Luca Marini foi o mais rápido até agora em ambos os testes e espera explorar a boa forma já comprovada da Desmosedici a seu favor nas rodadas iniciais, como foi para Enea Bastianini no ano passado: “Temos uma moto que você tira da caixa e ela está pronta para vencer, antes das equipes de fábrica chegarem com suas novas máquinas.”
Mas vendo pelo lado empresarial, ele considera importante que a vitória esteja do lado das equipes de fábrica: “o campeonato precisa ser ganho por uma equipa de fábrica” e também disse que os pilotos oficiais precisam ter sempre uma “pequena vantagem” sobre os pilotos satélites, citando o exemplo do choque que foi a saída da Suzuki no final do ano passado.
Um piloto independente nunca conquistou o título de MotoGP, embora Sete Gibernau (2003, 2004), Marco Melandri (2005) e Franco Morbidelli (2020) tenham terminado em segundo lugar. Bastianini foi o terceiro da geral na classificação do ano passado com uma Ducati do ano anterior, na Gresini.
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Questionado se os pilotos satélite deveriam ter algum tipo de concessão, como pneus extras, ele foi enfático:
“Não não. Porque as equipes de fábrica precisam vencer. Eles colocam muito dinheiro [na MotoGP], por isso precisam ganhar corridas e campeonatos porque [caso contrário] será um grande problema para os fabricantes e não queremos que nenhum fabricante se retire do MotoGP. Já sofremos com a saída da Suzuki. Queremos que mais fabricantes compitam na MotoGP a este nível, porque o nosso desporto é tão bonito também por causa desta luta entre motos diferentes. O objetivo de todo piloto é tentar entrar em uma equipe de fábrica e depois tentar vencer com aquela moto. Precisamos ter um bom desempenho na equipe satélite para atingir essa meta, não tentar mudar os regulamentos para jogar e tentar vencer com a equipe satélite. É uma pena para a equipe satélite, eu sei, mas precisamos pensar também no lado comercial.“
Comentário interessante, você não acha? É verdadeiro certamente, mas e como será se ele tiver uma oportunidade de vencer ou até de ser campão? Deixe seu comentário.
E ele explicou seus motivos: “Precisa ser assim no futuro porque precisamos de mais fabricantes lutando pela vitória. No futuro, não queremos que também outras [marcas] se aposentem deste paddock porque precisamos de todo o apoio possível para colocar este belo esporte como o melhor esporte do mundo depois do futebol. Acho que é impossível lutar com [futebol], mas tente lutar com a Fórmula 1 e vencê-los porque nosso automobilismo é melhor que o automobilismo deles!”
Sobre ir para uma equipe oficial em 2024 ele disse: “Sim, exatamente”.
Porém essa missão é difícil, pois ele estaria competindo com nomes como o companheiro de equipe Marco Bezzecchi, enquanto a única vaga de fábrica conhecida disponível para a próxima temporada está no lugar de seu colega VR46 Academy Franco Morbidelli na Yamaha. Questionado sobre enfrentar não apenas seus amigos, mas também pilotos sob a mesma estrutura de gerenciamento, Marini admitiu:
“Sim, é muito, muito complicado. É muito difícil. A minha única estratégia é tentar ter bons resultados e depois veremos. Eu apenas tento fazer o meu melhor e ser melhor que os outros.”
Sobre lutar por vitórias, ele considera a etapa de Portimão, a primeira, de suma importância, por precisar mostrar trabalho antes que as motos Ducati 2023 estejam prontas com seu máximo de desempenho:
“Nesta temporada [com a GP22] os testes foram muito tranquilos, muito mais fáceis”, disse Marini. “Mas eu sei que para o resto da temporada será um pouco pior porque não temos nenhuma atualização [planejada], eu acho. Mas se eu puder ser rápido e lutar pela vitória, espero que Gigi [Dall’Igna] me apoie com algo novo, como fizeram com Bastianini no ano passado.”
Sobre vencer na primeira rodada como fez Bastianini no ano passado ele disse que será difícil pela presença dos teste logo antes da primeira corrida:
“Precisamos esperar até o teste em Portimão para ver nosso potencial porque fui muito forte em Valência e em Sepang, mas são pistas completamente diferentes de Portimão”, disse Marini. “Mas todos estarão prontos para lutar pela vitória. Neste momento todas as motos Ducati estão fortes e todos os pilotos Ducati podem lutar pelo pódio e pela vitória. Com certeza, serei um deles e tentarei fazer o meu melhor para atingir esse objetivo. Mas não é tão fácil como podemos pensar porque com o teste a situação é completamente diferente comparada com um GP normal [já que] todos terão mais dois dias para preparar as suas motos antes do fim-de-semana. Portanto, será ainda mais difícil deste lado porque temos um pacote que você tira o estojo de voo e nossa moto está pronta para vencer, eu acho. Mas com mais dois dias de testes na mesma pista, todos estarão prontos para a corrida do dia 26 de março. Portanto, não será tão fácil.”
E no inverno, Marco Bezzecchi, assim como o resto da VR46 Academy, tem treinado com Valentino Rossi, o qual ele elogiou a velocidade apesar de estar aposentado das duas rodas. Além de pilotarem no Rancho Rossi, os pilotos VR46 também pilotaram máquinas de Superbike em Portimão e no circuito local de Misano. Questionado se Rossi ainda é rápido, ele disse: “Infelizmente sim! Da última vez em Misano, ele chutou minha bunda! Mas da próxima vez vou vencê-lo!”
Embora Rossi não esteja sendo visto com frequência no paddock da MotoGP, ele acompanha os seus alunos:
“Quando vamos treinar, se ele não está, segue-nos de outra parte do mundo, mas na maioria das vezes quando está em casa também treina connosco,” disse Bezzecchi, que deu à equipe VR46 o seu primeiro pódio na MotoGP com um segundo lugar em Assen na temporada passada. “Portanto, mesmo que você não o veja [nas corridas], ele está ‘com’ nós. Sabíamos que o momento tinha que chegar [quando Rossi se retiraria e deixaria o paddock], mas no final agora temos que tentar ser os melhores pilotos que pudermos. Felizmente, temos ele nas costas, nos apoiando. Ele é muito próximo de nós. Mesmo que ele não esteja lá, acredite em mim, ele está realmente interessado em nossa vida esportiva e também na vida normal. Então acho que temos muita sorte. Claro que é diferente [desde que se aposentou]. Sinto muita falta dele no paddock. Mas é assim. Ele agora tem uma carreira nos carros e estou feliz por ele”.
No lançamento da VR46 2023, Rossi disse:
“Espero um ótimo 2023 da Mooney VR46 Racing Team. No ano passado fizemos nossa estreia na MotoGP depois de tantos anos na Moto3 e na Moto2 e foi uma temporada fantástica”, disse Rossi. ossos pilotos ganharam experiência e formam rápidos no ano que passou mesmo sendo um time novo. Espero que consigamos dar mais um passo a frente rumo a vitória”
FONTE:
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