Um homem de 36 anos, na Itália, testou positivo para Monkeypox, COVID-19 e HIV ao mesmo tempo no primeiro caso conhecido.
De acordo com um relatório publicado no Journal of Infection, o paciente, cujo nome não foi divulgado, desenvolveu febre, dor de garganta, fadiga, dor de cabeça e inflamação na região da virilha cerca de nove dias após retornar de uma viagem de cinco dias para Espanha. O homem testou positivo para coronavírus três dias após o aparecimento dos sintomas.
Ele também desenvolveu erupções cutâneas graves no rosto e outras partes do corpo, seguidas pela formação de pústulas. Dada a gravidade do quadro, o homem procurou então o pronto-socorro de um hospital, onde foi posteriormente encaminhado à unidade de infectologia para internação.
Segundo a Newsweek, o exame físico do homem revelou manchas e lesões de pele em várias partes do corpo, inclusive na região perianal (que circunda o ânus). Um aumento modesto do fígado e do baço e aumento doloroso dos gânglios linfáticos também foram observados.
Seu relatório de teste confirmou a presença de infecção por Monkeypox. Ele também testou positivo para HIV. Além disso, o sequenciamento do genoma do SARS-CoV-2 confirmou que ele também estava infectado com a subvariante BA.5.1 da Omicron. De acordo com o jornal, o homem foi vacinado contra o coronavírus com duas doses da vacina mRNA da Pfizer.
Seu caso foi publicado no Journal of Infection em 19 de agosto. O homem recebeu alta do hospital depois de quase uma semana. Ele se recuperou do COVID-19 e Monkeypox, embora uma pequena cicatriz tenha permanecido. O tratamento para sua infecção pelo HIV foi iniciado.
“Este caso destaca como os sintomas de Monkeypox e COVID-19 podem se sobrepor e corrobora como em caso de co-infecção, a coleta anamnésica e os hábitos sexuais são cruciais para realizar o diagnóstico correto”, disseram os pesquisadores em seu relato de caso. “Para observar, o swab orofaríngeo Monkeypox ainda foi positivo após 20 dias, sugerindo que esses indivíduos ainda podem ser contagiosos por vários dias após a remissão clínica. Consequentemente, os médicos devem incentivar as precauções apropriadas”, acrescentou.
*Ndtv