As notícias são poucas, mas existem
De fato não há notícias dos três dias de testes de inverno no Circuito de Jerez, mas os pilotos do Campeonato do Mundo de Superbike estão comunicativos. Vamos saber do que vazou desde o primeiro dia de testes.
Como o circuito de Jerez foi agendado pela equipe de testes de MotoGP da Honda, eles também estão ditando as regras para os testes, que vão de 13 a 15 de dezembro. Os pedidos de credenciamento de jornalistas e fotógrafos foram rejeitados, mesmo os das equipes participantes.
Com as redes sociais e smartphones registrando imagens nítidas, ficou claro que o apagão de notícias imposto pela Honda não duraria muito. Portanto, não demorou muito para que as primeiras fotos e declarações aparecessem nas contas do Instagram dos pilotos da Superbike, a propósito, especialmente com os pilotos da Honda Iker Lecuona e Xavi Vierge, bem como o novato do MIE Eric Granado.
E os brasileiros certamente estão na expectativa do seu representante, o Granado, disputando a categoria máxima das Superbikes. E com relação a Honda, que nos últimos anos costuma prometer bastante e cumprir pouco, as preocupações começam, principalmente por Eric estar em uma equipe satélite e não na equipe principal. Se na equipe principal já é difícil, imagina na satélite. E Granado começou com azar, pois choveu no primeiro dia.
“Apesar das condições, estou satisfeito com o trabalho do dia”, disse Vierge. “Demos passos na direção certa e conseguimos melhorar a sensação no molhado.” Lecuona acrescentou: “Realmente positivo. Fizemos muito trabalho em condições adversas. Vamos ver como corre na quarta-feira, porque ainda temos um longo caminho a percorrer. Por enquanto, no entanto, temos resultados promissores.”
É certo que não são informações de longo alcance que foram publicadas pelos pilotos. No entanto, o trabalho de teste só foi possível de forma limitada em uma pista molhada e chuva repetida.
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Também presente no teste está a equipe de fábrica da Yamaha com Toprak Razgatlioglu e Andrea Locatelli, bem como a GRT com os estreantes Dominique Aegerter, campeão da MotoE e bi-campeão da Supersport, e Remy Gardner, vindo da Motogp.
São duas coisas que tendem a apimentar a temporada 2023: Aegerter com sua experiência e também a rivalidade com Granado que vimos na MotoE e Gardner, mais um piloto com experiência MotoGP.
Enquanto Aegerter descrevia suas primeiras impressões da R1, Razgatlioglu fez uma breve declaração via Instagram.
“Tive um bom dia com o número com o qual me sinto melhor – 54”, disse o destronado campeão mundial. “Passamos o primeiro dia de testes na chuva e melhoramos significativamente.”
Toprak Razgatlioglu que está de volta ao passado. Depois de Alvaro Bautista ter conquistado o título mundial, o piloto turco da Yamaha foi forçado a ceder o seu número 1 ao espanhol da Ducati. Em Jerez, na última prova deste 2022, o ex-campeão mundial voltou assim ao desporto 54, número que sempre o acompanhou ao longo da carreira. Inevitável no canto superior esquerdo está a imagem da bandeira turca.
Chuva comprometeu dia de testes do WSBK em Jerez
Os testes privados de equipes do Mundial de Superbike em Jerez sofreram um revés esta terça-feira. A chuva na zona do Circuito de Jerez Ángel Nieto impediram aproveitar o dia de trabalhos.
De acordo com o site GPOne.com, apenas quatro pilotos chegaram a rodar. Isso aconteceu durante a manhã, depois de um período de chuva fraca dar tréguas, Iker Lecuona (Team HRC), Loris Baz (Bonovo Action BMW), Remy Gardner (GRT Yamaha) e Toprak Razgatlioglu (Pata Yamaha).
Ainda há mais dois dias de testes privados, que se estendem até quinta-feira. Na sequência, deverão juntar-se as estruturas de MotoGP da Honda e da KTM, com a expectativa a ser a de que as condições meteorológicas amainem e permitam testar adequadamente para fechar a ação em pista neste ano.
E quando tivermos mais informações, você claro, ficará sabendo aqui no canal.
Porém, segundo postagem de Eric Granado, ele, apesar da chuva, também chegou a rodar algumas voltas:
“1º dia de aprendizado no @worldsbk, conhecendo minha Honda CBR1000RR-R Fireblade e minha equipe @mieracingteam. As condições de pista não eram as melhores e não dei muitas voltas, mas estou feliz e não vejo a hora de continuar evoluindo amanhã”
Sobre Dominique Aegerter
O bicampeão mundial de SSP fez sua estreia a bordo da R1 pela GRT Yamaha ao completar 47 voltas no que acabou sendo meio dia de ação.
Como o teste de Jerez há duas semanas, que viu o seis vezes campeão Jonathan Rea, Alex Lowes e Scott Redding, todos afetados pelo tempo úmido, Aegerter também foi reduzido à falta de tempo de pista no circuito espanhol.
“Terminamos o primeiro dia de teste em condições de chuva e fizemos apenas meio dia”, disse Aegerter ao site WorldSBK.com. “Acho que fizemos cerca de 47 voltas, todas com chuva e muito vento. Não estava muito frio, mas em condições estranhas. É difícil ter uma primeira sensação neste tipo de moto em um clima como este, então digamos que foi um pouco difícil sentir a sensação e a configuração. Mudamos a posição do assento e nos acostumamos com a eletrônica e os botões.”
Apesar das condições serem menos favoráveis Aegerter ganhou uma experiência valiosa no molhado antes da próxima temporada.
O piloto suíço sentiu que era necessário mais velocidade nas curvas e ângulo de inclinação em condições de chuva, embora isso deva ocorrer à medida que ele ganha mais experiência com máquinas de Superbike.
Aegerter continuou: “Foi bom ver a equipe pela primeira vez e apenas trabalhar com eles e ver como eles trabalham e como reajo às mudanças, tudo planejado. O plano principal para hoje era verificar se tudo está funcionando e fazer pequenas alterações, dar algum feedback, mas com certeza queríamos um tempo de pista seca, mas não parece bom para amanhã. No molhado, preciso de mais velocidade nas curvas e ângulo de inclinação, mas isso virá com mais voltas e quando eu tiver mais confiança na moto. Também modificaremos as peças e configurações eletrônicas.”
Também fazendo sua estreia no teste privado estava o novo companheiro de equipe Remy Gardner, enquanto Toprak Razgatlioglu também esteve em ação no primeiro dia.
Sobre a Honda, atualizações importantes…
Para a Honda, o tempo chuvoso no teste de Jerez não é um desastre completo, já que os pilotos de fábrica Iker Lecuona e Xavi Vierge sofreram particularmente mal também na pista molhada e escorregadia no Campeonato Mundial de Superbike de 2022. “Temos que melhorar no molhado de qualquer maneira, então vamos tentar entender nossos problemas”, disse o chefe da equipe, Leon Camier, ao site oficial do campeonato mundial.
No entanto, o ex-piloto também espera testes no seco na sequência do teste. “Temos uma especificação de motor ligeiramente modificada, uma evolução do braço oscilante e precisamos trabalhar na geometria, mas isso não vai funcionar bem nessas condições [molhadas]”, refletiu Camier. “Também temos alguns itens eletrônicos, mas apenas o material normal. O braço oscilante é uma evolução para tentar obter um pouco mais de aderência no ângulo máximo de inclinação. Para o motor, estamos visando a faixa de rpm mais baixa, aceleração e frenagem do motor, porque queremos mais torque. Também experimentamos diferentes relações de transmissão para encontrar a configuração ideal. Se você alterar o torque, também precisará ajustar a relação de transmissão. Isso é otimização normal.”
Além disso, pode-se supor que a Honda lidará com o teste com as peças da superconcessão. Essas peças são voltadas para o chassi, na CBR1000RR-R na coluna de direção.
Sistema de superconcessão não vai fazer milagres à Honda
Mesmo que a Honda fosse uma moto presente no Campeonato do Mundo de Superbike antes de 2020, foi em pleno ano de pandemia que a HRC intensificou a aposta no WSBK com a nova CBR1000RR-R FIREBLADE SP, conhecida como “Triple R”. Esta época de 2022 é a terceira para a Team HRC, mas é a primeira sem Álvaro Bautista e Leon Haslam que deixaram a equipa no final de 2021, sendo substituídos por Iker Lecuona e Xavi Vierge. No final deste ano de estreia, os dois pilotos terminaram em nono e décimo lugar do campeonato.
Agora com o estatuto de superconcessão, a Honda tem possibilidade de fazer crescer a sua moto de forma mais livre, tal como a BMW, com os regulamentos a permitirem um benefício face à Ducati, Kawasaki e Yamaha. Leon Camier, atual Team Manager na Team HRC, abordou esta temática ao worldsbk.com:
“Não é que se consiga uma coisa e, de repente, vai-se tornar imediatamente competitivo [com o sistema de superconcessões]. Há tantas peças em movimento para uma equipa. As equipes estão neste paddock há 15-20 anos e leva tempo, enquanto equipe, a lá chegar; é o terceiro ano como equipe. Há muitas pequenas peças que precisamos de continuar a melhorar na estrutura e também na moto, é uma moto nova.”
Segundo o ex-piloto, a pandemia não ajudou em nada o desenvolvimento da CBR: “Com o primeiro ano de COVID nada foi realmente feito. No ano passado e este ano houve bons progressos. A parte difícil é a última e é aí que estamos agora. Para nós, enquanto HRC, temos de continuar a trabalhar no nosso próprio projeto e concentrar-nos nas nossas próprias questões e coisas que sabemos que podemos melhorar. Esse é o objetivo.” E conclui: “É importante ter um pouco de tempo livre durante o Natal para refletir e já compreendemos bastantes coisas sobre onde precisamos de melhorar, o que é importante. Teremos muitas reuniões e discussões durante o inverno para ver como nós, como equipe, podemos melhorar.”
Honda regressa ao Mundial de Supersport
Em meados de setembro, noticiamos aqui que a Honda estaria de volta ao Campeonato Mundial de Supersport. O link está ai para você.
A Honda CBR600RR, desenvolvida especialmente para corridas e disponível apenas no Japão, não é uma verdadeira novidade. A CBR600RR foi recém-revestida e tecnicamente modificada, uma vez que foi construída desde 2011.
O design é baseado na 1000 Fireblade, complementado por asas laterais. As extensas modificações do motor melhoram especificamente o potencial para uso em corridas. A inovação mais importante é a introdução do ride-by-wire, ou acelerador eletrônico, para poder ajustar a eletrônica padrão MecTronik que é obrigatória no Campeonato Mundial de Supersport desde 2019.
No dia 14 de dezembro foi apresentado oficialmente o novo projeto do MIE, as três letras que representam a Midori International Engineering. A equipe MIE cuidará da equipe Superbike com Eric Granado e Hafizh Syahrin em 2023, enquanto Moriwaki se unirá à equipe espanhola MS para o Campeonato Mundial de Supersport.
O nome pelo menos provisório é MIE MS Racing Honda Team.
Até que ponto a Honda Racing Corporation, responsável por todas as aparições de fábrica do fabricante japonês, está envolvida no projeto não foi anunciado. O chefe da equipe Midori Moriwaki pretende uma cooperação estreita, mas a equipe não competirá sob o nome de Team HRC em 2023. Isso não significa muito: quando os japoneses voltaram de fábrica ao Campeonato Mundial de Superbike em 2019, eles o fizeram sob o disfarce da equipe Moriwaki Althea Honda. Também não está claro como o proeminente patrocinador Petronas aparecerá.
Muita coisa ainda pode acontecer antes do início da temporada de 2023 na Austrália no final de fevereiro: o chefe da equipe, Moriwaki, prometeu informações adicionais para a apresentação física sem data da equipe.
Conforme anunciado no site speedweek.com, o britânico Tarran Mackenzie (27) e o malaio Adam Norrodin (24) foram confirmados como pilotos. O bicampeão britânico Mackenzie (2016 Supersport, 2021 Superbike) se separou da Yamaha após seis anos com a equipe McAMS e assumirá a liderança. Norrodin tem experiência nos Campeonatos do Mundo de Moto3 e Moto2 e mantém uma ligação estreita com a Petronas.
A última vez que vimos a Honda com equipe fixa em 2020 foi na categoria de média cilindrada. O inglês Kyle Smith conquistou a última vitória para a marca que já foi dominante nesta classe em 30 de outubro de 2016 no final da temporada no Qatar.
Por hoje é isso sobre o Superbike e os testes de Jerez, mas fique ligado, quando surgirem mais informações elas estarão aqui no site “informatudo.com.br/esportes”. Também lembrando, vamos transmitir ao vivo as corridas de 2023 no nosso canal do Youtube, aguardando claro a sua audiência e será muito bacana trazer o Eric Granado, nosso brasileiro que vai nos representar, representar nosso país nessa competição. E claro, aguardo a sua audiência nas lives, audiência que já foi muito bacana em 2022.
É o que tínhamos de informação, são poucas, mas rendeu mesmo assim uma matéria longa. Obrigado e até mais.
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Horários completos da próxima corrida:
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1 thought on “MOTOCICLISMO NEWS – #WSBK: Testes #JEREZ 2023 do World SuperBike”