Empresa brasileira Theia investe R$ 30 milhões para popularizar o parto humanizado

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Criada há pouco mais de dois anos, a startup brasileira de tecnologia em saúde Theia levantou uma rodada inicial de R$ 30 milhões, liderada pela 8VC e seguida pela Canaan – duas empresas de capital de risco americanas especializadas no segmento de saúde – e Kaszek, o mesma fundo que liderou a rodada inicial de arrecadação de R$ 7 milhões da startup em 2019, ao lado da Maya Capital, na época a maior já captada por uma empresa fundada por uma mulher na América Latina.

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Em entrevista ao LABS, as fundadoras Flavia Deutsch Gotfryd (CEO) e Paula Crespi (COO) disseram que vão utilizar o novo financiamento não só para desenvolver novas funcionalidades e serviços, mas também para fechar parcerias com planos de saúde — este último passo é fundamental para tornar as soluções virtuais e presenciais da Theia acessíveis para mais mulheres no Brasil .

Desde janeiro do ano passado, mais de 1.000 mulheres foram atendidas pela startup, com NPS acima de 90. Os serviços de acompanhamento virtual e presencial da Theia vão desde o momento em que as mulheres decidem ser mães até o pós-parto e o primeiros cuidados do bebê.

As mulheres atendidas até agora pela Theia pagavam do próprio bolso todos os serviços da startup. No entanto, disponibilizar a Theia por meio de planos de saúde é o próximo grande passo para ampliar o público-alvo da startup. “Entendemos que devemos ter escala, relevância; o primeiro passo é a nossa integração com os planos de saúde (…) Já temos conversas avançadas com vários planos aqui em São Paulo, mas ainda não podemos divulgar quais”, explicou Deutsch, que está na terceira gravidez.

Sem revelar números exatos, Deutsch disse que Theia viu seu faturamento crescer cinco vezes ao longo de 2021, ano em que a startup trabalhou para consolidar seu modelo de negócios, com o lançamento de um aplicativo com toda a jornada do paciente e a inauguração, no início deste ano, da primeira clínica da Theia em São Paulo.

Por meio do site e aplicativo da Theia, as mulheres recebem recomendações sobre o que têm ou podem fazer em cada período de gravidez. Elas também podem agendar consultas presenciais com profissionais parceiros, realizar consultas online e ter seus dados de saúde sempre à mão.

Apesar de serem protagonistas no processo, as mães assistidas por Theia não estão sozinhas nele. “Acho que uma das coisas que me chamou a atenção agora na minha segunda gravidez é que realmente nos sentimos apoiadas pela Theia. Comparada à minha primeira gravidez, quando tive que criar essa rede de apoio profissional sozinha, me preocupando com cada recomendação contraditória que recebi, isso foi um alívio. Claro que queremos poder decidir o que fazer, mas também não queremos, o tempo todo, sermos responsáveis ​​por tudo. Em certas etapas, cheguei a questionar se a ação sugerida pelo app era algo que eu precisava. Mas quando chegou a hora, percebi que sim, era algo importante”, diz Crespi, que está grávida de oito meses do segundo filho.

Interessante, como em qualquer área, você receber auxílio de quem tem experiência no assunto certamente ajuda muito, principalmente nesses casos extremamente sensíveis, como é a gravidez. Agora, a nova rodada de investimentos da Theia mostra que mesmo investidores locais e globais já perceberam que essa não é apenas uma boa ideia, mas pode ser lucrativa, apesar dos desafios.

“Atualmente, 70% das mulheres iniciam a gravidez querendo um parto normal; porém, no sistema privado, apenas 15% são bem-sucedidos. Existem inúmeras razões para isso, mas a falta de um sistema realmente centrado nessa mulher está no centro de tudo”, destaca Crespi.

Ao contrário de outras empresas de tecnologia da saúde, a Theia não é uma startup de “software puro”. A parte do atendimento presencial é complexa de implementar quando se quer mudar a forma como o sistema de saúde trata a maternidade em um país como o Brasil. 

Segundo dados da OMS , os partos cesáreos continuam crescendo em todo o mundo, respondendo por mais de um em cada cinco (21%) partos. Dados de 2018, os mais recentes disponíveis na organização, indicam que o Brasil tem a maior taxa de cesarianas (56%) do mundo, ao lado da República Dominicana. A última pesquisa do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) no Brasil mostra que a taxa caiu um pouco no setor privado, de 84,5% em 2013 para 82,7% em 2020, mas o desafio permanece.

*Labsnews

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