Tremor foi sentido e relatado em diferentes pontos da cidade no fim da tarde de quinta-feira
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O Centro de Sismologia da USP confirmou o que muitas pessoas perceberam e relataram na tarde de quinta-feira (27) em Pelotas, no Rio Grande do Sul. O município registrou um abalo sísmico de 2,5 graus na escala Richter.
Para aqui explicar essa escala a quem talvez não compreenda, a escala Richter é uma ferramenta matemática desenvolvida pelos sismólogos Charles Richter e Beno Gutenberg para medir a magnitude dos terremotos com base nas ondas sísmicas por ele geradas. Criada em 1935, essa importante escala não tem um valor mínimo ou máximo, mas convencionou-se graduá-la de 1 a 10, sendo 10 correspondente aos terremotos de maior magnitude. Até hoje, entretanto, o terremoto mais forte já registrado marcou 9.5 na escala Richer, o tremor de 1960 no Chile.
2,5 então marcou nestre tremos em Pelotas.
A Defesa Civil municipal informou que foram iniciados imediatamente os levantamentos a respeito dos dados reportados, sendo que não foram identificados quaisquer danos não houve nenhuma ocorrência, demanda, incidente ou prejuízo em decorrência do tremor, enquanto a Defesa Civil regional segue acompanhando o fenômeno e buscando informações técnicas junto a profissionais da UFPel.
O horário do tremor, segundo a professora Tamara Beskow, foi às 20h40 UTC, horário que corresponde às 17h40 em Pelotas. A diferença no horário de registro pela USP e o horário do fato ocorre em razão de que há diferença por ocasião de tempo coordenado global em aproximadamente 3h, coincidindo com o horário da percepção do fenômeno em Pelotas.
Conforme o coordenador do curso de Engenharia Geológica da Universidade Federal de Pelotas, Felipe Leitzke, esse tipo de abalo ocorre em nível de crosta e é bastante normal no Brasil. “Nessa magnitude, inferior a três graus, é muito comum. Isso se dá em virtude da pressão provocada pela movimentação de rochas nas fraturas ou falhas em até dez quilômetros de profundidade na crosta, não havendo motivos para preocupação“, explicou.
Conforme Leitzke, o tremor foi registrado pelo sismógrafo localizado em Pedras Altas, outro município do RS. Quanto à possibilidade de a causa ter origem em algum tipo de explosão, como no caso de pedreiras no interior de Pelotas, o especialista acredita ser pouco provável, diante da distância que se encontra o equipamento que capta tais vibrações.
IMAGEM: A Defesa Civil do RS, por meio da Regional 4, que atende a região sul do Estado
Um dos moradores do município que sentiu o fenômeno foi o estudante Luan da Fonseca Gonçalves. Ele estava em casa, estudando, quando escutou um barulho alto e sentiu um pequeno tremor. Luan pensou se tratar de um acidente que havia ocorrido em um prédio vizinho momentos antes, mas, ao verificar, constatou que não era: “Eu até achei que estava ficando meio louco e que talvez fosse uma batida de carro, alguma coisa, e segui a vida. E aí descobri hoje, vi um post aí“, revela o estudante.
Que bom, que é um tremor de baixa intensidade.
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