharia alemã Kalex, cujas máquinas de Moto2 venceram os últimos 10 campeonatos na classe intermediária, todos os anos desde que o atual piloto da Honda Marc Marquez venceu em um Suter em 2012.
A nova peça estreou nas mãos de Márquez e Espargaró no teste pós-corrida de Misano, com Márquez retornando de sua última cirurgia para o passeio de dois dias que começou na terça-feira.
Isso vem de comentários brutais dirigidos à Honda na tarde de domingo por Espargaró, que deixará a equipe e retornará à família KTM no final da temporada.
Ecoando as palavras de outros membros da equipe, ele expressou sua insatisfação com o atraso na Honda no desenvolvimento de novos componentes, um problema agravado pelo piloto de testes Stefan Bradl sendo forçado a substituir Márquez desde maio.
“Quero dizer, quantas peças testamos desde o Qatar, nem tanto”, disse Espargaró ao MotoGP.com. “No teste depois de amanhã (se referindo ao teste de Misano), não parece que temos muitas coisas para tentar. Então… pfff… assim você não vai melhorar. E os outros que você vê, eles estão colocando asas em suas motos a cada três meses, dois meses. E eles estão tentando melhorar. E eles são sempre cada vez mais rápidos. A corrida de hoje foi meio segundo mais rápida por volta do que a corrida do ano passado em que estávamos no pódio com Marc. Então, imagine. Estaríamos ridiculamente ruins [com a moto do] ano passado também em comparação com este ano.”
Também marca uma mudança significativa no pensamento da Honda, que ecoa os próprios comentários de Márquez de sua aparição no Red Bull Ring há duas semanas, onde ele aproveitou a oportunidade de uma atualização sobre sua condição para pedir à equipe que mudasse seu pensamento.
“Não sou o cara para dizer ‘é assim’ – a Honda é a marca que mais conquistou títulos no mundo, e estou aqui com a Honda porque acredito nela e acredito que posso chegar o topo com eles”, disse Marc. “Mas é verdade que precisamos entender bem como organizar bem, porque cada vez temos mais e mais corridas, menos testes, e o trabalho na fábrica se torna cada vez mais importante do que no circuito.”
E a segunda novidade?
Bom, é uma quase novidade, mas saberemos logo, logo…
Enquanto muitos observadores se perguntavam se Márquez pretendia correr em Aragão, o 8 vezes campeão mundial pegou todos de surpresa ao terminar uma sessão de treinos em sua Honda CBR 600 RR.
Como costuma fazer, Marc postou um vídeo do teste no Instagram, enquanto lambia as curvas com sua CBR. Também nos perguntamos por que ele não usa o RC213-V S, que também possui? Lembrando que a moto da MotoGP não pode ser usada em testes particulares, apenas outras versões, como essa 213-VS.
A postagem não tem uma declaração de se ele vai ou não correr, mas certamente chegará em breve: isso será suficiente para ele como uma sessão de treinamento ou ele preferirá tentar sua mão nos treinos oficiais para o GP de Aragão? Em breve saberemos.
Enquanto isso, veja o vídeo AQUI
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FONTES:
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