Ainda não acessa diariamente nossos boletins? Pois hoje você vai virar fã: nosso oitavo boletim da história do canal traz a resposta para a pergunta: a Ducati 2021 é mesmo melhor que a 2022? Também vamos falar dos novos pneus do Mundial Superbike, do Pol Espargaró que teve problemas em Austim que você provavelmente não sabia, sobre o Eric Granado começando muito bem e muito mais
Teste MotoE: Granado é o mais rápido na simulação de qualificação
Perdeu o Boletim de ontem? Veja aqui:
As honras do primeiro dia no segundo Teste Oficial da Taça do Mundo FIM Enel MotoE™ foram para Eric Granado (LCR E-Team) quando os pilotos da classe elétrica completaram uma simulação de qualificação no formato Q1-Q2 no Circuito de Jerez-Angel Nieto.
Foi um dia seco mas ventoso na Andaluzia quando o pelotão de MotoE™ começou o seu teste final antes do início da temporada no Grande Prêmio de Espanha e devido à chuva que apareceu na previsão de quarta-feira, a simulação de Q1-Q2 foi antecipada para segunda-feira.
Na primeira sessão de testes, Granado foi o piloto a bater com 1m49,765s, antes de os tempos mais rápidos serem reduzidos na segunda sessão de treinos. Matteo Ferrari (Felo Gresini MotoE™) foi o líder depois de marcar 1:49,153s, antes das simulações de qualificação começarem no final do dia.
A simulação do Q2 foi liderada por Granado com 1:49.020, o tempo mais rápido do dia, com Ferrari e Hikari Okubo (Avant Ajo MotoE™) completando os três primeiros no Q2, dois décimos abaixo do esforço de Granado. Miquel Pons (LCR E-Team) ficou a alguns décimos de seu companheiro de equipe no P4, enquanto o retorno de Hector Garzo (Tech3 E-Racing) completou os cinco primeiros, já que o três vezes pódio da MotoE ™ terminou a três décimos de melhor lugar.
Os pilotos voltaram à pista hoje para o penúltimo dia de testes de pré-temporada, onde os vimos participar em mais três sessões separadas. Na sequencia trago também as informações de hoje.
Top 10 da simulação Q2:
1. Eric Granado (LCR E-Team) – 1:49.020
2. Matteo Ferrari (Felo Gresini MotoE™) + 0,270
3. Hikari Okubo (Avant Ajo MotoE™) + 0,276
4. Miquel Pons (LCR E -Team) + 0,298
5. Hector Garzo (Tech3 E-Racing) + 0,363
6. Xavier Cardelus (Avintia Esponsorama Racing) + 0,521
7. Jordi Torres (Pons Racing 40) + 0,544
8. Marc Alcoba (Openbank Aspar Team) + 0,564
9. Xavi Fores (Octo Pramac MotoE™) + 0,987
10. Bradley Smith (Com U GRT RNF MotoE™ Team) + 1,463
Teste MotoE: Smith é o mais rápido com a chuva atrapalhando o Dia 2
Bradley Smith (WithU GRT RNF MotoE™ Team) liderou as tabelas de tempos do Dia 2 no Teste Oficial de Jerez da Taça do Mundo FIM Enel MotoE™, uma vez que a chuva atrapalhou fortemente os trabalhos de terça-feira.
Havia pouca ação na pista nas condições complicadas, já que Smith e o estreante da MotoE™ Alex Escrig (Tech3 E-Racing) foram os únicos dois pilotos a se aventurar na primeira sessão. Kevin Zannoni (Ongetta SIC58 Squadra Corse) e Mattia Casadei (Pons Racing 40) juntaram-se a Smith na segunda sessão, antes de Hikari Okubo (Avant Ajo MotoE™), Marc Alcoba (Openbank Aspar Team), Alessio Finello (Felo Gresini MotoE™) ), Jordi Torres (Pons Racing 40) e Maria Herrera (Openbank Aspar Team) juntam-se à briga na sessão final.
No final do penúltimo dia de testes, o tempo molhado de Smith 1m58.080 – definido na segunda sessão – foi a volta mais rápida, já que os pilotos e as equipes esperam que a chuva desapareça antes do último dia de pré-temporada na quarta-feira. Smith liderou a sessão final com 1:58.714, três décimos mais rápido que o esforço de Casadei.
Enea Bastianini espera lutar pelo título
A estrela da Gresini Ducati certamente espera lutar pelo título, tendo retornado ao topo da classificação ao se tornar o primeiro vencedor repetido de uma temporada imprevisível de 2022 em Austin no domingo.
Perdeu a corrida? Nos transmitimos aqui no canal, veja aqui:
“São apenas as primeiras quatro corridas, o campeonato é longo, mas temos um potencial muito bom. A equipe trabalha bem e acho que podemos lutar pelo campeonato”, disse Bastianini.
Bastianini fez uma corrida tática, poupando força e pneus atrás dos pilotos da GP22 Jack Miller e Jorge Martin antes de ser levado à ofensiva por Alex Rins .
“Foi uma batalha muito dura, a primeira parte da corrida foi fundamental para não gastar muita energia”, disse Bastianini. “Partir da segunda fila facilitou as coisas, mas quando o Alex tentou ultrapassar-me muitas vezes pensei: ‘ok, agora é hora de empurrar’. “Passei Jorge e depois Jack e ganhei. Fantástico.”
Bastianini tinha colocado a sua GP21 na liderança a quatro voltas do final, depois diminuiu para vencer por 2,0s de Rins, com Miller completando o pódio em terceiro.
O jovem italiano regressa agora à Europa com uma vantagem de cinco pontos sobre Rins da Suzuki no campeonato de pilotos, tendo vencido a primeira (Qatar) e agora a última das rondas de abertura.
“As duas vitórias são importantes para mim porque são 25 pontos”, disse Bastianini. “A primeira é a mais especial porque a dediquei ao Fausto e também foi a primeira corrida da equipe [com a Ducati].”
Bastianini faz a diferença, não a moto
Na frente de todos no Campeonato Mundial de pilotos há uma Ducati, mas não é uma GP22 nova e extravagante, mas a GP21 mais antiga (embora com algumas atualizações) conduzida por Enea Bastianini.
A todo custo não é tão incomum na MotoGP, pois em 2020 vimos Franco Morbidelli fechar o campeonato em 2º lugar com a M1 do ano anterior.
A história, portanto, parece se repetir, mesmo que neste caso seja ainda difícil dizer se a moto antiga é melhor que a nova. Bastianini está pilotando uma Desmosedici que se beneficiou de dois anos de desenvolvimento (devido ao congelamento de motores por Covid) que no final de 2021 se tornou quase imbatível nas mãos de Bagnaia, que venceu 4 das últimas 6 corridas, chegou no pódio em outro e caiu quando estava no comando no último.
Certamente a versão mais recente deverá sempre representar uma melhoria da anterior. Mas será que é assim mesmo?
A comparação, deve-se dizer, é ligeiramente irregular porque, além de Bastianini, as outras duas GP21 em pista estão nas mãos dos estreantes, Bezzecchi e Di Giannantonio. Por outro lado, existem 5 GP22s, com algumas diferenças entre eles. A partir do motor, porque Bagnaia e Miller optaram por uma espécie de versão ‘híbrida’, com alguns componentes do ano anterior dentro que devem adoçar a entrega, entregando uma potência menos robusta, enquanto Marini, Martin e Zarco usam o V4 na versão ‘completa’.
Depois tem aquele sistema de rebaixamento frontal que tanto foi discutido (e que será banido a partir da próxima temporada), aquele que também pode ser ativado durante a volta. Depois de usá-lo no primeiro GP do Qatar, Bagnaia e Miller o abandonaram. Não porque não funcionou, mas porque ainda precisa ser ajustado. Em poucas palavras, a sua intervenção nem sempre foi homogênea, fazendo com que os pilotos perdessem a confiança na dianteira. No box da equipe Pramac, no entanto, esse sistema ainda está lá, e é usado especialmente por Zarco.
Feita a imagem técnica, vamos para a comparação. Nas corridas, Bastianini terminou à frente das GP22s no Qatar e em Austin, onde venceu. Em Losail a primeira motocicleta oficial que cruza a linha de chegada foi a do Zarco (Bagnaia caiu levando ao chão junto com ele o Martin, Miller abandonou por um problema técnico. No Texas, por outro lado, deu um pouco mais; 2 segundos para Miller, com ele no pódio.
Na Indonésia, por outro lado, foi uma corrida no molhado, o ponto fraco do Enea. Na verdade, ele terminou em 11º, quase 30 segundos atrás de Zarco mas por seus deméritos do que pela moto. Na Argentina também foi um fim de semana complicado, tanto que a primeira GP21 na linha de chegada foi o Bezzecchi, à frente do Enea, e cerca de 12 segundos atrás de Martin.
Na classificação, no entanto, as GP22 inflige um seco 4 a 0 ao modelo anterior, mas neste caso é mais graças a Martin do que qualquer outra coisa. Jorge é um especialista na volta voadora e nos primeiros 4 GPs largou duas vezes na pole e outros tantos em segundo lugar. Pelo contrário, Enea apenas este ano conseguiu expressar-se ao máximo na qualificação, largando da primeira fila no Qatar e da segunda na Indonésia e nos EUA.
Portanto, Enea supera todos os pilotos da Ducati nas corridas, porém na qualificação o rei é o Martin.
Agora vamos tentar comparar os dois motores e fazemos isso observando as velocidades, com picos atingidos nos finais de semana. Na Argentina Bastianini conseguiu chegar a 355,2 km/h, enquanto Bagnaia 352,9. Na Indonésia, houve até duas GP21 à frente de todos: Bezzecchi com 315,7 por hora seguido de Enea com 313,9, enquanto o melhor GP22 foi o de Zarco (313).
No GP da Argentina aconteceu que a Desmosedici 2022 consegiu se vingar graças aos 345,5 km/h de Bagnaia contra os 344,6 de Bastianini. Em Austin o empate: 350,6 para Bastianini e Miller.
Nosso jogo comparativo se encerra e as diferenças são tão mínimas que é impossível decretar um vencedor. Ou melhor, o vencedor se chama Enea Bastianini. Na MotoGP, o piloto é ainda capaz de mover a agulha da balança, e é isso que Bastianini está fazendo, independente de seu equipamento.
A GP22 é certamente uma moto ainda jovem, que os pilotos ainda não conseguiram entender completamente, mas é possível dizer que está no nível da GP21. Além disso, ainda precisa expressar todo o seu potencial, o que, segundo Bagnaia, é maior. À medida que a temporada avança, as ultrapassagens na Desmosedici acontecerão facilmente, mas é difícil dizer o quanto será.
Bastianini disse que as diferenças entre as duas motos não são grandes e até os pilotos oficiais confirmaram, mas na MotoGP atual até um décimo por volta pode virar a maré de uma corrida. O que é certo é a constância de Enea, o único piloto a não só ter vencido duas corridas, como ter subido duas vezes ao pódio neste início de campeonato. Com 17 corridas ainda a serem disputadas, tudo está aberto, mas quem começa bem já é metade do trabalho.
Pol Espargaró em dificuldades no GP das Américas
Pol Espargaró teve dificuldades acrescidas no GP das Américas de MotoGP, depois de sofrer uma aparente intoxicação alimentar que começou a se manifestar entre quinta-feira e sexta-feira. O piloto da Repsol Honda enfrentou, por isso, dificuldades acrescidas do ponto de vista físico, ele que não fez uma boa corrida.
O espanhol não escondeu que teve muitas dificuldades físicas para concluir a prova de Austin, ao ponto de até ter pensado em abandonar: “Foi tão complicado. Numa fase da corrida, acho que a dez voltas do fim, não estava sentindo-me bem e estava pensando em retirar-me. Mas estava na área dos pontos e disse: Ok, vamos aguentar e tentar acabar a corrida o melhor possível. Mas eu estava muito lento, e não conseguia gerir… especialmente na curva um mudar de direção foi quase impossível”.
Tai mais um detalhe que você ficou sabendo aqui: o segundo ele motivo do fraco desempenho na corrida, pois obviamente nestas condições não dá para ter um desempenho máximo.
Visivelmente esgotado na conferência perante os órgãos de imprensa, Espargáro quer agora aproveitar a pausa antes do GP de Portugal para se recompor: “Sinto-me exausto, esta foi uma das corridas mais duras que tive na MotoGP. Felizmente vamos para casa, posso ter algum tempo para me recuperar e depois começamos na Europa”.
Para finalizar, falar do WSBK: o que os pilotos pensam depois de usar o pneu SCQ de verdade pela primeira vez?
O Campeonato Mundial de Superbike 2022 teve um grande começo em Aragão, com a temporada já dando corridas muito próximas. No entanto, uma das sessões de Superpole mais próximas que já vimos também aconteceu, quando Toprak Razgatlioglu (Pata Yamaha com Brixx WorldSBK) venceu Alvaro Bautista (Aruba.it Racing – Ducati) para a pole por apenas 0,006s, com todos usando o pneu SCQ . O pneu SCQ é novo para 2022 e substitui o antigo pneu Q na Superpole, além de ser disponibilizado para a Superpole Race, sendo então recebido em um fim de semana de corrida real.
Perdeu as corridas? Narramos ambas, segue os links:
O atual campeão Toprak Razgatlioglu conquistou a primeira pole de 2022 e gostou do pneu: “O novo pneu não é como o antigo Q. Eu usei por oito voltas antes, mas normalmente, depois de cinco voltas, estou sentindo uma queda de rendimento. Para a Superpole, o pneu não é ruim porque dá um tempo de volta incrível e também um novo recorde. A sensação não é a de um pneu Q real, mas estou feliz com este pneu. É importante com o pneu que o tempo esteja bom.”
Segundo do grid e duplo vencedor do fim-de-semana Álvaro Bautista também o elogiou: “Com certeza, foi uma boa experiência com este pneu porque é mais macio que o SCX e permite-nos fazer um bom tempo por volta. Tentamos no TL2, fiz oito voltas e o ritmo não foi tão ruim. No entanto, para usá-lo na Superpole Race, precisamos trabalhar um pouco mais com a moto para o pneu. Acho que é uma boa ideia da Pirelli porque antes você só podia fazer uma volta com o pneu Q e, se cometer um erro, não terá outra chance. Com este pneu, você tem duas ou três voltas, dependendo da pista. Acho que este pneu é melhor. O clima é importante porque os Pirellis funcionam de maneira diferente dependendo de como está o clima. Também com a moto, lembro que em 2019 não pudemos usar o pneu SCX, e então os fabricantes começaram a trabalhar para tentar usá-lo não apenas na Superpole Race, mas também nas corridas longas. No final, se a Pirelli trouxer esse tipo de pneu, os fabricantes trabalharão na moto para usá-la na Superpole Race.”
Michael Ruben Rinaldi (Aruba.it Racing – Ducati) comentou como o estilo de pilotagem do SCQ é diferente em comparação com o pneu Q do ano passado na Superpole: “andar é um pouco diferente, então você não pode ser tão agressivo quanto com o pneu de uma volta de 2021. No entanto, no final, o tempo foi bom e ainda mais rápido, então acho que a Pirelli fez um ótimo trabalho e acho que eles nos deram mais longevidade e tem um ótimo desempenho.”
Jonathan Rea (Kawasaki Racing Team WorldSBK) falou sobre como é bom para a sessão de Superpole, mas disse que ele e sua ZX-10RR ainda não estão prontos para correr com ele: “É definitivamente um pneu que está no meio, não é um pneu Q completo como tínhamos no passado, e dura um pouco mais. Ajuda que se você tiver uma bandeira amarela no seu colo, e então sua volta for cancelada, você terá outra volta. Não acho que o desempenho melhorará após cada volta, mas certamente você terá a chance de fazer uma volta decente em vez de uma volta ruim porque o pneu está destruído. No entanto, para a Superpole Race, ainda não é uma opção para nós. Nossa moto não está usando muito bem, e também tenho peso médio, então acho que você precisa ser bastante gentil com este pneu para deixá-lo fazer a corrida. Vamos ver, talvez nos fins de semana quentes possamos ver.”
É meus amigos, para ver como o motociclismo tem muitos e importantes detalhes. Até a próxima, e se gostou, não esqueça de compartilhar nossos links para podermos crescer e continuar este trabalho.
*WSBK
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