A Arábia Saudita teria estudado comprar a Fórmula 1 e continua interessada, caso surja a oportunidade.
O fundo soberano do país, o Fundo de Investimento Público de US $ 620 bilhões, esta interessado em comprar a série global de corridas da Liberty Media, de acordo com o site Bloomberg.
Antes, alguns detalhes:
- O PIF, que financia o LIV Golf e é dono da equipe Newcastle, da Premier League, avaliou a F1 em bem acima de US $ 20 bilhões, incluindo dívidas.
- A Liberty Media comprou a F1 por US$ 4,4 bilhões em 2017 e não estava interessada em vender.
- O fundo saudita continua interessado e pode ser um pretendente formidável para a F1 se a Liberty Media reverter sua posição.
As ações de rastreamento de F1 da Liberty Media saltaram cerca de 6,9% no início do pregão de sexta-feira e subiram 12,6% nos últimos 12 meses. O valor da ação mais do que dobrou desde o início de 2019 e tem um valor de mercado atual de US $ 30,2 bilhões.
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A F1 começou a correr em Jeddah, na Arábia Saudita, em 2021 e realizará sua terceira corrida lá em 19 de março. O piloto da Mercedes, Lewis Hamilton, se manifestou contra o histórico de direitos humanos do país.
Enquanto isso, a Liberty Media está planejando desmembrar o Atlanta Braves em uma empresa pública separada, aguardando aprovação da Major League Baseball, entre outros.
A nova empresa manteria a equipe da MLB, que a Liberty Media comprou por cerca de US $ 1,5 bilhão em 2007, além do The Battery, o projeto de desenvolvimento em torno do Truist Park da equipe.
E o que diz a F1?
O presidente Mohammed bin Sulayem divulgou uma série de tuítes na segunda-feira em que escreveu que a FIA era “cautelosa” sobre o “suposto” preço de US$ 20 bilhões dado à Fórmula 1.
Ele não cita nomes específicos, mas escreve: “Qualquer potencial comprador deve usar o bom senso e considerar o bem maior do esporte e ter um plano claro e sustentável e não apenas muito dinheiro. É nosso dever pensar sobre o impacto futuro sobre os promotores em termos de taxas de corrida mais altas e outros custos comerciais e quaisquer efeitos adversos que isso possa ter sobre os fãs”, disse o presidente da FIA.
A Liberty Media comprou a Fórmula 1 em 2017 por US $ 4,4 bilhões, por isso poderia aumentar o preço quase cinco vezes se os números relatados estiverem corretos. Bin Sulayem teme que os novos proprietários possam recuperar o dinheiro em outro lugar.
Falando à edição em inglês do site ‘Motorsport.com’, o presidente da FIA disse sobre a suposta oferta: “Francamente, acho que [o número] está inflado. É exagerado. Usando o bom senso, [a Fórmula 1] vale tanto?”
Qualquer um que pague tanto dinheiro por um produto tornará mais caro em alguns lugares “para obter o dinheiro de volta”, explica ele. Por exemplo, os promotores podem ter que pagar taxas ainda mais altas à Fórmula 1 no futuro para realizar uma corrida.
“Eu apenas olho para o raciocínio por trás disso, a lógica. Porque você precisa de um plano”, diz ele em relação aos potenciais compradores e explica: “Até agora, são apenas rumores de qualquer maneira. Mas acho que a FIA também deve fazer parte dessas conversas ou oferecer conselhos. Porque o campeonato pertence à FIA”, sublinha. No entanto, a Federação Internacional de Automobilismo vendeu os direitos comerciais da Fórmula 1 em 2001, então ainda sob Max Mosley, em um acordo único de 100 anos por cerca de 300 milhões de dólares.
Para Ben Sulayem, a proporção não se encaixa aqui. “Se eu puder levar US$ 20 bilhões [para a Fórmula 1], então acho que a FIA ficou aquém”, disse ele, referindo-se à venda dos direitos comerciais para Bernie Ecclestone.
“Esses números simplesmente não fazem sentido se você pensar neles”, enfatiza, explicando que quer “clareza” sobre como a Fórmula 1 continuará. Porque um potencial comprador deve trazer um plano e “não apenas o dinheiro”.
O PIF da Arábia Saudita assumiu no passado, entre outras coisas, o clube de futebol inglês Newcastle United, e recentemente também houve rumores de que eles deveriam estar interessados em comprar a maior liga de wrestling do mundo, a WWE.
Nem a Fórmula 1 nem a Arábia Saudita ainda comentaram oficialmente as especulações em torno de uma venda da categoria rainha.
FONTE:
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