Alex Rins concluiu o GP de Portugal na MotoGP na 11ª posição, sendo o melhor piloto Honda da classificação. O piloto satélite da LCR Honda até ultrapassou Joan Mir, da equipe de fábrica, mas ainda assim deixou Portimão frustrado, já que não conseguiu ultrapassar os rivais.
Antes da corrida ele havia dito:
“Lidar com a eletrônica é completamente diferente na Honda de como era com a Suzuki, por exemplo. Não temos condição de brigar entre os 5. Tudo tem que ser ajustado. Mas você nunca sabe o que vai acontecer. Quem sabe, talvez de repente tenhamos nossa chance de chegar ao topo do ranking.”
Também antes da corrida e se referindo aos testes, ele havia dito que é mais rápido que Mir e Marquez, em ritmo de corrida:
“Em Sepang analisei muito os dados do Marc e do Joan, mas em Portugal só o fiz no final do dia. Em termos de ritmo de corrida, acho que sou um pouco mais rápido que eles. Durante a volta voadora, eles têm uma moto diferente da minha. Mas estou feliz por estar no mesmo décimo”.
Em declarações à imprensa pós prova, o espanhol confidenciou que teve particulares dificuldades ao nível das ultrapassagens, não escondendo que isso foi motivo de frustração:
“O mais difícil foi a ultrapassagem. Digamos que estou frustrado porque só fui ultrapassado. Não consegui ultrapassar nenhum piloto. Nem uma ou duas, tirando a largada, onde largamos bem e recuperamos algumas posições. Mas foi um desastre da minha parte. Quando o Fabio [Quartararo] me ultrapassou, consegui ir com ele em 1m39s baixo, 1m39s médio, mas lutei muito. Na última parte da corrida a frente estava a escorregar um pouco… Dei o meu melhor. De minha parte, coloquei a moto no limite.”
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Segundo Rins, esta corrida o fez lembrar o que aconteceu com a Suzuki em 2021: “Isso me lembra um pouco há dois anos com a Suzuki, estávamos perdendo muito tempo nas retas comparando com os outros e depois compensamos tudo nas curvas.”
Sobre o fato de não estar muito longe do vencedor, Francesco Bagnaia (Ducati), o #42 retrucou: “Sim, a diferença não é grande, mas ainda é o décimo lugar. Décimo, 11º ou 12º, tendo em conta que alguns pilotos caíram na frente. Mas o mais difícil para mim foram as ultrapassagens. Acho que temos nível para estar à frente, mas por enquanto é o que é. Veremos na Argentina e ficarei muito feliz se a Honda me der algo novo para experimentar. Pelo menos para experimentar”.
Lembrando que este campeonato atual é certamente um dos mais disputados da história, senão o mais.
Já Joan Mir concluiu a sua primeira corrida principal a serviço da Repsol Honda com o 11.º lugar no GP de Portugal. Foi uma corrida onde teve que lidar com uma penalidade de volta longa devido ao incidente com Fabio Quartararo na corrida Sprint de sábado, mas mesmo assim foi o segundo melhor Honda atrás apenas de Alex Rins (LCR Honda).
O espanhol explicou à imprensa que depois de uma largada encorajadora teve algumas dificuldades com a moto: “A corrida foi boa nas primeiras voltas, mas assim que fiz a volta longa vi que tínhamos um grande problema na moto e não consegui extrair 100 por cento desta moto. Eu estava escorregando muito, não conseguia entrar na curva com muitos freios porque a traseira estava instável, então não estava funcionando. Esse era o problema. É uma pena porque durante o fim-de-semana, que aconteceu na qualificação, consegui fazer uma volta sozinho, não segui ninguém”.
Dito isto, Mir assumiu que há um processo de aprendizagem a fazer: “Há coisas que temos de aprender para o futuro. Descobrir o melhor pneu, ainda nem experimentamos o pneu duro, mas tenho a certeza que depois desta corrida é algo que vamos pensar no próximo [GP]. Estamos neste processo de aprendizagem. Ainda não é a nossa hora. Estamos trabalhando e tentando entender, faz parte do aprendizado e tenho certeza que, com alguns detalhes, poderíamos ter feito uma corrida bem diferente”.
Questionado sobre se está mentalmente tranquilo com esta situação atual, Mir garantiu que sim, para além de defender que, em Portimão, a qualificação foi um fator condicionante para o resultado da prova: “Claro. Começamos bem na sexta-feira. Consegui ter a base para estar entre os cinco primeiros, pelo menos em teoria. Na classificação, não consegui passar para o Q2 e isso mudou todo o fim de semana. Tentei recuperar muitas posições na largada, fiz uma péssima largada, estava me recuperando, toquei no Fábio, pênalti… Na corrida, quando comecei a ter esse problema, disse para mim mesmo, Joan, temos que terminar a corrida e somar pontos, dar a informação à equipe para que isso não volte a acontecer na Argentina. E é isso, faz parte do processo, primeira corrida com uma moto diferente, primeira vez que faço 25 voltas seguidas com essa moto… Precisamos entender muitas coisas, antes de começarmos a lutar onde acho que podemos ser, tenho certeza”.
Mir se mostra bastante confiante, isso é importante, assim como ele próprio disse, dar informações a equipe.
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