Os testes do WorldSBK nos deram um primeiro vislumbre do que esperar para o próximo ano, enquanto havia muitos desenvolvimentos técnicos e engenheiros seniores presentes.
Com os testes recém realizados ficou claro a introdução de novas tecnologias.
Ducati: novo motor, novo escape e refinamento das asas
Começando com os atuais campeões mundiais, foi tudo sobre evolução e não revolução. A nova Panigale V4 R apresenta um motor atualizado com o que o CEO da Ducati, Claudio Domenicali, disse apresentar “engenharia sexy e de alta especificação” durante o lançamento do fabricante em Madonna di Campiglio. Eles também tinham novas asas; as novas asas de dois elementos (principal + flap) garantem a mesma carga aerodinâmica, mas são mais compactas e finas (respectivamente em 40% e 50%). O novo escapamento significa que o potencial total de potência da moto é de 240,5 e ambas as motos de fábrica tinham o novo escapamento e semelhantes (tanto em desempenho quanto em aparência).
A prioridade para ambos os pilotos era se acostumar com a nova moto, com Alvaro Bautista (Aruba.it Racing – Ducati) elogiando o novo motor como mais “linear e suave” e depois de repetir as motos antigas e novas em Jerez antes de focar apenas na moto de 2023 de Portimão em diante. No entanto, Bautista esperava melhorar as curvas, mas disse que “nada mudou”, mas em termos de estabilidade, outra área que esperava melhorar, que ganhou alguma coisa. Ele disse que o motor em 2022 “era muito forte e agressivo”, mas agora é um “passo à frente”. Para Rinaldi, tratava-se de se familiarizar com a nova moto, ao mesmo tempo em que trabalhava no motor e na estratégia. Também houve desenvolvimentos para Philipp Oettl (Team GoEleven), que estava testando um novo escapamento e também winglets no tanque de combustível.
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BMW: renova as asas, tampas das rodas, nova caixa de câmbio e fornecedor de freios
Outra nova moto para 2023 é a BMW M 1000 RR; uma das principais diferenças para eles em 2023 será o pacote aerodinâmico, que foi radicalizado. No entanto, em termos de aerodinâmica, todos os pilotos da BMW disseram que podiam sentir a diferença nas curvas, com van der Mark classificando-a como “muito forte e agradável”, mas que ele teve que se acostumar com isso. Um benefício será a velocidade máxima, mas isso não ficará claro em Jerez, enquanto em termos de aderência saindo das curvas e fazendo a moto virar, uma reclamação principal dos pilotos da BMW em 2022, um passo foi dado com este pacote. Ao virar a moto, van der Mark comentou: “Ajuda, especialmente quando você mergulha na curva”, enquanto o chefe da equipe Shaun Muir disse que “ao longo do ano, será um benefício para a equipe”.
Uma das outras mudanças importantes é que a BMW decidiu mudar dos freios Nissin para Brembo. Van der Mark trabalhou com a Nissin exclusivamente no primeiro dia para testar as duas marcas, enquanto ele disse que é “difícil dizer” se será um passo claro ainda, com mais sentimento necessário. Loris Baz (Bonovo Action BMW), no entanto, afirmou que será uma mudança positiva: “É algo que eu estava pressionando um pouco porque tivemos alguns problemas em algumas corridas no ano passado. Acho que podemos tirar isso da cabeça com a Brembo, então estou ansioso pelas corridas, especialmente em condições quentes.”
Havia também uma nova caixa de câmbio, que permitia mudanças mais rápidas com mudanças para cima e para baixo, facilitando a vida dos pilotos. Muir também comentou sobre isso, dizendo: “Foi testado por todos os pilotos da BMW no teste de dezembro em Jerez e também foi benéfico. É para se adequar aos ganhos de potência que tivemos nos últimos 12 meses. É otimizar; temos que selecionar nossas relações de marcha no início do ano para se adequar à temporada, então refinamos isso de onde estávamos em 2022. A mudança nas características, as características de troca rápida também foram modificadas e os pilotos são feliz com tudo isso.” Além disso, há um novo ponto de montagem do motor que foi confirmado no ano passado e Shaun Muir disse esperar benefícios de uma variação do braço oscilante do teste de dezembro para as rodadas europeias.
Kawasaki: motor atualizado, mudanças importantes na equipe, velocidade de saída de curva e itens de suspensão
A Kawasaki se concentrou em melhorar a aceleração nas curvas e em novas ideias em relação à eletrônica. Jonathan Rea (Kawasaki Racing Team WorldSBK) testou novamente alguns itens que Showa havia comprado em relação às suspensões, algo que o companheiro de equipe Alex Lowes também afirmou, com Lowes trabalhando em uma variação de um choque traseiro atualizado, sendo este o primeiro teste com a evolução mais recente. Rea afirmou que voltou a confirmar uma configuração de distância entre eixos em Jerez, pois é algo que influencia “muito” o ZX-10RR de pista para pista. Para o seis vezes campeão mundial, houve muitos testes consecutivos para confirmar que os itens e soluções que eles achavam melhores eram realmente melhores. Para Lowes também havia itens de chassis, bem como atualizações eletrônicas. Havia uma alavanca neutra também, para ajudar na prevenção de falsos neutros. Uma coisa digna de nota foi que ambos os pilotos afirmaram que preferem pneus mais duros para testar em vez dos compostos mais macios que a Pirelli trouxe para o teste, com as características do ZX-10RR significando que a borracha dura seria favorecida.
No entanto, um dos elementos de destaque para toda a equipe de fábrica da Kawasaki foi que havia novos funcionários na equipe. Christophe Lambert saiu da tripulação de Toprak Razgatlioglu (Pata Yamaha WorldSBK) e agora assume um papel mais central dentro do KRT no que diz respeito à eletrônica. Alex Lowes já havia trabalhado com ele antes e afirmou que ter uma relação de trabalho anterior com ele ajudou e está animado para as novas ideias que surgirem. Havia também um novo engenheiro eletrônico, Sander Donkers, com quem Rea trabalharia. Um dos pontos focais do teste foi entender a comunicação dentro da equipe, desde os pilotos até os novos membros, e desenvolver o ambiente de trabalho dentro da box.
Antes do ano novo, a Kawasaki também recebeu uma homologação atualizada, com o ZX-10 RR ostentando um motor atualizado. Oficialmente, o código do modelo é ZXT02T – ZX1002T e deve ajudar na aceleração saindo das curvas para levar a velocidade na reta. Não é uma revolução completa, mas a Kawasaki está ansiosa para reduzir sua diferença para a Ducati.
Yamaha: novo braço oscilante, links e eletrônica
Na Yamaha, houve um novo braço oscilante e ligação, com Toprak Razgatlioglu descendo para perto do recorde da volta no segundo dia em Jerez, tendo declarado no primeiro dia que tinha como meta um 1m37s. Então, em Portimão, ele foi um dos quatro pilotos abaixo do recorde de volta existente. Ele também estava trabalhando em uma variedade de coisas, como eletrônica, assim como Andrea Locatelli, que também tinha novos braços oscilantes. O foco principal da Yamaha era trabalhar a aderência traseira e a aceleração na saída da curva, a fim de carregar mais velocidade na reta e rivalizar com a potência da Ducati. Para outras equipes Yamaha, a GYTR GRT Yamaha WorldSBK Team estreou sua nova formação de Remy Gardner e Dominique Aegerter e a GMT94 Yamaha de Lorenzo Baldassarri, todos com as mesmas especificações Yamahas no início do ano.
Honda: grandes chefes do Japão, especificações do motor e braços oscilantes
Todos os olhos estavam voltados para a Honda, já que alguns dos maiores chefes da HRC estavam presentes nos testes de Jerez e Portimão. Juntamente com os engenheiros da HRC, Yuji Mori e Tomonori Araki, Masamune Ohigashi, engenheiro-chefe das operações de corrida da HRC, também estava de olho nos procedimentos. Variantes de especificação do motor, juntamente com braços oscilantes ligeiramente diferentes para experimentar. Eles também tinham novas pinças de freio Nissin para experimentar. Houve também um novo ponto de solda no chassi, algo que o chefe da equipe, Leon Camier, confirmou como sua super concessão, em torno do pivô do braço oscilante. Isso lhes dá mais opções com relação às configurações de geometria com braço oscilante e posicionamento do cabeçote. Havia também estratégias eletrônicas para obter mais aderência nas curvas. As configurações do motor visam mais torque e aceleração nas saídas de curvas.
FONTE:
*WSBK
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