Nos últimos dias, milhares de pessoas que moram em Maceió (AL) tiveram de deixar suas casas por conta do risco de colapso de uma mina de sal-gema que pertence à empresa petroquímica Braskem. O solo de diversos bairros está afundando e, segundo a Defesa Civil, uma cratera do tamanho do estádio do Maracanã pode se abrir no local. E apesar de ser destaque agora, o problema já se arrasta desde 2018.
Moradores estão considerando a oferta de indenização da Braskem muito abaixo da avaliação. Muitos desse moradores já são pessoas em condições socioeconomicamente vulneráveis.
O afundamento do solo sobre a mina da Braskem, ameaçada de colapso no bairro do Mutange, em Maceió, apresentou um afundamento de 2,09 metros, conforme a última avaliação realizada pela Defesa Civil nesta sexta-feira, 8. Nas últimas 24 horas, foi registrado uma variação de 5,7 centímetros. Após os registros, o órgão manteve o estado de alerta.
No último boletim, foi registrada uma velocidade de 0,23 cm/h, enquanto na medição anterior, a velocidade era de 0,21 cm/h. Em comunicado, a Defesa Civil informou que não é possível afirmar que o solo está se estabilizando devido à constante variação entre aumento e desaceleração nos últimos dias. Por isso, o monitoramento permanece ininterrupto, 24 horas por dia. Como medida de precaução, a população foi orientada a evitar transitar na área desocupada.
A mina em situação de risco é uma das 35 operadas pela Braskem na região para a extração de sal-gema, um minério essencial na produção de soda cáustica e PVC. Esta mina específica está localizada sob a lagoa Mundaú. A empresa afirma que “as áreas de serviço em torno da mina continuam isoladas”.
Respondendo a pergunta do título, a questão não é se vai afundar, ela está afundando. Mas para sabermos o resultado final, precisamos aguardar.
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