Um aumento do turismo desde a pandemia, exportações em expansão e preços de energia mais baixos graças às energias renováveis e dependência limitada do gás russo deram aos chamados países periféricos do Mediterrâneo a vantagem na zona do euro. As economias do sul da Europa que foram por muito tempo ridicularizadas por seus vizinhos mais ricos do norte viraram a mesa ao consolidar seu papel como motores de crescimento na zona do euro em crise.
Veja em vídeo:
Pesquisas empresariais da S&P Global mostraram que Espanha e Itália superaram as expectativas dos economistas com expansão mais rápida em março. Um indicador de manufatura para a Grécia indicou uma tendência semelhante. Isso ajudou o índice do bloco monetário a emergir da contração pela primeira vez em 10 meses: “Espanha e Itália forneceram os maiores impulsos, com suas taxas de crescimento acelerando para as mais fortes em quase um ano“, disse o Hamburg Commercial Bank. Isso ajudou a compensar as contrações sustentadas na produção na Alemanha e na França que começaram em meados de 2023.
Um aumento do turismo desde a pandemia, exportações em expansão e preços de energia mais baixos graças às energias renováveis e dependência limitada do gás russo deram aos chamados países periféricos no Mediterrâneo a vantagem na área do euro. Os países que compões esse ponto da Europa, tambem chamada de Meridional, banhados pelo mar Mediterrâneo, são: Portugal, Espanha, Itália, Grécia e Turquia europeia, além de vários microestados – Vaticano, São Marino, Mônaco, Malta e Andorra.
Após a pandemia, “o turismo está indo muito bem no sul da Europa“, disse o governador do Banco da Grécia, Yannis Stournaras, em uma conferência em Atenas.
Inclusive, mesmo com milhares de quilômetros a mais de distância, os americanos acabam de ultrapassar os espanhóis e se tornaram os maiores visitantes de Portugal. Lisboa, por exemplo, viu um crescimento econômico de 8,2% só no ano passado e um aumento de 20% na arrecadação de impostos em relação aos tempos pré-pandemia. O turismo representa 20% do PIB da capital portugueza e sustenta 1/4 dos empregos na região. Embora a língua seja uma desvantagem, a preferência dos dolarizados pelos portugueses tem mexido com toda a dinâmica da Europa.
Antes, esses países mediterrâneos eram conhecidos como os “pobres” do bloco. Com esse boom do turismo nos últimos dois anos, o jogo virou. Os países do sul já são responsáveis por quase metade do crescimento anual do Velho Continente.
Mas o crescimento relativamente forte da região se deve principalmente ao fato de que, depois de muitos anos, os países do sul da Europa “corrigiram seus desequilíbrios, então agora estão se desenvolvendo em um ritmo saudável, sem desequilíbrios macroeconômicos“, disse Stournaras.
Há pouco mais de uma década, esses mesmos países — vistos como perdulários e menos produtivos — estavam no centro de uma crise de dívida que colocou em questão a própria sobrevivência da moeda.
Este ano, espera-se que Espanha, Portugal e Grécia estejam entre as economias de melhor desempenho no bloco de 20 nações, de acordo com a Comissão Europeia.
Em contraste, o governo francês acaba de reduzir sua previsão de crescimento para 2024 e relatou um déficit orçamentário muito superior à sua estimativa para 2023, o que o levou a buscar dezenas de bilhões de euros em cortes de gastos. A Alemanha provavelmente está no final de uma recessão superficial, sobrecarregada por consumidores hesitantes, fraca demanda externa e altos custos de empréstimos. Para se ter uma idéia, nos últimos anos, Portugal cresceu 8%, enquanto a Alemanha subiu apenas 1%.
Investidores como Vanguard Asset Management, JPMorgan Asset Management e Neuberger Berman têm comprado títulos do governo de países do sul da Europa, aproveitando uma alta que reduziu drasticamente o prêmio sobre a Alemanha e a França.
O spread entre títulos portugueses de 10 anos e bunds, por exemplo, caiu quase pela metade para cerca de 65 pontos-base desde o pico em meados de 2022.
A economia da Espanha, em particular, se destacou do grupo, pois viu um boom nas exportações de tudo, desde serviços financeiros até manufatura, que se acelerou desde a crise da Covid: “Não será um novo Eldorado, mas é um país que continuará a atrair investidores”, disse o economista da Natixis, Jesus Castillo, à Bloomberg.
Além de se beneficiar de menos exposição a aumentos de preços de combustíveis fósseis, ele disse que a Espanha pode ter “vantagens duradouras” que incluem custos trabalhistas mais baixos do que na França, Alemanha e Itália, uma força de trabalho qualificada e um sistema de saúde que funcione bem. Ele também disse que o país deve se beneficiar de empresas que estão relocalizando a produção.
A demanda doméstica também continua forte, com consumidores e corporações tendo reduzido os níveis de dívida para os menores desde antes da crise de 2008-2012, e a taxa de desemprego oscilando em torno do menor desde 2007.
Ales Koutny, chefe de taxas internacionais da Vanguard, diz: “Gostamos muito da Espanha. Achamos que os fundamentos lá continuam não sendo precificados de forma justa pelo mercado. Tudo está ótimo na Espanha, mas ainda a longo prazo — especialmente com os dados que tivemos recentemente da França — podemos ver que há muito espaço para compressão entre a Espanha e a França.”
O spread entre os rendimentos dos títulos espanhóis e franceses de 10 anos caiu mais da metade desde o pico em meados de 2022 para pouco mais de 30 pontos-base.
No vizinho Portugal, o turismo gerou uma receita recorde de € 25 bilhões em 2023, ante € 21 bilhões no ano anterior, de acordo com o governo. O país também viu um aumento constante nas exportações, que tradicionalmente incluem têxteis, bem como peças de automóveis e também automóveis. Desde 2019, é o maior fabricante de bicicletas da Europa.
Também se tornou um ponto de interesse imobiliário para compradores estrangeiros. Investidores ricos têm comprado edifícios comerciais, bem como hotéis e imóveis residenciais nos últimos anos.
Com a recuperação das chuvas e muitas turbinas eólicas, Portugal também conseguiu reduzir a necessidade de usar gás para gerar energia. No ano passado, a energia eólica atendeu 25% da demanda total de eletricidade e a energia hidrelétrica 23%, enquanto as usinas a gás representaram 19%.
Eliminar a dependência do gás tem sido um desafio particular para a Alemanha, que se acostumou a abastecer suas indústrias pesadas com importações baratas da Rússia nas décadas anteriores à invasão da Ucrânia e à crise energética subsequente.
A Grécia, que recuperou seu status de grau de investimento no final do ano passado, viu o turismo quebrar níveis recordes todos os anos desde a pandemia. O setor responde por cerca de um quarto da economia e gerou 15,7% mais receita em 2023.
A construção também é um grande impulsionador do crescimento, com quase 56% mais licenças de construção emitidas no ano passado do que em 2019.
Em outro sinal de que a Grécia deixou seus problemas de dívida para trás, a venda de uma participação de 30% no Aeroporto Internacional de Atenas há cinco meses marcou sua maior oferta pública inicial em mais de duas décadas.
Como vemos, o sul da europa está em franca expansão, sendo escolhido também por muitos turistas mundo afora, o que tem ajudado ainda mais aquela região.
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