A Mercedes se tornou a penúltima equipe de F1 a lançar sua temporada de 2023 ao tirar as capas do W14, ostentando uma pintura totalmente preta, em uma apresentação especial ao vivo de Silverstone na manhã de quarta-feira, log após a Ferrari, que apresentou na terça. E com o carro, claro, a equipe espera voltar aos títulos e glórias, após uma temporada montanha-russa em 2022.
A cor preta já foi usada em 2020 e 2021, em um apoio a Lewis Hamilton e suas causas humanitárias. E o motivo do retorno, segundo o chefe Toto Wolf é, por incrível que pareça, pode ser a questão de peso:
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“Estávamos acima do peso no ano passado. Este ano, tentamos descobrir onde podemos espremer cada grama. Então, agora, a história se repete. Você verá que o carro tem alguns pedaços de carbono bruto, juntamente com alguns que são pintados de preto fosco.” E com relação a cor, Toto disse que não há nenhum problema, pois, segundo ele, o preto já está no DNA da equipe.
A questão do peso remonta a história. Parte do mito das lendárias Flechas de Prata do período pré-guerra é que elas rasparam a pintura de seus próprios carros de corrida para economizar peso. Isso deu aos carros de Grande Prêmio da Mercedes sua aparência prateada típica. “Isso é uma reminiscência da origem das Flechas de Prata; naquela época, a Mercedes tinha um carro branco que era muito pesado, então eles removeram a pintura e levaram à vitória com o alumínio prateado. Adotamos uma abordagem semelhante”, explica Wolff. O mito das Flechas de Prata foi revivido nos anos 50; em 1954 e 1955 dominaram junto com Juan Manuel Fangio e se tornaram campeões mundiais.
“Em termos de design, estamos comprometidos em pintar o carro em carbono fosco para economizar peso. E a história se repete. Só que neste caso é carbono moderno, não alumínio, e é preto. Também sabemos por que tivemos um carro preto há dois anos. Simplesmente aconteceu, e é maravilhoso”, entusiasma-se Wolff no lançamento.
Vamos ver o carro:
Devido à falta de pintura prateada, a Mercedes pode economizar peso no W14, especialmente no chassi. No ano anterior, o peso mínimo era de 798 kg, mas muitos carros da nova geração lutavam contra o excesso de peso. Uma redução do limite para 796 quilos foi inicialmente considerada, mas foi rejeitada novamente.
Além disso, a Mercedes vem trabalhando em muitas áreas de seu carro de Fórmula 1, incluindo a geometria da suspensão dianteira, ajustes no sistema de arrefecimento e aerodinâmica refinada. De acordo com o diretor de tecnologia, Mike Elliott, isso também era necessário.
“Fizemos todas as coisas que queríamos fazer com o W13 no ano passado, mas não pudemos fazer por causa de restrições de recursos ou porque tivemos que nos concentrar em outros problemas.” Em 2022, a Mercedes lutou com o “boto” mais do que qualquer outra equipe. No entanto, o conceito de pod zero não foi abandonado.
FONTE:
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1 thought on “AUTOMOBILISMO NEWS – F1: Mercedes volta ao preto com novo W14”