A viagem de moto mais longa da história

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O Argentino Emilio Scotto, fez o que muito motociclista sonha, viajou por 214 países e territórios em dez anos. Ele escapou da guerra na África, cruzou oceanos de barco e até Maradona o ajudou a financiar sua viagem.

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Viajar, conhecer cidades, culturas e pessoas de todo o mundo parece ser um cenário tentador para qualquer pessoa. Emilio Scotto deu a volta ao mundo de moto, sem apoio logístico, sem dinheiro e sem conhecimentos prévios do mundo motociclístico, com o desejo de explorar a terra durante os últimos anos do século XX. Um argentino, residente em Olivos, não só conseguiu completar um passeio inesquecível por 214 países e territórios, como também imortalizou seu sobrenome em um dos livros mais reconhecidos do planeta: o Guinness.

Emilio Scotto, hoje com 70 anos de idade, é listado como o autor da Viagem de motocicleta mais longa da história. A Gold Wing foi sua primeira moto – ele diz que ela a escolheu. “Uma moto preta, com carenagem, rádio, antena e alforjes nas laterais. Perto dela, uma placa dizia: ‘Sobre duas rodas, o mundo é seu’. e aquilo virou meu lema. Eu sabia que aquela moto era a moto certa”.

Aos 30 anos em 1985, com US$ 300 no bolso e sua motocicleta Honda Gold Wing 1100 Interstate, Scotto empreendeu a viagem que sonhava quando criança: “Sempre quis dar a volta ao mundo. Ou melhor, ir a todos os países onde existiu um ser humano”, lembra. “No dia 17 de janeiro de 85, partiu um menino inocente que além de não saber viajar, também não tinha informações. O mundo era desconhecido”, acrescenta ele. Incrível.

Em suas pupilas hoje coexistem a Avenida Libertador e as pirâmides. Estúdios Lumiton e Hollywood. 
Acontece que de Olivos, bairro que escolheu como sua “casa argentina” quando não está nos Estados Unidos, ele está sempre animado em suas palestras para rever a épica parte da sua vida que viveu durante dez anos na estrada.

A viagem começou pelo Uruguai, continuou pelo Brasil e chegou à Amazônia. “Naquela época não havia ligação com a Venezuela e eu andei pela selva”, detalha. Cada dia era uma nova oportunidade de explorar o desconhecido e continuar avançando em direção ao seu objetivo.

O principal incentivo e impulso para seguir em frente, diz Emilio, sempre foram as pessoas. “Deram-me combustível, mudanças de óleo ou um lugar para dormir”, lembra ele, que foi aos Estados Unidos e depois viajou para a Europa, passou pelos 54 países da África e outros tantos na Ásia.

Um dos primeiros obstáculos foi a falta de documentação. “Eu só tinha um papel que dizia ‘tal moto com tal carteira’ e uma carteira de motorista internacional que durava doze meses”, admite. E continua: “Depois de um ano, a moto estava bastante surrada, e eu inocentemente pensei que nos EUA, um país de primeiro mundo, iam me dar tudo, mas não me deram”. Eu como motociclista tenho que rir, tanto pela comédia da fala, como por ter o mesmo sonho, que provavelmente nunca ponha em prática, pelas tantas dificuldades.

Em terras norte-americanas parecia que estávamos num filme de Hollywood. O apelido que ele deu para a sua motocicleta nasceu na televisão de Nova York: “Black Princess”. Os telespectadores doaram dinheiro para ele continuar e ele até conseguiu a ajuda de uma companhia aérea para cruzar o oceano até a Alemanha.

Quando chegou ao Velho Continente, sugeriram que fosse para o sul, para evitar o inverno. Ele foi à Itália ver Maradona, que na época jogava lá, e o “10” pagou sua estadia de um mês. A sua viagem continuou em 1987 pela Espanha, onde encontrou apoio financeiro. “Levei as fotos que tinha tirado para uma revista e pediram-me para escrever sobre a minha viagem”, diz o “Google dos anos 80”, como ele definiu o jornal britânico “The Guardian” para as suas crónicas.

Demorou dois anos para viajar por toda a África: “Foi um caos. Peguei malária e quase morri, vivi a guerra do Congo em 1989, escapei da Somália num cargueiro e os piratas quase nos pegaram”, enumera. Ele voltou para consertar a “Princesa Negra” na Europa e depois seguiu para a Ásia.

Foi na Índia, no próprio Taj Mahal, onde se casou com Mónica Pino, sua namorada de 1985 que havia deixado na Argentina para iniciar a viagem e, posteriormente, continuaram a viagem juntos. Mónica optou por não viajar para alguns países, mas ela e Emilio visitaram um total de 84 nações. E, obviamente, não foi só vida boa não. Na Austrália, por exemplo, enquanto conduziam na estrada, foram atropelados, por um avestruz que fugia de outro animal. Mónica quase perdeu uma perna e viajou para a Argentina para se recuperar. Longe do que todos acreditavam, quando ficou bem novamente, voltou às viagens com Emilio. Hoje eles continuam juntos e ela desempenha um papel fundamental na empresa que Emilio Scotto representa com suas conferências e passeios de moto pelo mundo. Que a história deles sirva de exemplo aos casais: “Só vieram para a Argentina revistas que não eram vendidas na Espanha, nenhum meio de comunicação me deu espaço”, afirma. Sua viagem continuou pelas ilhas do Pacífico até retornar a Los Angeles: “Só tinha visitado 190 países e não ia parar, faltavam alguns. Saí imediatamente de novo, mas na direção oposta, em direção ao Japão.” Antes da queda da União Soviética, muitas províncias que se tornaram países eram destinos por onde passaram Emilio e sua “Princesa Negra”.

Num navio cargueiro, ele transitou pela Islândia, Groenlândia e Pólo Norte. Depois voltou para o continente americano. “Foi meu nono ano de viagem”, lembra ele quando começou a descer: visitou as 27 ilhas do Caribe, Equador, Peru e Chile, seu 214º país: “Entrei na Argentina por Mendoza e na Alfândega retiveram minha motocicleta, porque só podia sair por um ano do país e já fazia dez”, explica. Entre idas e vindas ele a recuperou e, longe de se cansar, começou a percorrer seu país. Em 2 de abril de 1995 entrou em Buenos Aires e foi ao Obelisco: “Estive aqui um mês e depois viajei para Espanha para fazer um encerramento simbólico naquele país que tanto me deu”, salienta.

Há 20 anos, o Guinness Book deu-lhe o recorde. “Me ligaram de Londres e eu não pude acreditar. Em 2002, eles me chamaram de ‘Rei da Estrada‘”, diz ele. “Quando desliguei a moto me perguntei: o que faço agora? Eu já tinha 41 anos e só sabia viajar. Eu desmaiei”, ele confessa. Depois de vários meses, retornou aos Estados Unidos, onde encontrou sua vocação: organizar viagens de aventura em motocicleta. “Atualmente, quando não estamos viajando, vivemos entre dois mundos: os EUA e a Argentina. Aqui visitamos vários pontos da província de Buenos Aires e Olivos nos atraiu muito. Estamos aqui há cinco anos e adoramos, é especial”, finaliza.

Em 2007 Emilio Scotto publicou seu primeiro livro: “The Longest Ride”. Nele ele narra brevemente 
uma viagem de 735 mil quilômetros que durou dez anos e que começou na América do Sul, seguida pela América Central, México, até chegar aos Estados Unidos. De lá, foi para a União Soviética e continuou pela África. Possui uma longa lista de países visitados que nos deixam aventuras surpreendentes que não podemos parar de ler.

Será que alguém já perguntou a ele se valeu a pena? Certamente já perguntaram e a resposta é óbvia. E você, faria uma loucura dessas em sua vida? Deixe nos comentários. Atualmente, 
dar a volta ao mundo é algo viável, pois temos à nossa disposição um vasto leque de suportes que tornam qualquer viagem de moto muito mais fácil, apesar dos custos que isso possa implicar, e cada vez mais os motociclistas se lançam em aventuras. Resumindo, viajar de moto está ao alcance de qualquer motociclista. No entanto, há mais de 30 anos, dar a volta ao mundo era um grande desafio. Mas com ou sem facilidades, tem uma coisa que sempre é necessária e que trava a vida de muitas pessoas: a vontade. Imagine quantas histórias ele tem para contar. Pense nisso.

Mas claro que a viagem dele, como você já percebeu, não foi nada fácil. Todo ser humano em algum momento pensa em abandonar o que está fazendo por qualquer motivo, e isso é totalmente legal. Porém, o viajante não precisa sucumbir a esse pensamento de abandono, e é o caso de Emilio Scotto durante a sua viagem ao redor do mundo, já que ele confessou que teve vários momentos em que se perguntou: “o que estou fazendo aqui?”, principalmente quando passou pelo Senegal, Nigéria ou Gabão, onde dormiu com o capacete para não molhar a cabeça, e com a moto destruída, porém,   
o interesse em conhecer a terra o fez repensar que as inclemências da viagem valem a pena, e é por isso que ele é quem é hoje.

Quando perguntado sobre os países e pessoas que mais gostou e que voltaria ele respondeu: “não existem lugares bonitos ou feios, nem existem pessoas boas ou más”, mas o que é importante ter em mente é que a situação atual quase provavelmente não é a mesma de trinta anos atrás em qualquer um dos países que visitou. Por isso, Emilio Scotto, hoje voltaria a todos os países que visitou, especialmente aqueles que ficaram marcados no seu coração: Espanha, Guatemala, Colômbia, Brasil e Índia.

E apesar da certificação oficial, o recorde de Emilio tem suas tretas, seus detratores: há quem diga, por exemplo, que a última porção de sua viagem – 155.000 km em dez meses – só seria possível se ele rodasse 516 km por dia, todos os dias, sem contar paradas e eventuais quebras. Um site chamado Horizons Unlimited possui uma página bastante antiga que aponta algumas inconsistências nos relatos de Emilio para diferentes veículos quanto a distâncias e momentos marcantes da viagem, como a troca do motor de sua Gold Wing, e também menciona que o trajeto descrito por Emilio na última etapa de sua jornada deveria ter “apenas” 36.000 km. Os pontos são pertinentes, especialmente ao lembrar que a única fonte de informação sobre a viagem de Emilio são suas fotos em outros países – em seu livro há mais de 200, nas mais variadas locações ao redor do mundo – e seus relatos, escritos ou verbais. Bom, com relação aos números nunca saberemos, mas o fato, porém, é que ele viajou o mundo de moto e atravessou centenas de milhares de quilômetros fazendo algo que muita gente gostaria de fazer, mas a maioria não fará.

Eu por exemplo, que sou apaixonado por esse assunto, me arrepiei várias vezes enquanto escrevia o roteiro desta matéria.

Números da viagem:

Encontramos algumas inconsistências em algum números, mas dá para ter uma boa ideia mesmo assim. Deixe nos comentários diferentes números e se possível fontes confiáveis.

Duração: 10 anos;

Países: 214;

Distância percorrida: 735.000 km. Considerando que a circunferência da Terra é de aproximadamente 40 mil Km, foram várias voltas ao mundo;

Papelada: Ele preencheu com carimbos 13 passaportes argentinos de 64 páginas cada;

Moto: Honda Gold Wing GL1100 1980, motor de quatro cilindros 4 tempos de 1085 cm3 com comando nos cabeçotes e quatro válvulas por cilindro, 5 marchas, transmissão final por eixo cardã, refrigeração líquida, capacidade do tanque de combustível 19 litros, potência 81 CVs, freios dianteiros e traseiros a disco, peso completo de 315 Kg e velocidade máxima 192 Km/h;

Motor substituído: 1, aos 400 mil Km na fábrica da Honda no Japão;

Gasolina: 41 mil litros;

Consumo médio (sei que você quer saber kkk): 17,90 Km/l. Sei que ficou um pouco alta essa média, mas como já dito, existem certas inconsistências nos números, o que não tira de forma nenhuma a grandiosidade da viagem.

E a média de Km por dia? Sei que você também quer este número, para ter uma ideia. Claro que ele não rodou sempre, mas essa média é legal. Como são 365 dias em um ano, temos 3650 dias em dez anos, dando uma média em torno de 200 Km por dia, levando em conta que a viagem levou 3 meses a mais que 10 anos. E essa média diária não é nada ruim.

Óleo: 750 litros;

Pneus: 86;

Baterias: 12;

Bancos; 9;

Multas: Elas fazem parte da vida do motociclista também. Ao longo de toda a sua jornada, em 10 anos recebeu apenas 15 multas, das quais 14 foram nos Estados Unidos. A última foi na Argentina, quando retornou ao país encerrando sua viagem. Essa última multa, deve ter gerado uma foto bem especial também.

Poderíamos tranquilamente fazer outra matéria com os outros detalhes da viagem dele, como quando perdeu tudo que tinha, exceto a moto e a roupa do corpo e também quando a Princesa Negra voltou ao local onde nasceu, tamanha é a quantidade de conteúdo sobre essa história. Caso hajam muitas visualizações e comentários nesta matéria, novo vídeo sairá. Então está com você, internauta.

Duração da jornada: de 17 de janeiro de 1985 a 2 de abril de 1995;

FONTE: Clarin, Flatout, Pautravelmoto, Guinnessworldrecors e Wikipedia.

FOTO: Acervo pessoal.

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