Depois de um longo intervalo, o MM93 está de volta as vitórias
Veja em vídeo:
Corrida histórica: o MM93 está de volta. Depois de muitos dias, depois de sua lesão, depois das dificuldades, depois das adaptações, Marc Marquez volta a vencer, e com bastante margem: 4.7 segundos de vantagem para o segundo colocado: Jorge Martin. E ele esteve perfeito para isso acontecer desde sexta feira. Martin que foi beneficiado pelo toque ocorrido entre Pecco Bagnaia e Alex Marquez enquanto brigavam pela terceira posição, gerando a queda dos dois. O incidente ficou sob investigação, porém não haverá punição. Pedro Acosta, com isso, herdou um importante pódio.
Agora fica a dúvida sobre essa vitória do MM93: a pista estava muito diferente, fora da linha de corrida não dava para pilotar com desempenho, muitos pilotos falaram isso e a Michelin proibiu o pneu maicio por questão de segurança. E Marc Marquez foi quem, na MotoGP, logo achou os caminhos. Teorias da cospiração já surgiram, de que Marc teria sido beneficiado de alguma forma pela Ducati, o que nós aqui do canal não acreditamos. E a dúvida é: como serão as próximas etapas? Marc continuará dominando? Acreditamos que não mas isso saberemos só a partir de Misano, no próximo final de semana.
FALA DOS PILOTOS:
Marc Marquez: falou que foi difícil, pois tinha que manter o foco pilotando sozinho, disse que tinha uma reserva caso precisasse, agradeceu a todos pelo resultado espetacular.
Jorge Martin: disse que foi uma largada difícil, corrida difícil, largou patinando, teve dificuldades de aderência, quando passou Acosta quase caiu. Disse que a corrida foi longa. Parabenizou Marc pela vitória.
Pedro Acosta: disse que o pódio foi complicado para ele, mas ele precisava de uma boa atuação e conseguiu em frente a sua torcida. É um novato no pódio.
ATUALIZAÇÕES:
Sobre o Acidente Pecc x Alex: E quem foi o responsável pelo fracasso devastador de Bagnaia? Ambos os pilotos tiveram que ir a uma audiência separada com a direção da corrida. Após extensa análise do acidente, para surpresa de muitos, não houve penalidade para Alex Márquez. Do ponto de vista dos espectadores, foi o espanhol quem bateu no italiano na diagonal e o minou. Mas o acusado negou que é o culpado: “O fato é que fiquei um pouco longe demais na curva 12 e por isso estava numa linha ligeiramente diferente na abordagem à curva 13. Mas o fato é que não vi o Pecco, mas apenas quando nos tocamos e era tarde demais para evitar a queda. Claro que sinto muito, por nós dois. É uma pena que nenhum de nós tenha conseguido terminar a corrida. Mas ainda assim, acho que não fiz nada de errado. Eu também não pilotei agressivamente ou longe da linha. Se eu já tivesse saído da pista, teria sido diferente. Nesse caso eu teria que verificar se alguém estava saindo de…, mas então – não. Pecco já havia decidido iniciar a curva por fora e passar por mim, mas não consegui vê-lo lá. E ele falou mais: A propósito, eu não sabia que era Pecco Eu não tinha nenhuma informação da minha equipe sobre quem estava atrás de mim. Só estou dizendo isso porque algumas pessoas podem pensar que meu comportamento está influenciando a luta pela Copa do Mundo. Poderia ter sido qualquer um, mas foi Pecco que não vi.“
Já o campeão de 2022 e 2023, Pecco Bagnaia, que sente dores no pescoço após o acidente, atacou Alex, acredita que seu rival foi o culpado e que já tinha a posição garantida antes mesmo de mudar de rumo: “Não estou me sentindo muito bem, honestamente. Meu pescoço está doendo muito, então não é muito bom. Mas tivemos sorte de não ter nada sério considerando o acidente. Eu sei que já estava completamente na frente antes de mudarmos de direção. O que está me deixando mais irritado é olhar os dados, porque assim que eu estava entrando na curva 10, eu estava na frente, deixando espaço porque eu sabia que ele estava lá, mas eu estava com muito mais velocidade, então eu não precisava fechar a linha para estar na frente.” Aumentando suas críticas, Bagnaia chegou a argumentar que Márquez fez algo perigoso e não tentou evitar o contato: “Assim que entrei na curva 10, ouvi o motor dele e o acelerador abrindo o gás. Isto é mau. E o que é ainda pior é olhar para o fato de que ele manteve entre 40% a 60% do acelerador até cair. É muito perigoso ter alguém que faça coisas assim, porque normalmente você tenta evitar contatos; você não quer ter contato com ninguém, e a partir dos dados, do que aconteceu, alguém não tem a mesma ideia“.
O Relatório de Atividades do Painel de Comissários assim ficou:
“O incidente entre Bagnia #1 e Marquez #73 na volta 18 na curva 13 foi colocado sob investigação e revisado após a corrida. Os comissários da FIM MotoGP* entrevistaram os dois pilotos e ouviram a explicação do incidente do ponto de vista de ambos os pilotos. Durante a audiência, ambos os pilotos explicaram que os níveis de aderência fora da linha de corrida eram difíceis e, na opinião do stewards’, foram um fator que contribuiu para as opções do riders’ para evitar contato. A conclusão dos Comissários de MotoGP da FIM, depois de levar todos os pontos em consideração, e sem qualquer fator probatório conclusivo, é que nenhum dos pilotos foi responsável pelo incidente.“
Duas vezes o segundo lugar em Aragão é suficiente para Jorge Martín assumir a liderança do Campeonato do Mundo. Ele encara com calma: “O Campeonato do Mundo não é tão importante neste momento. Claro, é bom estar lá. Mas é mais importante que sejamos sempre fortes. Estivemos mais perto da última vez, mas aqui estávamos longe de vencer. Parabéns ao Marc. Não é fácil voltar depois de tanto tempo. Ele definitivamente merece isso, ele é um grande campeão.” Sobre sua possibilidade de vitória: “Dei o meu máximo. Ele estava com 100 por cento, então foi difícil vencê-lo. Não me senti bem o fim de semana todo. Fizemos algumas alterações na moto. Mas obtive o melhor resultado possível. Nestas condições com a pista suja não foi fácil. Fico feliz por ter conseguido manter minha concentração até o final. Hoje no lançamento eu fiz muito giro, parecido com o Pecco no ano passado, depois fiquei com medo porque tive que pensar no Qatar no ano passado e achei que meu pneu traseiro não estava funcionando corretamente. Tentei inventar posições, mas foi difícil. Vi que o Marc está tão à frente. Tentei manter a distância para poder acabar com uma chance, mas sem chance. Quando Pecco caiu, olhei para o pit wall e vi que havia mais seis ou sete voltas. Eu queria muito terminar a corrida e tentei com o mínimo de risco possível. Foi a corrida mais difícil de todas.” Sobre a próxima etapa: “Já ganhei em Misano, mas pode ser difícil com os fortes pilotos italianos. Acho que podemos lutar pela vitória, mas será difícil.”
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