O Mundial tem três categorias: a principal, o WorldSBK, a intermediária, o WorldSSP600 (também conhecida como Supersport) e a menor, a WorldSSP300.
WSSP300
A menor das categorias, a WSSP300, os motores podem ter um ou dois cilindros e a capacidade pode ser de até 399 cm3. O peso mínimo pode variar entre 133 e 137 kg dependendo do modelo. Nesta categoria, está prevista a soma do peso do piloto (equipado) ao da moto, que deve ficar entre 202 e 210 kg. Como nas classes maiores do Mundial de Superbike, as alterações autorizadas visam apenas as estritamente necessárias ao uso em competição e melhoria de performance, sem alteração de componentes originais, à exceção da carenagem (mantendo formato) e sistema de escapamento.
WorldSSP600
Na categoria WorldSSP600 os motores de 600 cm3 podem ter quatro cilindros, os de até 675 cm3 três cilindros, e os de 750 cm3 apenas dois cilindros. O peso mínimo vai de 161 a 169 kg, dependendo da marca da motocicleta. De modo geral, as motos desta categoria recebem preparação mínima, semelhante à da categoria principal quanto ao motor, com componentes originais previamente homologados. Quanto às suspensões, a regra na WSSP600 é mais restritiva, pois a balança de suspensão deve ser a original, diferentemente da categoria principal que permite desenho/dimensões diferentes. A ECU na WSSP600 é de tipo único para todas as motocicletas.
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WorldSBK
Na WorldSBK os motores de 1.000 cm3 devem ter três ou quatro cilindros, ou 1.200 cm3 se tiverem apenas dois cilindros. Só podem competir motocicletas de normal venda ao público, devidamente homologadas após comprovação de produção mínima, e que tenham um preço máximo de 40.000 Euro nas concessionárias da Europa, Ásia ou EUA. A retirada de componentes para uso em vias públicas como farol, piscas, cavalete assim como a substituição da carenagem por outra, de material mais leve/resistente, desde que respeite a forma original é permitida. O peso mínimo deve ser de 168 kg, qualquer que seja a cilindrada. A preparação de motor é restrita, exige uso de componentes originais previamente homologados. Partes como escapamento, suspensões, rodas e freios podem ser alteradas. A ECU (Electronic Control Unit) e todo seu sistema (painel, sensores, cabeamento…) deve estar à venda ao público, em no mínimo 50 unidades.
Como funciona o final de semana de corrida?
Os treinos livres de sexta-feira são dois para cada categoria, com duração de 45 minutos cada para a WorldSBK e WSSP600, e 30 minutos cada para a WSSP300. No sábado, a WorldSBK tem mais um treino livre de 30 minutos. Na sequência ocorre a “Superpole”, treino que define as posições de largada, que dura 15 minutos para a WorldSBK e 20 minutos para WSSP600 e WSSP300.
Ainda no sábado acontecem as primeiras corridas, cujo número de voltas é estabelecido de acordo com a extensão da pista, tendo como limite máximo/mínimo a distância de 110 km/85 km (WorldSBK), 110 km/70 km (WSSP600) e 70 km/40 km (WSSP300).
No domingo, todas as categorias tem seus respectivos Warm Up com duração de 15 minutos. Em seguida, acontece a Superpole Race, exclusiva da WorldSBK, que independentemente da extensão da pista terá sempre dez voltas de duração, e cuja classificação dos nove primeiros colocados será a posição de largada para a segunda e última corrida do dia da categoria principal. As categorias WSSP600 e WSSP300 seguem tendo suas segundas corridas iguais em extensão e a ordem de largada respeita a classificação do treino do dia anterior.
Idade mínima/máxima
A idade mínima para participação na WorldSBK e WSSP600 é de 18 anos, enquanto que para a WSSP300 é de 16 anos, com idade máxima de 28 anos. Na categoria principal e intermediária, a idade máxima é de 50 anos de idade.
Pontuação Superbike
Em todas as três categorias o vencedor recebe 25 pontos, o segundo colocado 20 pontos, o terceiro 16, o quarto 13 e o quinto 11. Na sequência a pontuação decresce em um ponto até o 15º colocado. Na Superpole Race, uma exclusividade da categoria WorldSBK, o vencedor marca 12 pontos, o segundo 9, o terceiro 7 e daí por diante há decréscimo de um ponto até o 9º colocado.
Curiosidades Superbike
- A pressão dos pneus mínima, para todas as categorias é a mesma: 1,65 Bar (24 psi).
- A comissão técnica da FIM – Federação Internacional de Motociclismo, estabelece um limite máximo de rotação dos motores de cada marca de motocicletas, visando obter equilíbrio de performance. Na WorldSBK a maior rotação admitida é de 16.100 rpm, a menor de 12.400 rpm. A Honda CB 1000RR-R Fireblade SP tem sua rotação limitada a incríveis 15.600 rpm.
- Há restrições de custo para componentes. Os comandos de válvulas das WorldSBK devem, por exemplo, custar entre 650 e 1.000 Euros, um cáliper de freio 2.200 Euros, por uma balança de suspensão o limite a ser pago é de 10.000 Euros e 12.000 Euros é o máximo admitido por uma suspensão dianteira completa.
- No WorldSBK o número de pneus por final de semana é limitado a 21 (10 dianteiros, 11 traseiros) por piloto, com pelo menos dois tipos diferentes de composto.
- Se o limite de velocidade no Pit Lane (60 km/h) for superado, o piloto deve pagar multa de 200 Euros. O valor dobra a cada vez que tal infração for cometida.
- As motocicletas devem respeitar limite de ruídos, de 115 dB/A para as WorldSBK (a 5.500 rpm) e 107 dB/A para a WSSP600 (7.000 rpm) e WSSP300 (5.500 rpm).
Um pouco da história do campeonato
Em 1988 foi realizado o primeiro Mundial de Superbike. Era um momento no qual as superesportivas ganhavam cada vez mais popularidade, e praticamente todas as marcas de motocicletas do planeta tinham uma “fera” carenada em seu catálogo. A sacada dos criadores deste campeonato foi a fórmula de seu regulamento: motos de série com pontuais adequações para uso em pista. Nesta fase pioneira as motocicletas admitidas deveriam ter motores de quatro cilindros, 750 cm3 e pesar 165 kg a seco, ou então ter dois cilindros, 1.000 cm3, e 140 kg. Tal regulamento agradou tanto as fábricas japonesas quanto as europeias, e a galera adorou: ver a moto que você ou seu vizinho tem na garagem vencendo corridas atraiu vendas e público para as arquibancadas. Nos dois primeiros anos do WSBK a moto campeã foi a incrível Honda RC30 dotada de motor V4, nome-código da Honda VFR 750R, sempre tendo como piloto o norte-americano Fred Merkel.
Nos anos sucessivos ao domínio da Honda RC30 houve uma alternância de poder entre as tetracilíndricas de 750 cm3 e as bicilíndricas de 1000 cm3. Pilotos como britânico Carl Fogarty, os australianos Troy Corser e Troy Bayliss, o italiano Max Biaggi e o irlandês Jonathan Rea (este último o recordista de títulos da categoria, com seis consecutivos) foram os principais nomes a disputar e vencer com as motos da categoria Superbike.
FONTE:
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