O múltiplo campeão mundial de MotoGP concedeu uma entrevista bem interessante, onde respondeu tudo que foi perguntado com aparente bastante sinceridade
Veja em vídeo:
Em recente entrevista, Marc Marquez respondeu várias perguntas, aparentando muita sinceridade. Acompanhe aqui algumas delas. Vou deixar o link com a entrevista completa na descrição do vídeo.
Quando questionado sobre seu relacionamento na pista com seu irmão Alex, disse que está feliz pelo irmão, pois quando um está na frente e o outro mais para traz no grid é diferente. Porém agora, quando ambos estão disputando vitórias, e talvez até o título é diferente. Diz que sempre leu e ouviu que Alex está na MotoGP por causa do Marc, mas afirmou que ele merece, afinal é um bi-campeão mundial, diz Marc. Disse que Alex tem talento e precisa de tempo, quando achar o momento perfeito vai vencer corridas. Talvez já será a proxima em Jerez, ele diz. Disse que é bom ambos estarem na Ducati, assim podem conversar sobre os pequenos detalhes, porém na pista, cada um vai dar 100%. Quando perguntado sobre o que seus pais dizem sobre as corridas, disse unicamente que a mãe fala para terem cuidado nas ultrapassagens, pois seus pais sabem como funcionam todo o resto nas corridas.
Quando perguntado se teve alguma surpresa com relação ao comportamento de Peco Bagnaia, disse que não. Que teve vários companheiros de equipe e sempre teve boa relação com eles. Disse que agora é diferente de quando tinha, por exemplo 20 anos de idade. Agora precisa simplesmente fazer seu trabalho pelo bem da equipe, porque é assim que tem que ser. A pergunta aqui foi com relação ao temperamento do Peco Bagnaia.
Marc também explicou o motivo de nunca aparecer com super carros, disse que simplesmente não os tem. Disse que já teve um Porshe Turbo, e que o motivo de comrpa-lo foi uma aposta dentro da equipe Honda, quando disseram que ele nunca faz aquisições desse tipo e ele disse então que apostaria, se voltasse a vencer após as lesões, então compraria um Porshe. E assim o fez, quando veio sua primeira vitória. Disse que ficou com o carro por um ano e pouco e depois vendeu e comprou um Audi, porque precisava de um carro. Mas não quer supercarros nesse momento, mas disse que talvez terá dali a cinco anos. Disse que gosta do Audi por ser versátil. Quando perguntado se gostaria de correr com carros quando se aposentar na MotoGP, disse que não tem essa vontade. Pelo menos não tem essa vontade no momento. Nota-se que Marc é focado mesmo na MotoGP. Mas deixou isso aberto, dizendo simplesmente que nesse momento essa vontade não existe.
Sobre realizações na vida que ainda não fez, na área profissional, disse que não há nada, disse que está tudo feito. Disse que os títulos não importam, se for se aposentar com os atuais títulos ou com mais será a mesma coisa. Essa questão Marc sempre insiste em falar dessa forma, já abordamos aqui no canal em outras matérias. Você acha que é assim mesmo ou Marc faz um teatro nesse sentido? Deixa ai o seu comentário. Na vida pessoal disse que pretende se casar, ter um filho e tirar tempo para isso no momento certo. Ele evita falar a questão dos título pela polêmica com Valentino Rossi, obviamente.
Quando perguntado se ele tem algum grande sonho, disse que não. Quando questionado onde se vê daqui três anos, respondeu que se vê no mesmo lugar, ainda correndo na MotoGP. Ótima notícia a seus fãs, já que existe a questão de que será que ele vai permanecer na MotoGP depois que os regulamentos mudarem para os motores de menor cilindrada? Ao que tudo indica, ele respondeu que sim.
Outra pergunta interessante foi sobre comparar uma volta de qualificação entre a Honda e a Ducati no feeling de ambas. Disse que na Honda é tudo ou nada, entrar na curva e sair do jeito que você puder. Disse que é o contrário entre as duas marcas. Na Honda se você for forte na entrada de curva, será rápido, apesar de ter que dar um jeito de sair da curva bem. Já na Ducati, disse que se você for cuidadoso na primeira parte da curva, será rápido depois na saída. Disse que o segredo da Ducati é gerenciar a entrada de curva e sair forte depois, e assim será rápido.
Quando perguntado sobre, se pudesse, o que diria a ele mais jovem, a resposta foi: prepare-se. Pois naquele momento tudo era um sonho. Iria pedir para corrigir os erros, dar aquela lapidada, pois o resto vai no instinto. Questionado sobre qual momento mudaria na sua vida, disse que foi o retorno antecipado. Aquela sexta-feira em que ele retornou da lesão, e acabou, na sequência, causando as demais lesões. Mas Mac assumiu toda a culpa, pois a decisão sempre foi sua, a decisão final, independente do que os outros diziam. Disse que o braço de hoje está bom, funcionando, mas que não é o mesmo de cinco anos atrás. Disse que é diferente, mas mesmo assim consegue ser competitivo. Disse que precisa trabalhar mais, se esforçar mais, até mudar o estilo de pilotagem, mas no final, funciona.
Quando perguntado como lidou para deixar para trás tantas coisas para poder ir para a Ducati, principalmente a própria Honda e seus principais patrocinadores, disse que a decisão foi difícil, e teve que ter muita responsabilidade. Disse que dinheiro é importante, que mesmo já tendo dinheiro suficiente, afirmou que se oferecerem mais, como todo mundo, também aceitará mais, pois todas as pessoas fariam isso. Mas mesmo assim, o mais difícil, Marc disse, foi o relacionamento. Disse que a lealdade a aqueles que fizeram sua carreira foi o mais importante. Disse que conversou com todos, Honda, RedBull e Repsol e foi aconselhado. E não falaram sobre moto, falaram sobre a vida, pois são amigos. Disse que essa decisão foi sobre sua carreira, precisava pensar nos seus próximos quinze, vinte anos. Disse que gostaria de ter ficado com as mesmas pessoas, mas preferiu estar onde seria melhor para a própria carreira. Disse que precisou tomar a decisão para desfrutar a carreira, ou seria o fim dela. Aqui ele demonstrou bem a amizade que ele tinha, ou tem, com quem participou de sua carreira.
FONTE e IMAGEM: Motorsportcom
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