No ar Boletim 28 sobre moto. Assuntos de hoje:
1 – Márc Márquez fala sobre Rossi
2 – Enea Bastianini teve que se colocar no modo Pac-Man e “para comer todo mundo”
3 – Datas dos testes de MotoGP de 2023 oficializadas
4 – Senna Agius vai estrear-se no Moto2 substituindo Sam Lowes
5 – Morbidelli explica seu déficit em relação a Quartararo
6 – Francesco Bagnaia credita a conversa animada de Valentino Rossi por sua vitória
7 – Cazaquistão na MotoGP?
8 – Aleix Espargaró teve fratura
9 – RNF e Aprilia fizeram uma boa proposta ao Miguel Oliveira
10 – Joan Mir e os problemas nos pneus dianteiros
11 – Massimo Rivola diz que a MotoGP deve evitar os erros da Fórmula1
12 – Viñales busca vingança no Red Bull Ring
13 – Queda em Silverstone surpreendeu Johann Zarco
14 – Jorge Martín fala sobre as novas asas da Ducati
15 – Enea Bastianini fala sobre as novas asas da Ducati
16 – Márc Marquez fala que está próximo do GP da Áustria
17 – Classificação dos campeonatos de MotoGP, Moto2, Moto3, MotoE e WSBK:
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Márc Marquez fala que está próximo do GP da Áustria
Alguns dias depois do GP de Inglaterra, o site motogp.com teve a oportunidade de conversar em exclusivo com Marc Márquez (Repsol Honda Team) no seu ginásio local em Madrid sobre a recuperação do oito vezes Campeão do Mundo de uma quarta operação no braço direito.
Na entrevista, Marquez explicou por que ele estará indo para o próximo GP, na Áustria, em alguns dias. Apesar de não estar em um Grande Prêmio desde o GP da Itália, o número 93 tem estado em constante contato com a Honda em relação ao pacote RC213V do próximo ano – principalmente o chefe de equipe Santi Hernandez e o piloto de testes Stefan Bradl.
É por isso que Marquez estará presente na Áustria. Alcançar sua equipe e conversar com os engenheiros japoneses sobre o futuro é o que o espanhol estará focado no Red Bull Ring, com Márquez revelando que anteriormente se desconectou muito do desenvolvimento da moto quando lesionado.
“A Honda está em um momento crítico. Estou conversando muito com minha equipe e tentando entender a moto de 2022, a situação e o que está acontecendo”, explicou Márquez. “É por isso que irei para a Áustria, para falar com todos e me encontrar com a equipe da HRC do Japão para trabalhar no futuro. Estamos todos trabalhando juntos, vencemos juntos, perdemos juntos e voltaremos juntos. Estou falando muito com Stefan Bradl também, nós e Santi estamos trabalhando juntos e testando coisas – ambos sabem como eu corro. Eu disse em Mugello que estarei em casa, mas quero ficar conectado. Com a operação anterior, desconectei-me demais e quero me envolver para que, quando voltar, tenha tudo fresco.”
Sobre sua saúde ele disse: “Não posso passar por outra operação. Estou convencido de que desta vez vai ficar tudo bem, mas esses pensamentos estão sempre presentes no fundo da minha mente. Alguns dias são melhores que outros, mas isso faz parte da jornada. Foi uma luta, não são dois dias ou dois meses que eu lutei, mas dois anos. Passo a passo estou me sentindo melhor, e o osso está se recuperando bem, o que é a melhor notícia de todas. Ainda estamos em modo de reabilitação; Estou trabalhando muito duro no lado cardio para tentar estar pronto. No final de agosto, tenho outro exame médico, a partir daí podemos dar mais um passo com a reabilitação e realmente começar a empurrar e construir músculos. Alguns dias são melhores que outros, mas tudo isso faz parte da jornada. Estou otimista, mas não quero falar muito sobre horários até que tenhamos essa verificação – não é hora de forçar muito. Eu esperei muito tempo por esses tipos de sentimentos. Tem sido uma luta, não são dois dias ou dois meses que eu tenho lutado, são dois anos,” Ele continuou. “Ganhei algumas corridas como esta no ano passado, mas estava lutando muito. Em Jerez percebi que algo tinha que mudar. Era difícil e é difícil agora mentalmente – não porque eu não esteja correndo, mas porque você sempre tem essa dúvida sobre o braço. Não posso fazer outra operação. Estou convencido de que este será bom, mas esses pensamentos estão sempre lá no fundo da sua mente.”
Márquez não está apenas prestando atenção ao desenvolvimento de seu corpo, ele continua profundamente envolvido e envolvido com o desenvolvimento da Honda RC213V. Enquanto Stefan Bradl continua a combinar as suas funções de teste com a substituição da #93, Márquez tem estado em contacto constante com o alemão para compreender completamente a moto atual e o seu desenvolvimento.
Certamente ele não subirá na moto, mas será ótimo ver Márquez de volta ao paddock de MotoGP no Red Bull Ring antes de saber mais sobre sua recuperação no final de agosto. Do jeito que as coisas estão, parece muito promissor ver Márquez de volta às corridas antes do final da temporada – algo que a Honda e ele próprio esperam que se torne possível.
Enea Bastianini fala sobre as novas asas da Ducati
Todos os anos há inovações aerodinâmicas por parte das equipes de MotoGP, mas a Ducati costuma dar a última palavra e são as que mais surpreendem. Desta vez testaram duas asas de cada lado da cauda da moto, e até Enea Bastianini declarou num comunicado recolhido pela MotoSprint que estas asas estão melhorando a Ducati.
“Voltar a MotoGP depois de tanto tempo é sempre emocionante, porque a Ducati está muito forte aqui”, diz o italiano, animado por voltar às corridas e mais em Silverstone. No FP1 tive que me adaptar um pouco à moto, depois no FP2 tentei forçar um pouco e acabei feliz com o meu tempo. Ainda não estou 100%, mas dei um passo importante em relação ao final da primeira parte do campeonato”, esclarece Enea Bastianini.
No entanto, algumas peças novas contribuíram para a aerodinâmica da Ducati. “O comportamento da moto é diferente, pois ela se sente mais estável, principalmente nas frenagens ”, diz Bastianini. “Não estamos falando de um grande passo à frente, mas são essas pequenas coisas que certamente ajudam. Gigi [Dall’Igna] atacou novamente, é ótimo: ontem vi a cauda pela primeira vez e o design me impressionou, parece um Pokémon mesmo. Vou usar amanhã? (se referindo a corrida de domingo) Certamente, farei um teste contrário, fazendo uma comparação entre o antigo e o novo. Na minha opinião pode ser útil em todas as pistas, mas vamos ver.”
Jorge Martín fala sobre as novas asas da Ducati
Essa espécie de ailerons localizados na cauda das Ducati não deixaram ninguém indiferente.
O madrileno Jorge Martin afirmou entre risos que se parece com um dragão. Embora ele tenha ressaltado: “Não são apenas as asas traseiras, testamos toda a nova carenagem, apenas a dianteira não muda muito” . Mesmo assim, admitiu: “Ainda não sei o que me trazem. Na Ducati eles pensam que é melhor e que terá um desempenho melhor, mas não sei até onde pode ir melhor. Eu, na verdade, no ‘ataque do tempo’ não me senti confortável, não foi fácil para mim. Quando há algo novo, tem que ser melhor ou pior, não precisa dar voltas demais, e tem que analisar bem, embora acho que vou voltar para a carenagem padrão” , afirmou.
Só ele e Bastianini, os dois rivais pelo lugar oficial da Ducati, experimentaram esta nova carenagem. Algo que tem sido estranho para o de Madrid. “Sim, porque vendo que a equipe oficial não o experimentou, é um pouco estranho. A verdade é que eu esperava mais pilotos para experimentá-lo. E para mim agora é difícil saber como partir amanhã. Espero que eles não façam muitos testes e se concentrem no que precisam focar. ”
No geral, o piloto estava muito satisfeito com os trabalhos do final de semana em Silverstone. Quando perguntado sobre seu caminho para a próxima temporada, disse que nada está fechado ainda. “Eu realmente não sei, e gostaria de saber, de verdade. É uma decisão que a Ducati tomará depois da Áustria”.
Nós também queremos Jorge, porém com tudo que aconteceu na Inglaterra, acreditamos que só um mau resultado do Enea possa embolar tudo novamente. Enfim, quando soubermos, contaremos aqui para você.
Mesmo assim, o piloto foi contundente com o lugar que gostaria de ocupar. “Espero estar onde merecemos. Certamente não usar vermelho no próximo ano vai me decepcionar no sentido de que é um passo que acredito ser real e que me toca. Mas se não formos por nada, teremos que dar o nosso melhor. O mesmo com o mesmo material e com tudo igual na Pramac. É só porque acho que é um passo que tenho que dar. Na Ducati eles são espertos o suficiente para entender quem é o melhor para ir para aquela posição”, concluiu o piloto.
Que ele merece a vaga não temos dúvida, o problema é a concorrência.
Queda em Silverstone surpreendeu Johann Zarco
Dono da pole position, e líder até o momento da queda. Assim se pode resumir o fim de semana de Johann Zarco no regresso da MotoGP após as férias, com o francês a admitir que ficou surpreendido por ter caído, quando nos treinos até chegou a fazer a curva oito de forma mais agressiva.
O piloto da Prima Pramac liderou cinco voltas, até que caiu no traçado inglês, e admitiu que chegou a sentir que estava próximo do limite das capacidades do pneu:
“Senti por vezes que estava no limite sim, mas pensei que quantas mais voltas fizesse melhor iria ficar. As primeiras duas voltas foram muito rápidas e depois abrandei na terceira e conseguia sentir bem as coisas em pista e ter mesmo assim ritmo. Fiquei surpreendido porque entrei naquela curva muito mais rápido durante os treinos e fiquei na moto, mas ali não aconteceu.”
No entanto, Zarco sente que era importante estar na frente da corrida, e agora quer olhar em frente e tentar novamente no Red Rull Ring: “Era importante ter uma boa largada e liderar a corrida. Ser primeiro na primeira curva e ninguém estar me atacando em demasia, foi bom liderar. O primeiro pensamento é que desperdicei esta oportunidade mas agora é olhar em frente e tentar novamente na Áustria”.
Não deve ser fácil carregar isso de não conseguir a primeira vitória na MotoGP, mas um dia ela sai. Ou será que não? kkk Deixe seu comentário.
Lembrando que na Áustria temos traçado novo, como já falamos aqui no Boletim 1:
Viñales busca vingança no Red Bull Ring
Maverick Viñales, da Aprilia Racing, tem tido uma carreira de sonho ultimamente. Quarto em Sachsenring e perseguindo os lugares do pódio, antes de um problema com o seu dispositivo de altura obrigá-lo a abandonar, e depois pódios consecutivos em Assen e depois em Silverstone. O espanhol parece ter finalmente acertado com a Aprilia RS-GP e está agora a mostrar sinais de que redescobriu a forma na MotoGP que o fez disputar o título com a Yamaha.
É uma série de resultados que faz algumas perguntas se uma primeira vitória de conto de fadas para a fábrica de Noale na Áustria está simplesmente escrita nas estrelas. Doze meses atrás, Viñales foi demitido pela Yamaha após um conjunto sem precedentes de eventos que se desenrolaram em nosso próximo destino: o Red Bull Ring. O relacionamento já havia azedado e ele deveria deixar a marca japonesa no final da temporada, um ano antes do planejado, porém tudo mudou quando Viñales acelerou propositalmente sua Yamaha M1 em uma clara tentativa de colocar sua ira no motor da moto. Tentou explodir ou foi só uma aceleradinha? kkkkk Comente ai…
Vídeo com a desistência dele em Sachsenring:
Um momento de loucura que infelizmente manchou seu tempo com a fábrica de Iwata e a reputação de Viñales como piloto. No entanto, um ano depois, essa reputação foi restaurada graças à sensação de família da Aprilia. Caminhando pelo paddock, é óbvio ver a mudança no antigo Campeão do Mundo de Moto3 em relação ao ano anterior. Transpirando confiança, o céu é agora o limite para Viñales como ele mesmo admite.
“É um sonho”, disse Viñales na noite de domingo. “Se atingirmos o objetivo na Áustria, será um sonho total porque, você sabe, eu tive… ‘coisas’ aconteceram lá, mas as coisas podem acontecer. Mas isso ficou no passado e estou realmente me concentrando no presente. Mas terei motivação extra, com certeza. Acredito muito neste projeto. Acredito muito, e acredito muito em mim. Sempre acho que é uma questão de tempo, uma questão de trabalho. Sabemos que temos potencial para estar na frente, lutando pelas corridas, como mostramos nos eventos anteriores. Nosso foco está em nós mesmos. Fique no máximo com a moto, com a pista. Apenas continuo pilotando, continuo acreditando e tentando me concentrar nas coisas certas.”
Massimo Rivola diz que a MotoGP deve evitar os erros da Fórmula1
No Mundial de Motociclismo, aos poucos, as pessoas procuram ser mais respeitosas com o meio ambiente, já que é conhecido que esse esporte polui muito. Por isso, alguns chefes de equipe têm se reunido na MSMA para falar sobre isso e, por exemplo, Gigi Dall’Igna já comentou sobre a questão dos motores híbridos, embora Massimo Rivola (Aprilia) não esteja muito contente a isso. Além disso, o homem da Aprilia salienta que todas as fábricas têm de concordar em realizá-lo.
Em entrevista ao site speedweek.com ele disse: “Posso concordar que daqui a cinco anos as baterias serão mais leves e eficientes. Então pode fazer sentido dar alguma ajuda elétrica aos motores de combustão”, diz Massimo Rivola. “Mas a questão é: por que você deveria fazer isso? Porque você quer colocar um pouco menos de combustível no tanque? Devemos realmente nos preocupar?
Perante as questões levantadas pelo diretor esportivo da Aprilia, ele também confia na Fórmula 1. “Penso que a chave do sucesso na Fórmula 1 foi o ruído do motor, do V12, do V10 e de outros motores de combustão interna. Aquele era um som bonito. Devemos evitar o erro da Fórmula 1 que mudou totalmente o som das unidades de potência. Na Fórmula 1, o híbrido é uma versão super híbrida sofisticada. Mas ainda é um motor de combustão com um impulso elétrico” , diz ele.
Mas também leva em conta que a contaminação é o principal a se lidar. “A prioridade é a redução das emissões de CO2, em todo o mundo. Mesmo que queiramos ser embaixadores de um mundo sustentável em termos de ruído, gases de escape, etc., não devemos pôr em causa as grandes emoções do Campeonato do Mundo de MotoGP nas pistas”, defende acima de tudo o campeonato.
No entanto, não há apenas uma prioridade, mas Massimo Rivola menciona outras. “As prioridades são claras: devemos garantir um bom espetáculo e lutar por zero emissões. Parece que podemos reduzir a zero as emissões de CO2 com o “Bio Combustível”. Se pudermos fazer isso, seria ótimo. O nosso objetivo é rodar 100 por cento com combustível sintético no MotoGP em 2027″ , assegura o dirigente da Aprilia.
“Se mais tarde fizer sentido dar assistência elétrica às motos de MotoGP ou um booster, pode pensar nisso”, diz ele. “Isso pode ser um avanço tecnológico, pode motivar os engenheiros e tornar as corridas mais variadas. A pergunta é: Por que você deve fazer isso? O que você quer alcançar com isso? Você está fazendo isso porque acha que tem uma vantagem técnica em um projeto como este? Então não é justo. A verdadeira motivação deve ser: o mundo está lutando por emissões zero, então estamos fazendo a nossa parte. Como diretor de uma equipe de MotoGP, sou contra os sistemas de propulsão híbridos”. O italiano se posiciona claramente.
Joan Mir e os problemas nos pneus dianteiros
O piloto da Suzuki, tal como o companheiro de equipe Alex Rins, fez uma brilhante largada no MotoGP britânico ao passar para os dez primeiros e preparar-se para um resultado muito forte.
E depois de passar Aleix Espargaró pelo P7, Mir viu seu progresso interrompido atrás do líder do campeonato Fabio Quartararo.
Mir tentou tirar a sexta posição do piloto da Yamaha, mas depois de não conseguir completar o movimento, as pressões dos pneus dianteiros se tornaram um problema significativo para o campeão mundial de 2020.
Atolado no meio do grupo líder, Mir perdeu a dianteira de sua GSX-RR, em uma curva que pegou vários pilotos ao longo do fim de semana.
Se Mir não tivesse caído, é possível que ele pudesse ter ganhado mais posições, especialmente porque Quartararo começou a lutar durante os estágios finais. No entanto, olhando para o desempenho de seu companheiro de equipe Rins, o vencedor de Silverstone de 2019 também teve problemas nos pneus durante os últimos estágios, apesar de usar o pneu traseiro duro.
“Eu vinha de trás e me aproximava cada vez mais do grupo, mas uma vez lá estava lutando para parar a moto atrás de três dos quatro pilotos”, disse Mir ao MotoGP.com.
“Estava cada vez mais perto deles, mas quando cheguei, comecei a ter alguns problemas com a frente. Não esperava perder a frente na curva 7, mas essas coisas podem acontecer. Estou muito feliz pelo ritmo que mostramos durante a corrida. Terminamos a corrida muito fortes. Vamos pegar as boas informações porque estávamos atrás dos melhores e pudemos ver algo interessante para o futuro para melhorar nossa moto.”
Um dos pilotos mais consistentes desde que entrou na categoria rainha, Mir tem sido tudo menos isso com o decorrer da temporada de 2022.
Embora o anúncio da Suzuki de que deixaria o MotoGP no final desta temporada não tenha ajudado, Mir afirma que sua falta de consistência se deve a rodar no limite o tempo todo.
Questionado sobre por que sua consistência não foi tão boa quanto nos anos anteriores, Mir disse: “Bem, eu tenho que me esforçar muito apenas para estar no grupo, ultrapassar, ter uma chance. Não rodamos nesta condição durante todo o fim de semana e as pressões provavelmente não foram perfeitas para nós e essas coisas podem acontecer. Não precisamos pensar muito e continuar trabalhando.”
RNF e Aprilia fizeram uma boa proposta ao Miguel Oliveira
Miguel Oliveira tem vindo a ser apontado à RNF MotoGP Team, com a Aprilia, na próxima temporada do Mundial de MotoGP. De fato, é um cenário que parece ser cada vez mais provável, em especial depois de ter falhado a opção da Gresini/Ducati, e o diretor desportivo da Ducati, Paolo Ciabatti, deu a entender que o português já assinou com a estrutura malaia.
Numa entrevista ao site SPEEDWEEK.com, o responsável italiano disse que existiram contatos com o #88, mas a complexidade da discussão acabou por consumir tempo até poder ser tomada uma decisão final junto da Gresini:
“Sim, tivemos uma conversa com o Oliveira, mas também com o Raúl Fernández. A situação do Oliveira parecia positiva, mas em algum momento precisávamos da aprovação da Gresini Racing porque esta é uma equipa cliente. Nós pagamos o salário do [Enea] Bastianini este ano por causa de uma situação especial, porque ele estava sob contrato conosco. Mas, em princípio, queremos pagar pelos pilotos na Lenovo [equipa de fábrica] e na Pramac. As equipas cliente devem discutir conosco, mas tomar a sua própria decisão. Porque não podemos apoiar financeiramente todos os oito pilotos de MotoGP. Foi por isso que nos levou algum tempo e à Gresini para encontrar um acordo com o Oliveira.”
Segundo Ciabatti, “nesse tempo Oliveira terá chegado a um acordo com a RNF MotoGP Team e com a Aprilia: ‘Entretanto, a Aprilia fez um contrato com a equipa RNF de Razlan Razali. Eles fizeram uma boa proposta ao Oliveira, e ele decidiu aceitá-la. Isso foi compreensível, porque nós não estivemos prontos a tempo para propor um acordo junto com a Gresini”.
Aleix Espargaró teve fratura
O candidato ao título sofreu o acidente a 160 km/h nos treinos finais, enquanto tentava o pneu traseiro mais duro.
Depois de ser atirado para o ar, Espargaró aterrissou pesadamente com o pé direito e foi inicialmente carregado numa maca antes de mancar para uma scooter e ser levado para o Centro Médico.
Mas os raios-X na pista não encontraram fraturas e o espanhol foi aprovado para continuar.
Voltando a se classificar em um corajoso sexto lugar, Espargaró terminou em nono a corrida – apenas um lugar atrás do líder do campeonato mundial Fabio Quartararo, que Espargaró tentou passar na última volta.
Posteriormente, a estrela da Aprilia confirmou que procuraria mais exames em Barcelona, que revelaram a fratura no calcanhar direito:
“Após exames médicos realizados hoje no Hospital Dexeus em Barcelona, Aleix Espargaró foi diagnosticado com uma fratura no calcanhar do pé direito”, lê-se num comunicado da Aprilia.
“O piloto espanhol, vítima de uma queda assustadora durante a última sessão de treinos livres em Silverstone, entrou estoicamente na pista tanto para a qualificação quanto para a corrida de domingo. A lesão não requer tratamento cirúrgico, e Aleix foi prescrito sete dias de repouso absoluto durante os quais ele terá que usar muletas para não forçar o pé lesionado. O objetivo é chegar ao próximo fim de semana de corrida (19 a 21 de agosto, na Áustria) na melhor condição física.”
Espargaró está 22 pontos atrás de Quartararo com oito rodadas restantes.
O companheiro de equipe Maverick Viñales terminou em segundo, atrás de Francesco Bagnaia, na corrida de Silverstone de domingo.
#CAZAQUISTÃO na #MOTOGP?
O Cazaquistão pode ser o próximo país a estrear no calendário de MotoGP, e já no ano que vem.
Para já, só há uma rodada oficial, o GP de Portugal, que dará o “tiro de partida” de 24 a 26 de março, como já anunciamos aqui em outro momento.
De acordo com o jornal AS, o circuito de Sokol, a cerca de 75km de Almaty, está praticamente concluído e homologado, podendo assumir o lugar deixado vago pelo colapsado projeto da Finlândia. O traçado, com assinatura do conceituado projetista Hermann Tilke, foi criado sob supervisão da Dorna e da FIM.
A iniciativa cazaque parte do multimilionário Dastan Ibragimov, mas para já não há qualquer posição oficial da Dorna. De referir que o circuito tem 12 curvas – oito à direita e quatro à esquerda – e uma longa reta.
Mais sobre…
Os operadores do Circuito Sokol no Cazaquistão queriam organizar uma corrida do Campeonato Mundial de Superbike em 2019 e, mais recentemente, substituir, então, o GP KymiRing em 2022. Não deu em nada porque não houve tempo suficiente, faltavam informações sobre o estado da pista e uma homologação FIM grau A. Havia até rumores de que as obras estavam atrasadas, que os cofres estavam vazios porque o governo havia desligado o suprimento de dinheiro. Além disso, os gerentes da Dorna acenaram seus agradecimentos por causa da situação geopolítica (guerra da Ucrânia).
Mas os proprietários do Circuito Sokol em Almaty/Cazaquistão garantiram à Dorna que o circuito está pronto para correr.
O circuito Sokol de 4.495 mts de extensão, cobre uma área de 205 hectares na região de Ili de Almaty Oblast, a 76 km de Almaty-Yekaterinenburg; fica perto da M36. O riquíssimo oligarca Alijan Ibrahimov investiu cerca de 40 milhões de dólares americanos. Seus filhos Dostan, Davron e Furkat cuidam do gerenciamento do projeto.
A inauguração estava originalmente prevista para setembro de 2016. Até Jorge Lorenzo já havia visitado a encosta e promovido o projeto. O Circuito de Sokol também se destina a sediar corridas do Campeonato de Kart do Cazaquistão e ainda tem uma pista de arrasto de 900 metros de comprimento. A pista de kart tem 1,5 km de extensão, existe também um pequeno percurso com 2,4 km de extensão, que ainda é transitável.
A área de Sokol também abriga um centro de segurança de condução e serve como local para corridas amadoras. A infraestrutura não deixa nada a desejar para os padrões cazaques. Desde o início, os planos para a área incluíam um café, um hotel e um parque tecnológico, além de um lago artificial com parques infantis.
O investidor de 64 anos Alijan Ibrahimov é um dos oligarcas mais ricos do Cazaquistão. A revista Forbes colocou sua fortuna em US$ 2,8 bilhões em 2016. Ibrahimov é co-proprietário da lucrativa empresa de mineração Eurasian National Resources Corporation (ENRC) com Aleksander Mashkevich e Patokh Shodiyev.
Os oficiais da Dorna ainda precisam esperar para ver se os operadores do KymiRing completarão os trabalhos de construção necessários para uma homologação de MotoGP até 20 de setembro. Com toda a probabilidade, isso é impensável, já que a empresa entrou com pedido de falência com dívidas de 2,47 milhões de euros.
Falamos sobre isso no Boletim 24:
Se, como esperado, o GP da Finlândia também for cancelado para 2023, o Cazaquistão poderá estrear no calendário de GPs no próximo ano. O regime é considerado amigo de Putin, mas isso também se aplica à Turquia e países como a Arábia Saudita, que, no entanto, sediam grandes eventos de automobilismo, como o Campeonato Mundial de Motocross, o Rally Dakar e as corridas de Fórmula 1.
No entanto: devido à situação geopolítica, até o Campeonato Mundial de Rally Raid no Cazaquistão foi cancelado em abril de 2022.
Originalmente, o conhecido arquiteto alemão de pistas de corrida Hermann Tilke também esteve envolvido no planejamento da encosta de Sokol. “Mas não temos notícias deles há dois ou três anos”, disse recentemente o Ing. Tilke ao site SPEEDWEEK.com. “Primeiro havia um design do Cazaquistão, depois o alteramos e depois foi construído. No entanto, o sistema aparentemente ainda não está totalmente concluído. Ainda há muito o que fazer”, suspeita Tilke.
Mas os operadores de pista de Sokol já se ofereceram como local de reserva para o Campeonato Mundial de Superbike em dezembro de 2018, quando o evento em Laguna Seca foi instável.
Se a Dorna agora mostrar vontade de sediar o GP do Cazaquistão e possivelmente assinar um acordo preliminar, os cazaques poderão rapidamente obter acesso a novos impostos e atender a todas as demandas da Dorna, FIM e IRTA em tempo hábil. O Grande Prêmio deve ocorrer em meados de julho de 2023 como o 21º evento.
Afinal, Makar Yurchenko, um russo com licença cazaque, já promovia o Circuito de Sokol no Campeonato do Mundo de Moto3 anos atrás. O ex-proprietário da equipe Stefan Bedon queria promovê-lo para a equipe Snipers Honda com o dote do Cazaquistão para 2020, mas ele não conseguiu encontrar um lugar lá, pois Romano Fenati e Tony Arbolino conseguiram o aceno. Bedon, portanto, colocou o russo, que nasceu em São Petersburgo, com a equipe espanhola BOE-KTM.
Yurchenko foi expulso antes do início da temporada em fevereiro de 2020. Surpresa – o dinheiro do patrocínio acordado não foi pago.
Pela mesma razão, Yurchenko (melhor resultado do GP: 7º lugar em Spielberg 2019) já havia sido dispensado da equipe CIP-KTM no verão de 2018.
Francesco Bagnaia credita a conversa animada de Valentino Rossi por sua vitória
Bagnaia, que parecia não ter o ritmo necessário durante as primeiras voltas, ficou mais forte à medida que a corrida prosseguia antes de selar sua vitória na MotoGP britânica com um brilhante contra-ataque contra Maverick Vinales.
“Estou muito contente com esta corrida. Considero-a como uma das minhas melhores porque tive dificuldades durante todo o fim-de-semana,” acrescentou Bagnaia. “Não fui competitivo como queria e ontem já estava aceitando um top 5. Eu já sabia que seria muito difícil vencer. Mas hoje, esta manhã, encontramos algo melhor com o pneu traseiro, o duro. Também usar a frente média [foi uma boa ideia] porque na última parte da corrida eu estava completamente sem aderência traseira, então comecei a frear muito forte e era a única coisa possível para me proteger.”
Tendo lutado em comparação com os principais rivais do título Fabio Quartararo e Aleix Espargaró, juntamente com os pilotos da Ducati Jack Miller e Johann Zarco antes da corrida de domingo, Bagnaia admitiu buscar informações de Rossi e Stoner antes do Grande Prêmio.
Ao divulgar as suas conversas com os antigos campeões de MotoGP durante a conferência de imprensa pós-corrida, Bagnaia disse: “Falei muito mais com o Valentino [Rossi] do que com o Stoner e aqui ele ajudou-me muito a perceber melhor a situação. “Eu estava um pouco em apuros durante todo o fim de semana e não é fácil do ponto de vista dele porque ele está em casa olhando para a tela. Mas ele me ajudou a entender os pneus, a temperatura com os pneus. Ele me ajudou muito. “E para Casey eu apenas perguntei a ele [sobre o passado] se ele fez algo nesta pista para me ajudar a ser mais competitivo. Esta manhã ele me enviou uma mensagem e eu tentei fazer alguma coisa. Foi bom, mas talvez não para os pneus que temos agora. De qualquer forma, tenho sorte de ter esse tipo de pessoa ao meu redor.”
Quando pressionado sobre o que exatamente Stoner lhe disse, Bagnaia afirmou que se tratava de melhorar a ‘tração’, conselho que saiu pela janela com cinco voltas restantes…
“Ele foi ótimo em encontrar tração”, afirmou Bagnaia. “Ele foi ótimo em encontrar tração na saída das curvas e essa foi a sugestão dele para hoje. Então tentei esperar mais para abrir o acelerador e foi um pouco melhor. O problema foi que quando faltavam cinco ou seis voltas eu estava sem aderência traseira. Por isso, nesta última parte da corrida estava apenas a fazer o meu estilo de pilotagem.”
#MORBIDELLI explica seu #DÉFICIT em relação a #QUARTARARO
Enquanto Fabio Quartararo lidera o campeonato mundial com 172 pontos e três vitórias, o companheiro de equipe da Monster, Morbidelli, é apenas 19º na classificação com 25 pontos.
Os pilotos satélites da RNF Darryn Binder e Dovizioso estão em 21º e 22º, ambos com apenas 10 pontos, com o ex-vice-campeão da Ducati Dovizioso optando por deixar a MotoGp em Misano depois de não conseguir adaptar seu estilo para extrair a velocidade da Yamaha.
Mas para Morbidelli, que sente a frenagem como seu principal déficit, a luta continua.
O vice-campeão de 2020, que não terminou entre os dez primeiros de uma corrida seca nesta temporada, começou o fim de semana da MotoGP britânica como a próxima melhor Yamaha depois do líder da tabela de tempos Quartararo – mas apenas em 20º lugar (+1,1s).
“Vamos continuar moendo”, Morbidelli, acrescentando: “É pior [do que um tapa na cara para ainda ver a mesma grande diferença para Quartararo], é como um tapa em outro lugar! Mas é assim. Eu não desisto. A moto é boa o suficiente para ser a primeira hoje. É um ser humano [Quartararo] que está andando nessa moto. Não um alienígena. Um ser humano que faz algo que eu não faço. Claramente quando ele monta, ele faz algo que eu não faço. Vou continuar moendo, vou continuar trabalhando, vou continuar procurando.”
Embora tenha havido pouco para inspirar Morbidelli em termos de resultados nos eventos de MotoGP deste ano, sua velocidade ao treinar com a VR46 Academy não diminuiu.
“Quando vou treinar, ainda sou rápido. Isso me dá confiança”, disse. “Quando treino com outras motos, com os caras, estou lá com os caras. É só aqui que estou lutando. Vou continuar procurando. Como sempre, estou tentando frear mais fundo, trabalhar na frenagem. Toda vez que melhoro na frenagem e acerto, perco imediatamente em outro lugar”, disse Morbidelli sobre suas dificuldades. “Para ser rápido com clareza neste pacote, você precisa fazer tudo perfeitamente. Você precisa apertá-lo claramente para 200% e se sentir livre. Ainda não tenho isso. Estou trabalhando, tentando coisas. Ainda não estou livre em fazer as coisas.”
Dado que Dovizioso chegou à conclusão que nada vai mudar na segunda parte da temporada, o que Morbidelli pode fazer?
“Uso o tempo que tenho à minha disposição da melhor maneira possível. Tente tudo o que puder. Seja o mais positivo possível. Mantenha uma atitude positiva dentro da equipe, dentro da minha equipe, dentro de mim e continue.”
O italiano, triplo vencedor no satélite Petronas M1 em 2020, insistiu que não está sob pressão da Yamaha e entende que cabe a ele se juntar a Quartararo para desbloquear o potencial da máquina atual.
“Tenho que dizer que as pessoas da Yamaha são muito gentis comigo”, disse Morbidelli. “Eles estão sempre tentando entender se podem fazer alguma coisa, mas a verdade é que, de acordo comigo, com a condição que estamos enfrentando, com um piloto que é ganhar corridas e lutar pelo campeonato, não vale a pena investir energia em mudar o pacote, mudar coisas, tentar coisas agora. Não é o momento certo. É mais o momento de explorar, me testar, tentar entender bem o que posso fazer, o que devo fazer. É mais sobre o que posso fazer. Se fossem todos os pilotos [Yamaha] [lutando], teria sido uma história diferente. Mas o fato de que um piloto pode ser rápido neste pacote significa claramente que é possível. Não quero que a Yamaha perca o foco nisso. Finalmente, sou um funcionário da Yamaha. Se a Yamaha ganhar, ficarei feliz. Não quero que a Yamaha perca o foco nisso. E além disso, sou uma pessoa que acredita muito nas pessoas e nos seres humanos. Então eu acredito e continuo trabalhando.”
Sobre as frenagens em relação a Quartararo ele disse:
“De manhã eu estava mais perto, mas à tarde o Fábio deu mais um passo, ou melhor, um ‘grande passo’ na frenagem. E eu já estava no limite” – confessou Morbidelli – “então não pude dar mais um passo adiante. É assim que é: você tem que decolar com força, mas fazer a curva. Quando tento frear em seus pontos, não consigo parar o suficiente. Não consigo desacelerar a moto o suficiente.”
O que exatamente acontece?
“Se eu decolar no mesmo ponto não reduzo a velocidade como ele e saio largo. Se eu frear, não faço a curva e vice-versa.”
A Yamaha hoje pode ser pilotada apenas dessa maneira?
“O estilo de pilotagem? Estamos de costas para a parede e sem margem, só há uma maneira de ir rápido: maximizando todas as fases. As curvas que eram nossa força foram reduzidas, a frenagem é onde faz a diferença: a 300 por hora você ganha dois décimos de segundo na frenagem. É aí que você pode jogar. O piloto e a configuração que você usa fazem a diferença. Mas não posso aproveitar essa fase e ir além do limite que o Fabio parece conseguir fazer. Fico muito tempo na frente, já deveria soltar os freios, mas não consigo porque tenho muita velocidade, o resultado é que sou lento nas curvas.”
Está ai, o que ninguem entende, Morbidelli tenta explicar…
Senna Agius vai estrear-se no Moto2 substituindo Sam Lowes
Senna Agius fará a sua estreia no Mundial de Moto2 já no GP da Áustria do próximo final de semana, substituindo o lesionado Sam Lowes na Elf Marc VDS – tal como acontecerá depois também no GP de San Marino.
A formação belga anunciou este sábado que o australiano de 17 anos é a sua aposta para o lugar temporariamente em aberto. Apesar de ser uma estreia no campeonato do mundo, ele já conhece bem a Kalex de Moto2.
Na presente temporada, Agius está a disputar o Europeu de Moto2 com a PromoRacing Team, ocupando o terceiro lugar após oito rodadas. Agora, o piloto que começou a sua carreira no motocross terá a chance de estrear no Mundial de Moto2, com duas oportunidades únicas de mostrar serviço numa das principais equipes da categoria. Quem sabe um novo nome de peso vindo aí, fique ligado.
Datas dos testes de MotoGP de 2023 oficializadas
Foram anunciadas na semana que passou as datas da pré-temporada de 2023 do Mundial de MotoGP, que vai passar pelo Autódromo Internacional do Algarve, em Portugal, tal como tinha sido previamente anunciado.
O traçado algarvio acolhe os últimos dois dias de testes a 11 e 12 de março, sensivelmente duas semanas antes do GP de Portugal que dá início à temporada entre os dias 24 e 25 do mesmo mês.
Os primeiros ensaios são em Sepang: primeiro, o shakedown reservado a pilotos de testes das fábricas e a rookies de 5 a 7 de fevereiro; e depois aberto a todos os pilotos de 10 a 12 de fevereiro.
Ao todo, serão cinco dias de pré-temporada para o pelotão inteiro, acrescidos dos três dias de shakedown. É um tempo de preparação nos últimos dois meses antes do começo da temporada idêntico ao deste ano.
No entanto, os regulamentos reduziram os testes logo após o fim da presente temporada, que habitualmente eram o primeiro grande momento de preparação em especial para os rookies: só prevêem um dia de testes no término de 2022, no mesmo circuito do último GP que, neste caso, é o Circuito Ricardo Tormo em Valência.
Márc Márquez fala sobre Rossi
O piloto da Honda continua se recuperando da lesão no braço, como já citamos no início deste boletim. No entanto, há alguns meses, antes de se submeter à sua quarta operação no braço, ele concordou em realizar uma entrevista peculiar. Desta vez foi questionado sobre vários pilotos do campeonato mundial, dos quais teve que dizer qual, na sua opinião, são os pontos melhores e o piores de cada um deles.
“O melhor de Alex Márquez é, sem dúvida, o seu sacrifício e capacidade de trabalho. O pior… não vou falar mal do meu irmão”, comentou confiante o piloto da Honda. Em relação a Pecco Bagnaia , ele afirmou o seguinte. “O melhor dele é a sua serenidade. O pior, penso eu, é que nunca lutou por um campeonato do mundo de MotoGP. No ano passado ganhou corridas no final da temporada, mas falta-lhe a luta por um campeonato mundial do início ao fim, essa experiência é importante.”
Por seu lado, ao responder ao melhor e ao pior do atual campeão, Fabio Quartararo, Marc disse o seguinte: “A melhor coisa que ele tem é a velocidade. Quanto aos pontos fracos dele… eu realmente não sei, mas se eu os encontrasse não diria a ele para que ele não possa melhorá-los”, disse Marc com um leve sorriso malicioso no rosto.
Como não poderia ser de outra forma, na entrevista ele foi questionado sobre um de seus maiores rivais no campeonato: Valentino Rossi . O ponto forte de Valentino foi, sem dúvida, o seu carisma, declarou Marc. “O ponto fraco… O que vai dizer de alguém que ganhou nove Campeonatos do Mundo? Em seus últimos anos, ele teve fraquezas, mas se você pegar toda a sua carreira e colocá-la junto, não há nenhuma.” Disse um Marc que, para muitos, seria o sucessor no trono de ‘The Doctor’.
Ainda é? Voltará bem? Deixe sua opinião nos comentários…
Continuando com as perguntas, Marc também falou sobre Joan Mir. “Seu ponto forte é a agressividade. O fraco, com certeza, o fato de não ganhar corridas. Quando isso acontecer, tudo vai mudar.” Sobre Pedro Acosta disse o seguinte: “A ousadia que tem é o seu ponto forte, tanto dentro como fora de pista. Quanto aos seus pontos fracos, até hoje não encontrei nenhum”, acrescentou o piloto espanhol com uma risada.
Por último, Márquez deu a sua opinião sobre a MotoGP. “O melhor é que é imprevisível. O pior talvez o alcance que tem. Gostaria que o esporte crescesse mais, que pudéssemos alcançar mais pessoas”, finalizou o oito vezes campeão mundial.
Enea Bastianini teve que se colocar no modo Pac-Man e “para comer todo mundo”
A Ducati está tendo um bom ano com a maioria dos seus pilotos na MotoGP, e Enea Bastianini está a mostrar um potencial incrível neste 2022. O piloto de Gresini e provável ocupante da cadeira vaga da Ducati de fábrica para 2022 terminou em Silverstone com um bom quarto lugar na corrida, fato que o ajudará no campeonato, embora Pecco Bagnaia já tenha ultrapassado ele e arrebatou a terceira posição na classificação geral. No entanto, Enea mantém a boa forma em Silverstone com o quarto lugar em uma corrida onde ele mesmo admite ter sofrido muito.
Mas no próximo encontro que se realizará no Red Bull Ring, na Áustria, devemos estar de olho na Ducati, incluindo Enea, já que é um circuito com muitas retas (apesar da alteração da pista, já citada acima). Sabe-se que esta moto é a mais rápida da MotoGP, e além de dominar a pista austríaca ano após ano, atualmente é verdade que o resto das motos melhoraram. Ainda no domingo em Silverstone, Maverick Viñales exibiu-se com a Aprilia para voltar ao pódio, uma surpresa que talvez não seja tanto no final do mês com a corrida na Áustria.
“Eu tive que me colocar no modo Pac-Man para comer todo mundo”, Enea começou a descrever sua corrida, em coletiva pós GP. No final foi uma boa corrida, é uma pena a largada porque sem asa, especialmente no início não foi fácil entender como pilotar. Sofri muito com as mudanças de direção, mas mostramos os dentes, percebi que poderia ser rápido, estava muito perto do pódio, estava perto. O importante era recuperar a sensação que não tínhamos há muito tempo”, confirma que Bastianini sofreu na corrida.
No entanto, Bastianini admite pensar muito se os circuitos estão a seu favor ou não. “Acho que me concentrei demais em pensar que não eram pistas amigáveis. Deixei-me condicionar, em vez disso comecei de novo depois do intervalo com a intenção de me divertir, recuperar a confiança e dar o meu melhor. A coisa mais importante sobre hoje é que eu me diverti. Agora as próximas pistas serão todas dos meus amigos”, comenta, referindo-se ao fato de o Red Bull Ring favorecer a Ducati e seus companheiros de equipe.
Classificação dos campeonatos de MotoGP, Moto2, Moto3, MotoE e WSBK:
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