Não bastasse a saída da Suzuki da MotoGP, agora vem a tona outra questão: as motos são descartadas no lixo. Saiba o motivo aqui.
Alex Rins venceu duas das últimas três corridas de MotoGP em 2022. O canto do cisne da entrada da fabricante japonesa na MotoGP aconteceu no Circuito Ricardo Tormo em 6 de novembro, quando Pecco Bagnaia garantiu o título da Ducati em 9º lugar. Mas essa vitória do Rins foi sensacional, quem sabe um tapa na cara da Suziki, apesar de parecer que eles não estão nem ai para o que o povo pensa da marca. Afinal infelizmente, o que vale para muitas marcas e empresas é o dinheiro, o lucro, o consumidor vem em segundo lugar. O respeito ao seu consumidor vem em segundo lugar. Mas enfim, cada um opta como vai trabalhar.
A vitória do piloto da Suzuki Ecstar Alex Rins na final mais uma vez levantou a questão de por que a Suzuki surpreendentemente anunciou sua aposentadoria em 2 de maio em Jerez após o teste de segunda-feira, embora um novo contrato de cinco anos tenha sido assinado.
Os motivos são variados: a Suzuki precisa de dinheiro para o desenvolvimento da mobilidade elétrica no ramo automotivo, produção e vendas de motocicletas; também os lucros e participações de mercado no ramo de duas rodas vêm caindo há anos e a gama de modelos não revela mais nenhum best-seller. Portanto, os custos devem ser reduzidos.
Tem outros motivos também, já abordamos aqui em outros vídeos. Tem a questão do contrato mal feito com a Dorna também, pois a multa rescisória tem um valor menor do que o valor que a Suzuki gastaria durante todos os anos de contrato que ela tinha, então é um absurdo esse contrato da Dorna, teria que ter uma multa rescisória muito maior.
Além disso, alguns dias antes do GP de Jerez no final de abril, um escândalo sobre seus veículos a diesel estourou no departamento de carros da Suzuki Motor, devido a dispositivos ilegais de desligamento de gás de escapamento em cerca de 25.000 veículos. Parece que a multa nesse caso foi grande.
Ou seja, são esses vários os possíveis fatores para a saída dela da MotoGP. Mas e a questão dessas motos usadas nas corridas irem para o lixo, para o ferro-velho? Por que isso acontece? Vem comigo, já vou te contar.
Continua abaixo…
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A Suzuki Motorcycles claramente perdeu terreno para Honda, Yamaha e até Kawasaki nos últimos anos.
Isso foi muito diferente de 20 anos atrás, quando a Suzuki era a número 1 na Alemanha, à frente da Honda e da Yamaha. Naquela época, o gerente de vendas Bert Poensgen ditou os eventos das fábricas de motocicletas japonesas na Alemanha por anos com uma estratégia voltada para o futuro.
Recorde-se: há dois anos a Suzuki venceu o campeonato do mundo de pilotos com Joan Mir e o campeonato do mundo de equipes de MotoGP com a dupla Mir & Rins. Rins terminou o Campeonato Mundial em terceiro lugar. Foi uma temporada realmente sensacional.
Título da Suzuki conquistados na categoria rainha (500cc/MotoGP)
1976: Barry Sheene (500cc)
1977: Barry Sheene (500cc)
1981: Marco Lucchinelli (500cc)
1982: Franco Uncini (500cc)
1993: Kevin Schwantz (500cc)
2000: Kenny Roberts Jr. (500cc)
2020: Joan Mir (MotoGP)
A Suzuki retirou-se abruptamente do campeonato mundial de motocross em setembro de 2018 e em 2022 também selou o fim da participação no campeonato mundial de MotoGP.
As rigorosas medidas de austeridade significam que a Suzuki GSX-RR não encontrará uma nova saída, ao contrário de Joan Mir (agora na Repsol-Honda) e Alex Rins (novo na LCR-Honda).
A propósito: Alex Rins estava irritado porque a Suzuki não queria dar a ele nenhuma de suas motos vencedoras de 2022 para sua sala de estar.
Inclusive fizemos uma matéria aqui no canal, onde o próprio Rins postou no Instagran, no seu canal, que ele havia ganhado uma moto, a sua moto, da marca. Porém depois eu procurei essa postagem, eu vi as fotos que alguém capturou na sua rede social, fez o print, porém depois as fotos não estavam mais lá. Então eu fiz a matéria, que segundo tal site ele ganhou a moto, comentei, que infelizmente a postagem não estava mais lá. Foi apagada. Fica a dúvida, será que prometeram a ele e depois voltaram atras? Pode ser, apesar de ser apenas uma suposição. Eu digo isso porque o print existia, mas a postagem original já não existia mais.
E por falar em Rins e também em Mir, boa sorte a eles, estamos muito curiosos para ver como será a adaptação na Honda, o Mir na equipe principal, Respol e o Rins na satélite, LCR. Vamos aguardar…
E cadê as motos? Vamos ao motivo: algumas das preciosas Suzuki GSX-RR estão expostas no Museu Suzuki, outras espécimes vão acabar na pilha de sucata, junto com montanhas de peças sobressalentes, como disse o chefe da equipe Livio Suppo ao site gpone.com.
Todas as fábricas japonesas fazem isso por razões fiscais, caso contrário, taxas e impostos teriam que ser pagos pela importação. “Como as motos de GP não são mais aproveitáveis, elas serão destruídas”, relatou Livio Suppo. “Infelizmente, isso não é uma possibilidade vaga, mas um fato comprovado. Algumas máquinas GP serão descartadas.”
E você ai daria qualquer coisa por uma delas, para deixar exposta na sala de jantar, não é verdade?
O conselho de administração da Suzuki decidiu retirar-se irrevogavelmente do Campeonato do Mundo de MotoGP, embora este programa prometesse mais vitórias no título. No entanto, o mesmo conselho vê as motos GSX-RR da equipe Suzuki Ecstar como um bem precioso.
A Suzuki GSX-RR não será lembrada apenas pelos fãs pela conquista do título de Joan Mir. O maiorquino triunfou na temporada 2020 Corona em grande parte devido à sua consistência na temporada do Campeonato do Mundo de MotoGP, que teve apenas 14 corridas. Uma vitória foi suficiente para ele conquistar o título, na antepenúltima corrida em Aragão.
A propósito: na década de 1960, após cada temporada de GP, a Honda despachava até duas dúzias de valiosas máquinas de fábrica em um pequeno barco e afundava as motocicletas GP de todas as classes no mar perto de Amsterdã para economizar nos custos de transporte para o Japão e evitar qualquer alfândega.
Isso você não sabia, não é verdade? Afundavam no mar para evitar os custos de alfândega…
Quando o suíço Luigi Taveri, piloto da Honda Campeão do Mundo de 125cc em 1962, 1964 e 1966, ficou sabendo desse desperdício, ele gentilmente pediu aos gerentes de corrida japoneses que doassem as motos a ele. Ele foi então autorizado a ter tantos protótipos levados para a Suíça por seu mecânico quanto havia espaço na van.
Incrível isso, não?
Entre os premiados 4 tempos estava um inestimável motor de 5 cilindros de 125cc e um raro Honda de 4 cilindros de 250cc.
Quem sabe estejam por ai, expostos para serem vistos…
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