Chegamos ao boletim 23 – Assuntos de hoje:
- O maior vencedor da história da MotoGP completa 80 anos, e claro, nossa homenagem não pode passar batida
- Giacomo Agostino opina sobre a MotoGP atual e Marc Márquez
- As primeiras impressões de Toprak Razgatlioglu sobre a MotoGP após teste
- O calvário de Maverick Viñales na Alemanha
- O calvário de Aleix Espargarò na Alemanha
- O calvário de Stefan Bradl na Alemanha
- O calvário de Pol Espargaró na Alemanha
- Fabio Quartararo também teve calvário na Alemanha?
- E o maior calvário, claro, foi para Pecco Bagnaia
- Miguel Oliveira indo para a Aprilia
- Mir na Honda? Ele já fala sobre ela
- Pedro Acosta quebra a perna; quando volta?
- E com a Gresini Ducati perdendo seu piloto, terá que se virar
- Doeu para Álex Rins na Alemanha
- Fim de Dovizioso no MotoGP está próximo. Para onde ele vai? E para onde ele não vai?
- Expectativas de Diogo Moreira e Eric Granado para Assen?
- Classificação dos campeonatos WSBK, Moto3, Moto2 e MotoGP
PERDEU O BOLETIM 22?
Pedro Acosta quebra a perna; quando volta?
Esta terça-feira, Pedro Acosta sofreu um incidente num treino em que fraturou o femur esquerdo. Por isso mesmo, estará ausente do GP de Assen do próximo fim de semana.
A Red Bull KTM Ajo, onde o rookie espanhol alinha, confirmou que não irá substituí-lo nesta última rodada antes das férias de verão. Assim, irá alinhar apenas com Augusto Fernández, que persegue a segunda vitória seguida.
Acosta, que já foi operado estava na sua melhor fase da temporada. Considerando a lesão em causa, é de esperar uma ausência que se estenda para além da pausa que vem na sequência, pelo que deverá ter de ser substituído temporariamente em agosto. Após este final de semana em Assen, a próxima etapa será em 7 de agosto em Silverstone.
A resposta a pergunta do título? Claro que não temos. Uma pena mesmo esse fato, pois ele na sua última corrida na Alemanha foi sensacional, ajudando a trazer a melhor corrida do final de semana dentre todas. Perdeu?
No final do boletim, traremos a classificação das três categorias.
Mir na Honda? Ele já fala sobre ela
Joan Mir, da Suzuki, quebrou o silêncio sobre uma possível mudança para a Repsol Honda em 2023, admitindo que seria um “grande desafio” pilotar pela equipe mais bem-sucedida da história da categoria rainha. O maiorquino está ligado a uma mudança para a HRC desde que a fábrica de Hamamatsu anunciou que deixaria a MotoGP no final da temporada, mas, até agora, ele permaneceu de boca fechada quando questionado sobre seu futuro.
No entanto, ao falar com Amy Reynolds da ITV, o Campeão do Mundo de 2020 abriu pela primeira vez a perspectiva de alinhar nas cores icónicas da Repsol Honda em 2023. A parceria com o oito vezes Campeão do Mundo Marc Marquez foi um cálice um tanto envenenado nos últimos anos, com Dani Pedrosa sendo o último homem a vencer no lado oposto da garagem em novembro de 2017. Algo meio óbvio não? Ser colega de equipe de uma fera não é nada fácil, a história mostra, mas o MM93 também não anda tão consistente assim…
Mas Mir admitiu que não está desanimado com a seca de quase cinco anos de vitórias na segunda RC213V de fábrica da HRC: “Sim, isso é verdade [não é fácil fazer parceria com Márquez], algo que, para cada piloto no paddock, é um desafio tão difícil. Mas não é uma má opção. Marc é um piloto com quem você pode aprender muito. Vamos ver.”
Desde que se mudou para a classe rainha em 2019, Mir tem sido parte integrante do projeto MotoGP da Suzuki. Ele ajudou a marca azul a conquistar o primeiro título da categoria rainha em quase duas décadas, quando conquistou a coroa de 2020 em apenas sua segunda temporada. E, embora as visitas ao parque fechado tenham se esgotado nos últimos meses, o bicampeão mundial diz que a Suzuki terá para sempre um lugar especial em seu coração. Mir foi campeão da Moto3 em 2017, e em 2018, em sua única passagem pela Moto2 ficou em 6º no campeonato, que foi vencido por Peco Bagnaia.
“Com certeza é”, disse Mir quando perguntado se mudar para uma fábrica diferente pela primeira vez é assustador. “Mas tenho a certeza que se conseguirmos encontrar esta harmonia e sentimento nesta equipe, encontraremos numa equipa diferente. Dentro do meu coração, serei sempre um piloto da Suzuki.”
Miguel Oliveira indo para a Aprilia
Com Oliveira confirmado para deixar a KTM depois que a equipe anunciou Jack Miller como companheiro de equipe de Brad Binder para a temporada 2023 da MotoGP, parecia que uma mudança para a Gresini Ducati estava nos cartões.
Mas com a RNF trocando a Yamaha pela Aprilia no próximo ano, parece que a fabricante de Noale convenceu o piloto português, quatro vezes vencedor de corridas de MotoGP, a se juntar à sua equipe satélite em um contrato de dois anos. Miguel não venceu em sua estreia na MotoGP em 2019, venceu duas vezes em 2020, uma vez em 2021 e uma vez também neste ano de 2022.
Em seu relatório, a Sky Italia disse: “Aprilia marca um grande golpe de mercado em vista de 2023, Miguel Oliveira de fato assinou um contrato de dois anos com o fabricante Noale para correr na equipe satélite RNF de Razlan Razali. Nas últimas semanas, o piloto português esteve muito próximo de um acordo com a Gresini, mas nunca formalizou uma proposta econômica. Além do interesse da equipe Gresini, a KTM voltou a mostrar interesse em Oliveira que acabou por escolher o projeto da Aprilia.”
A Aprilia foi considerada o destino mais provável para Rins, que por sua vez jogou na crença de que Ducati e Oliveira fechariam um acordo.
Mas com a Aprilia fez uma oferta irrecusável a Oliveira, deixando o piloto da Suzuki a explorar outras opções.
E com a Gresini Ducati perdendo seu piloto, terá que se virar
Com Gresini perdendo Oliveira, a equipe satélite precisará procurar outro lugar, já que Enea Bastianini se juntará à equipe de fábrica da Ducati ou à Pramac.
Uma boa notícia para a equipe é que um novo acordo com Fabio Di Giannatonio está muito próximo de ser acertado.
Falando depois de Sachsenring, Di Giannantonio disse ao site MotoGP.com: “Todos estão à espera do post no Instagram [risos]. Vamos ver. A verdade é que estamos muito perto de assinar um acordo.”
O calvário de Pol Espargaró na Alemanha
Sachsenring foi um pesadelo para Pol Espargaró, que foi obrigado a abandonar com dores após ter de lidar com uma série de contratempos em solo alemão.
O espanhol explicou no final da corrida que a queda no FP1 o deixou com muitas dores e que esse não foi o único problema a afetá-lo na corrida:
– Foi um fim de semana complicado, com a queda no FP1 e a lesão nas costelas. Passei o fim de semana todo com dores…é complicado, sabem? As costelas precisam de tempo para recuperar e quando as colocamos sob pressão todos os dias numa MotoGP a situação fica cada vez pior. Levei uma injeção para minimizar as dores durante o fim de semana mas com este calor todo não ajuda…fica tudo mais inflamado. Não conseguia respirar normalmente e cheguei a ficar com tonturas. Além disso voltei a ter o problema do calor no pé, que é um problema que temos na Honda desde que cheguei, há dois anos. Foi muito doloroso, decidi retirar-me, não conseguia continuar.”
Perdeu a corrida?
O calvário de Stefan Bradl na Alemanha
Dizem que ele tem o melhor emprego do mundo, e acho que tem mesmo. Mas mesmo assim ele é humano e reclama.
Nas últimas três temporadas, Stefan Bradl foi um grande profissional ao substituir Marc Marquez. O piloto alemão subiu na moto para substituir o campeão lesionado após Jerez 2020 e, sempre que Marc precisava parar, ele respondeu ao chamado, atuando como um grande companheiro de equipe e também um excelente profissional.
Mas ao final da corrida de Sachsenring, ele fez algumas declarações ao site Speedweek, que certamente não pegou bem dentro do construtor japonês, culpado de ter “colocado na pista uma moto que não era adequada para enfrentar uma corrida quente como a de ontem”. Foi, de fato, um GP da Alemanha com condições meteorológicas proibitivas, como pudemos ver pelas caras dos pilotos antes de subir ao pódio e também pelas suas declarações. Estava realmente muito quente. O vencedor, Quartararo, admitiu abertamente: “Esta corrida foi pior que a Tailândia ou a Indonésia. O calor é terrível.”
Uma situação que trouxe à tona um problema com a Honda, que tem aerodinâmica que não consegue dissipar o calor gerado, como ouvimos de um Bradl bastante irritado.
“Pol parou por causa dos hematomas e eu por causa do calor” Stefan disse. “Nem sei porque terminei a corrida. Eu estava mais de 21 segundos atrás do penúltimo. Você se sente estúpido quando parece o último tolo do GP da Alemanha. Foi terrível. A Honda não conseguiu desenvolver uma carenagem que permitisse aos pilotos sobreviver a este calor. Esta mensagem deve ser ouvida. Esta situação não é aceitável. Já passei por muitas corridas ruins e quentes, mas realmente não sei por que terminei essa corrida.”
Uma situação que nos lembra as queimaduras de Loris Capirossi na primeira Ducati de MotoGP. Motos fantásticas, mas também verdadeiros pesadelos para os pilotos deste ponto de vista.
“Depois de duas voltas, não consegui puxar o freio porque meus dedos estavam queimados. Com tantas curvas à esquerda, sua mão direita só ganha um pouco de vento, o que torna o problema ainda pior. Depois de dez voltas, meu pé direito também estava queimado. Nestas condições meteorológicas, a moto é impraticável. Temos que encontrar uma solução com urgência.”
As primeiras impressões de Toprak Razgatlioglu sobre a MotoGP após teste
Razgatlioglu, que venceu sua primeira corrida como atual campeão de SBK na última etapa em Misano, fez sua tão esperada estreia na MotoGP em um teste privado da Yamaha em Aragão.
Como parte de uma curva de aprendizado íngreme, Razgatlioglu experimentou pneus Michelin pela primeira vez, uma caixa de câmbio nas palavras dele mesmo perfeita, maior potência e eletrônica diferente em comparação com o que ele está acostumado com sua R1 de especificação de SBK.
Com o teste de um dia inicialmente planejado para o final de 2021, os confrontos de calendário entre os dois campeonatos significavam que era necessária uma data revisada para 2022.
Embora não tenha sido a temporada que Razgatlioglu ou Yamaha gostariam até agora (classificação no final do boletim) Razgatlioglu mais uma vez esteve no topo de seu jogo nas quatro primeiras rodadas. Mesmo vencendo apenas uma corrida em 2022, ele segue mostrando seu talento e de que é merecedor de um dia, pilotar oficialmente uma MotoGP.
Embora os tempos de volta não tenham sido fornecidos, Razgatlioglu estava perto dos tempos de volta estabelecidos por Crutchlow, de acordo com relatos.
“Este foi o meu primeiro dia na Yamaha M1 MotoGP e parecia completamente diferente da minha R1”, disse Razgatlioglu. “Mais potência, eletrônica diferente, caixa de câmbio perfeita, tudo isso é completamente novo para mim. A cada volta aprendi mais, porque depois das SBK não é tão fácil adaptar-me à máquina de MotoGP. Felizmente, tive Cal Crutchlow à disposição para dar conselhos e ele foi capaz de me ajudar muito. A moto está boa, especialmente na reta, onde é muito rápida, e foi interessante experimentar os freios de carbono.”
Dizem que a MotoGP freia muiuuuiiitoooo, item em que Toprak se destaca muito.
Apesar do teste começar em condições de sol, a chuva no final do dia fez com que Razgatlioglu não conseguisse um dia inteiro de ação.
O piloto da Pata Yamaha continuou: “As condições estavam muito quentes hoje, por isso mantivemo-nos a fazer cinco ou seis voltas apenas após as primeiras 12 voltas para sentir a moto pela primeira vez. Quando vejo as motos de MotoGP na televisão aqui em Aragão, dá para ver que é um pouco acidentado, e posso sentir isso aqui hoje. “
“Não é tão ruim, mas você tem que manter o acelerador aberto para passar pelos solavancos, porque se você fechar, fica mais instável. No geral, um teste muito positivo, mesmo que tenha sido interrompido pela chuva esta tarde, o que significa que não fiz tantas voltas como gostaria. Gostei muito de pilotar a moto da MotoGP, muito obrigado a Yamaha por me permitir esta oportunidade.”
Lembrando que no boletim anterior trouxemos a informação de que Toprak quer ficar nas SBK. Será que mudou de opinião?
Com a Yamaha perdendo a equipe satélite RNF no próximo ano – a equipe de propriedade de Razlan Razali está mudando para a Aprilia – o chefe da equipe Monster Energy Yamaha, Lin Jarvis, confirmou no mês passado que não há ‘vaga’ para Razgatlioglu em 2022.
No entanto, a Yamaha continua interessada em expandir de volta para uma configuração de quatro pilotos além da próxima temporada, o que, se isso acontecer, faria de Razgatlioglu um nome a ser fortemente observado.
O calvário de Aleix Espargarò na Alemanha
Um quarto lugar com um sabor amargo. Aleix Espargarò tinha outras expectativas no domingo em Sachsenring, mas foi pouco para perceber que não iria correr como planejado. Uma corrida difícil, onde o piloto espanhol lutou com a Aprilia e teve de se contentar com um 4º lugar no dia em que Quartararo triunfou sozinho.
“Não foi uma corrida positiva” admitiu Aleix. “Comecei a sentir a frente vibrando. Naquele momento, não pensei que fosse possível ter que fazer toda a corrida com uma moto vibratória. Uma pena, porque foi algo muito estranho e, durante todo o Grande Prêmio, senti vibrações contínuas no pneu dianteiro. Mas eu empurrei, dando tudo que eu tinha, finalmente trazendo para casa um quarto lugar.”
Aleix está obviamente desapontado.
“Na sexta, usei o pneu duro, e as sensações foram ótimas enquanto, no terceiro setor, meu ponto forte, continuei sofrendo. Eu estava rodando em 1’22 alto na corrida e me senti como se estivesse pilotando como Fernandez na Moto2. Tentei controlá-lo, mas fiquei muito preocupado, pois tinha medo de que peças saltassem da moto. Felizmente, porém, cheguei à linha de chegada.”
No final da corrida, #41 falou com a Michelin.
“Eu disse a eles que o pneu estava vibrando, mas não me importo muito com o julgamento deles, já que a corrida acabou. Fiquei frustrado quando comecei a perceber esses problemas. Felizmente, vi que, no final, os outros também caíram e eu fiquei em quarto.”
Com tudo isso, Quartararo está tão em fuga no Campeonato, mas isso não parece preocupá-lo.
“Trinta pontos não é nada. Se Fabio cair em Assen e eu vencer, ainda estarei de volta. O problema é que Fabio é muito rápido aos domingos. O Campeonato do Mundo ainda é longo. Há muitas corridas e, no passado, vimos Quartararo cometer erros na segunda parte da temporada. Estou me sentindo muito mal por hoje porque, sem esse problema, eu tinha o ritmo do Zarco.”
Ele tem razão meus amigos, Quartararo não erra. Será assim até o final? Saberemos no decorrer do campeonato…
O calvário de Maverick Viñales na Alemanha
Maverick Viñales estava a ter uma corrida sólida, em quarto, quando um problema no sistema traseiro de regulação de altura da sua Aprilia RS-GP sofeu uma avaria e o obrigou a abandonar a corrida.
O sistema ativou e não voltou ao normal, continuando com a traseira rebaixada. Um par de sustos depois e o espanhol decidiu que era demasiado perigoso continuar em pista pelo que se retirou. Eis a sua análise ao sucedido:
“Estou muito satisfeito com o dia porque gostei de pilotar. Tive um bom início e fui forte, fiquei com algumas marcas negras no meu macacão depois daquela primeira curva [risos]. Depois disso mantive o ritmo. Sabia que as minhas últimas voltas iam ser as minhas melhores pois estava a gerir o desgaste dos pneus e mesmo assim estava a ter um bom desempenho, o pneu deslizava pouco. Mas depois o dispositivo de regulação da altura traseiro avariou-se e as minhas hipóteses de me manter em pista ficaram muito reduzidas. O problema é que o dispositivo avariou, não voltou mais ao que era. Tentei muitas vezes que o sistema voltasse mas não aconteceu. Perdi a frente na curva oito por causa deste problema. Achei que era demasiado perigoso continuar. Se eu não caí na curva oito, cairia nas seguintes, era impossível pilotar.”
O foco agora está em acertar as melhorias necessárias para poder ter melhores qualificações, explicou: “Mas já pertence ao passado e retiramos daqui os lados positivos deste fim de semana. Mesmo que sinta que em termos de velocidade eu e a moto não estejamos no nosso melhor, estamos na luta. Mas estou agradado, temos de melhorar na qualificação porque basta-me começar bem que seja só um pouco mais à frente, consigo acompanhar os mais rápidos na cabeça da corrida.”
Doeu para Álex Rins na Alemanha
Álex Rins ainda tentou disputar o GP da Alemanha de MotoGP, mas as dores no pulso lesionado fizeram-no retirar-se. Agora, voltará à ação no GP dos Países Baixos que este fim de semana é o último antes da pausa de verão.
O piloto da Team Suzuki Ecstar disse em comunicado que conta em ter menos dores em Assen, estando entusiasmado com esta rodada, tendo uma abordagem mais cautelosa e com acompanhamento médico:
“Foi difícil para mim ver Sachsenring de fora, mas tive de tomar uma decisão cautelosa e ponderada e fazer o melhor no longo termo. Esperar mais alguns dias deve ter-me permitido curar um pouco mais o pulso e espero que desta vez a dor seja mais suportável. Irei procurar conselho médico e tentar levar o fim de semana sessão a sessão, mas seguramente estou muito ansioso por competir aqui em Assen, é um local verdadeiramente incrível!”
Incrível são esses “superhumanos” pilotando com suas dores kkkk
Fabio Quartararo também teve calvário na Alemanha?
Sim, mas no caso dele, deu certo.
Fabio Quartararo obteve em Sachsenring mais uma vitória dominadora no MotoGP, desta feita no GP da Alemanha, e deste modo ampliou a liderança do campeonato de 22 para 34 pontos (classificação no final do boletim). À semelhança do que aconteceu na rodada anterior, foi um fim de semana crescente para o piloto da Monster Energy Yamaha até ao triunfo.
Foi isso mesmo que observou o francês na conferência de imprensa após a corrida: “‘É uma vitória muito especial. Foi um pouco como em Barcelona. Na sexta-feira não estive muito bem, no sábado estive muito melhor, e no warm-up com o pneu médio usado senti que era a escolha certa porque em 27 voltas estava no 1m22s baixo”.
Pra ver a importância dos treinos, inclusive o próprio warm-up. Boa parte da vitória pode estar na escolha do pneu correto para cada moto.
Com as condições na corrida a serem distintas, Quartararo confidenciou que chegou a recear pela saúde dos pneus, em especial o traseiro: “Desde o início estava um pouco assustado porque estava usando o pneu um pouco mais do que o esperado para pilotar rápido. As últimas cinco ou seis voltas foram um desastre total para a pneu traseiro. Mas a sensação com o dianteiro foi super boa. Estou muito contente por estar aqui na frente”.
E o maior calvário, claro, foi para Pecco Bagnaia
Sem qualquer aviso. Foi assim que Pecco Bagnaia perdeu a traseira da sua Ducati Desmosedici GP este domingo no Sachenring e acabou de fora da corrida ainda numa fase prematura da mesma.
Fontes internacionais não confirmadas indicam que a telemetria da Ducati apresentou que Peco não cometeu erro algum, mas então, o que aconteceu? Talvez o puro azar seja a palavra certa.
“A frente não me deu qualquer aviso antes de perder a traseira. Completei 70 voltas todos os dias e até mais que isso. Isto nunca me aconteceu na vida. Nunca caí assim, só no rancho [de Valentino Rossi] mas como lá é flat track é mais fácil isto acontecer. É muito difícil perceber o que aconteceu”, começou por dizer o italiano, que continuou: “O meu ângulo de inclinação foi o mesmo, a velocidade também foi igual…eu já estava a apontar para a saída da curva, é complicado entender porque é que caí, essa é a parte que custa mais. Talvez todas as motos que têm esta inclinação caiam quando se sai largo, mas mesmo assim acho que a minha queda foi mesmo, mesmo no limite”.
Os sinais corporais dele após a queda mostraram que ele ficou realmente sem entender. Nem nós. Pena para o campeonato, dele…
Fim de Dovizioso no MotoGP está próximo. Para onde ele vai? E para onde ele não vai?
Andrea Dovizioso regressou à competição após a saída inesperada de Maverick Viñales da equipe Yamaha. O italiano assumiu o lugar de Franco Morbidelli na Petronas e o ’21’ passou a ocupar o lugar livre deixado por Viñales. Após o final da temporada, a equipe Petronas, agora WithU RNF, decidiu ter ‘Dovi’ para esta nova temporada de 2022. No entanto, os resultados não foram nada bons e esta possivelmente seria a última temporada de Dovizioso no Campeonato de MotoGP. Andrea Dovizioso falou sobre tudo isso e muito mais para o site GPOne.
Andrea encontra-se com 10 pontos nestes dez GPs já disputados, empatado em pontos com o seu companheiro de equipe Darryn Binder, vindo diretamente da Moto3. Tendo em conta o momento difícil que vive com uma moto que parece ter perdido o potencial de alguns anos atrás ao somar alguns pódios, Dovizioso começa a ter os olhos postos no futuro. O italiano chegou a Sachsenring com expectativas muito baixas e finalmente entrou nos pontos terminando em 14º, quase 31 segundos atrás do primeiro, Fabio Quartararo.
‘Dovi‘ não tem moto para a próxima temporada, mas também não pretende encontrar o seu lugar no MotoGP. Da mesma forma, ele continuaria em duas rodas, mas fora do asfalto ele só vê uma saída viável: Motocross é uma coisa muito interessante para mim, especialmente com o projeto que tenho em mente, já que no momento não sou competitivo no MotoGP. O ‘04′ aproveitou o evento de Superbike em Misano para visitar o seu amigo e piloto nesta competição, Michael Rinaldi. Ele confessa que seu futuro nunca passou pelo Campeonato Mundial de SBK: “Superbike nunca foi uma opção para mim, pois nunca me concentrei neste Campeonato.” Embora o seu futuro não passe pelas SBK, Dovizioso acredita que “poderia ser competitivo”.
Por outro lado, há quem acolha Andrea a ocupar um cargo de dirigente no MotoGP, tomando o lugar de Freddie Spencer, por exemplo. “Pessoalmente , sinto-me honrado por já ter sido avaliado para determinadas funções, pois isso significa que sou visto como uma pessoa relevante e experiente. Mas agora não estou disposto a assumir esses papéis. No passado, porém, me perguntaram se eu poderia estar interessado ou não, não posso negar.”
A era de Andrea Dovizioso terminará definitivamente esta temporada depois de 20 anos competindo e conquistando um título em 2004. O italiano já correu nas melhores fábricas do Campeonato do Mundo: Yamaha, Ducati e Honda. Durante a sua carreira conheceu grandes pilotos e lendas, incluindo Valentino Rossi, Marc Márquez, Casey Stoner, Jorge Lorenzo, Nicky Hayden e Dani Pedrosa. No momento ‘Dovi‘ não tem nada concreto em mãos para o futuro, no entanto, ele garante: “Tenho planos em mente”.
O maior vencedor da história da MotoGP completa 80 anos, e claro, nossa homenagem não pode passar batida
A lenda do mundo das moto Giacomo Agostini completou 80 anos na semana passada. Por ocasião da celebração, a emissora SKY transmitiu um especial em sua homenagem. Nele, o italiano dá uma longa entrevista em que fala sobre sua carreira na competição, mas também sobre seu lado mais pessoal.
Agostini é, sem dúvida, o número um do mundo e não é culpado de falsa modéstia em reconhecê-lo. “É por isso que eu sempre quis o número um, não apenas porque eu tinha direito a isso. O número um geralmente é usado quando o título é conquistado. Eu era um piloto italiano que pilotava uma motocicleta italiana, então trouxe a excelência da tecnologia do nosso país para o mundo. Também queria representar a Itália com meu capacete, que na verdade era vermelho, branco e verde com nossa bandeira”, disse o ex-piloto.
O italiano também relembrou seu primeiro título. “Foi em 1966 em Monza, diante do meu público. Comemoramos o dia todo, fiquei feliz. Na manhã seguinte me levantei, peguei os jornais, comecei a ler e só então percebi que era o Campeão do Mundo. As lágrimas até encheram meus olhos. Até pouco tempo atrás eu só sonhava em correr, e depois até me tornei Campeão do Mundo” , relembrou.
A paixão pelas duas rodas esteve sempre presente na sua vida. “Desde pequeno eu queria andar de moto. Aliás, até meus pais se perguntavam de onde veio essa minha paixão, porque ninguém na minha família era motociclista, não tinham oficina mecânica, meus irmãos não se interessavam por motores. Em vez disso, ele só queria correr de moto. Foi uma grande paixão, um grande amor” , reconheceu. E tem que ser…
Depois de deixar a competição, ele começou uma família. “Enquanto fazia este trabalho perigoso, não queria nenhuma responsabilidade. Então, na Espanha, conheci minha futura esposa María, o amor nasceu lá. No começo eu não queria ter filhos, felizmente ela me convenceu a mudar de ideia e agora temos dois filhos: Vittoria e Pier Giacomo”, explicou Agostini.
Precisamente, o nome de sua filha está relacionado a seus sucessos na competição. “Não conseguimos escolher um nome, pensamos em chamá-la de Violante. Mas então meu amigo Nico Cereghini me disse “Depois de todas as vitórias que você teve, esta é definitivamente outra Vittoria”. Concordei com ele e chamei-a de Vittoria”, recordou.
Com quinze títulos e mais de cem vitórias, Agostini reconheceu que ainda há algo que ele precisa fazer na vida. “Sabe uma coisa que seria bom? Esse tempo parou para mim, para esperar que Valentino Rossi chegasse aos 80 anos; e depois fazer uma corrida juntos. Eu com a MV Agusta, ele com a Yamaha. Traríamos 300.000 pessoas para a pista, pense como seria bonito”, concluiu.
Claro que ele fez aqui uma piada, como que se pudesse parar o tempo. Infelizmente ou não, ninguém pode. Me arrepiei aqui com essa..
Giacomo Agostini sempre se caracterizou por não ter muitos pelos na língua. Se ele tem que dar sua opinião, ele dá independente da repercussão que isso possa gerar. Isso ele também fez em entrevista ao site GPone, onde dá o seu ponto de vista sobre a evolução que tem vivido no Campeonato do Mundo até chegar a atual MotoGP. Ele também tem palavras para Marc Márquez, um daqueles pilotos que, como diz Agostini , “levantam você da cadeira”. No Corriere dello Sport fala sobre as várias lesões que o catalão sofreu nos últimos anos e reconhece que se Márquez tivesse corrido no seu tempo e tivesse caído como caiu “já teria morrido cinco vezes”.
Para Agostini, o MotoGP deve ser um show. No entanto, com as motos de hoje, ele diz que essa diversão é inexistente. “Não gosto dessas motos de MotoGP. Isso tiraria um pouco de poder, porque não é isso que faz o show e torna tudo mais perigoso. Sem mencionar que tira a alegria do piloto de manuseá-lo em vez de depender de ajudas eletrônicas. Com menos potência, os acidentes seriam menos perigosos e haveria mais espetáculo, a luta também é boa na Moto2 e na Moto3, independentemente da potência”, afirma o italiano em um podcast publicado pelo site GPOne.
Por outro lado, ele fala sobre Marc Márquez. Aquele que foi quinze vezes campeão mundial lamenta o sofrimento ininterrupto que a carreira do catalão vive neste momento. Claro, ele espera ver Marc novamente em plenitude física. “Ele é assim, dá sempre 100%, e espero que volte como antes. Márquez é um piloto que te levanta do banco e eu pessoalmente gosto dele. Ele e Quartararo são os dois pilotos que mesmo antes da largada de um Grande Prêmio, no grid, arranjam forma de me cumprimentar”, explica no Corriere dello Sport.
Certamente, numa daquelas saudações que Agostini recorda com carinho, foi quando disse a Márquez o seguinte: “com uma queda dessas, no meu tempo você teria morrido cinco vezes”. E é que Agostini lembra de toda a sua epopeia com muito carinho. Tanto que atualmente anseia por uma figura como a dele ou como a de Márquez. “Gostamos de muitos vencedores diferentes, mas queremos ver o protagonista fazendo coisas que os outros não podem. Cassius Clay (Muhammad Ali), Agostini, Eddie Merckx (ciclista belga), Maradona (futebolista argentino), Valentino Rossi, etc. Não acho que quem ganha muito vai acabar se cansando. Quem vence atrai o público e faz com que se apaixonem.”
No boletim de semana que vem, traremos outra matéria bem interessante sobre essa fera, aguarde. É simplesmente o maior vencedor da MotoGP de todos os tempos, uma vida ligada ao motociclismo que lhe permitiu tornar-se o piloto mais bem sucedido da história, com quinze títulos mundiais e 122 vitórias. Valentino Rossi tem 115 vitórias e 9 títulos.
E os brasileiros Diogo Moreira e Erica Granado?
Perdeu a moto3?
MotoE está de volta
E para fechar o boletim de hoje, classificação dos campeonatos:
Por hoje é isso amigos, e se você gostou, por favor, compartilhe nossos links com seus amigos apaixonados por motos e até a próxima.
FONTES:
*** HORÁRIOS ESPORTIVOS E PREVISÕES DE TRANSMISSÃO ***
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